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Deixar-se levar por preconceitos dá prazer

Deixar-se levar por preconceitos dá prazer

Muçulmanos são terroristas, os partido de esquerda provocam engarrafamentos nos países que governam e feministas são muito exageradas na verdade. Muitas dessas afirmações nos soam mais ou menos atraentes dependendo de nossa ideologia. E é provável que aceitemos ou rejeitemos cada uma sem prestar muita atenção aos fatos. Nosso cérebro é limitado e tem que nos ajudar a sobreviver em um entorno inalcançável, e a vida é curta demais para sairmos comprovando fatos a cada instante. Os preconceitos e as ideias pré-concebidas nos ajudam a administrar a realidade criando uma simulação com a qual se deve avançar. Há indivíduos com mais espírito crítico, mas ninguém está imune a essas tendências.

“Estamos todos aprisionados em nossos cérebros, que é muito limitado e inclinado a erros, analisando um mundo infinito e tentando entendê-lo”, explica Andrew Newberg, pesquisador da Universidade da Pensilvânia e autor do livro Why We Believe What We Believe (Por que acreditamos no que acreditamos). “Em última instância, nunca temos certeza absoluta se nossa interpretação do mundo é precisa. Com base na informação que encontramos, desenvolvemos crenças sobre o mundo baseadas nas funções de nosso cérebro. Nosso cérebro é uma máquina de criar crenças”, conclui.

Alguns pesquisadores sugerem que o funcionamento dessa máquina e sua maneira de gerar crenças se parecem com a de outros órgãos que nos ajudam a sobreviver. Sabe-se, por exemplo, que o sistema que cria os sabores no córtex cerebral, integrando sinais procedentes do olfato, da visão e das papilas gustativas, nos deu uma maior flexibilidade na hora de escolher alimentos concretos que nos fazem bem. Cientistas como Sam Harris, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), utilizou aparelhos de ressonância magnética funcional para analisar as reações de vários voluntários diante de diferentes afirmações que poderiam considerar como verdadeiras, falsas ou incertas. Em um artigo publicado em Annals of Neurology, junto com outros pesquisadores, ele conclui que, apesar de na hora de determinar a veracidade ou falsidade de um argumento são acionadas regiões envolvidas em processos cognitivos elevados, a decisão final depende de um sistema de processamento mais hedonista e primitivo situado no córtex pré-frontal e na ínsula anterior.

“As redes sociais são majoritariamente disseminadoras de emoções e a sociedade mediática é cada vez mais uma farsa”

Como no caso de um sabor, nosso cérebro cria uma experiência emocional a partir das afirmações. O que nos parece correto gera uma resposta positiva automática. O que soa falso gera repugnância. Isso terá efeitos no futuro: acreditamos em algo porque aquilo nos faz sentir bem. “Quando as pessoas desenvolvem uma crença particular, inclusive alguma que se contradiz aos fatos, o cérebro continua sustentando essa crença”, afirma Newberg. “Os neurônios que se ativam juntos se conectam. Quanto mais cremos em algo, mais forte se torna a crença, até mesmo diante de uma enorme quantidade de dados que a contradigam. Não tem nada a ver com a inteligência”, diz.

Álvaro Rodríguez-Carballeira, professor de Psicologia Social na Universidade de Barcelona, na Espanha, não está otimista quanto à possibilidade de que no debate público o racional domine o emocional. “Do ponto de vista da persuasão, sempre teve mais impacto. Convencer com argumentos e com rigor é muito mais complicado do que fazê-lo com emoções, capazes de comover e de gerar esperanças”, explica. Nesse sentido, ele não considera que a situação tenha mudado. Tampouco lhe agrada o termo pós-verdade, para referir-se à desvalorização dos fatos na discussão política. “O fenômeno é clássico, mas agora as redes sociais o multiplicaram. O “Yes, we can” [slogan da campanha de Barack Obama em 2008] é puro desejo, pura emoção, como é o “Make America great again” [slogan da campanha de Donald Trump]. Nas redes sociais, tudo o que se torna viral tem a ver com o que produz um impacto emocional – e não com o fato de haver por trás um argumento brilhante e coerente que desmonte o dos outros. As redes sociais são majoritariamente disseminadoras de emoções, e a sociedade mediática é cada vez mais uma farsa”, afirma.

Junto com a predominância de aspectos emocionais face aos racionais, Rodríguez-Carballeira sugere que nossa dificuldade para aceitar argumentos que não se ajustem a nossa ideologia tem a ver com “um princípio geral do comportamento humano, que é conservador”. “A realidade, desde o momento em que você a percebe, é uma realidade construída. E você se une à construção da realidade feita por aqueles próximos a você”, indica. “Isso está relacionado à ideia de que ‘ganhem os meus para que o que é nosso perdure, porque considero que assim me cairá melhor’. Por isso, aceitamos com mais credulidade o que vai de acordo com nossa linha de pensamento. Engolimos muito mais por aquilo que reafirma o que é nosso”, conclui. Mudar de ideia, no entanto, é como deixar uma droga, porque deixar-nos levar por nossos preconceitos nos dá prazer.

por, DANIEL MEDIAVILLA

el pais

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COMPULSÃO POR COMPRAS – ONIOMANIA

Quando a compulsão por comprar se apresenta de forma severa, ela se torna uma doença psicológica chamada Oniomania ou Oneomania.

Oniomania (são sinônimos: onemania, oniomania, onomania): impulso exacerbado, doentio, de comprar coisas sem delas necessitar.
A oniomania que é a compulsão por da compra e endividamento atinge pessoas de qualquer classe social.
É distúrbio que foi descrito pela primeira vez como síndrome psiquiátrica no início do século passado.
O transtorno, caracterizado pelo descontrole dos impulsos, atinge cerca de 3% da população. Sendo que 80% das pessoas que tem o transtorno, são mulheres.
Os portadores da Oniomania são os consumidores compulsivos que frequentemente não conseguem resistir à tentação de comprar e que não chegam a pagar suas contas essenciais por gastarem tudo com coisas supérfluas.
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DIFERENÇA DE UM COMPRADOR NORMAL PARA O COMPRADOR COMPULSIVO.
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O comprador normal compra por necessidade ou pela utilidade do produto ou objeto.
O comprador compulsivo consome pelo prazer de consumir e não pela real necessidade do objeto, ou sua utilidade, ele compra mais produtos relacionados à aparência como roupas da moda, sapatos, jóias e relógios.
Existe por parte do comprador compulsivo um descontrole, não há limites.
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A GRATIFICAÇÃO
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A gratificação e a satisfação obtidas através da compra não os permitem avaliar a possibilidade de futuros prejuízos.
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COMPORTAMENTOS MAIS COMUNS NO COMPRADOR COMPULSIVO.
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• Esconder as compras da família ou do parceiro;
• Mentir sobre a quantidade verdadeira de dinheiro gasto em compras; gastar em resposta a sentimentos Negativos como depressão ou tédio;
• Sentir euforia ou ansiedade durante a realização das compras;
• Culpa, vergonha ou auto-depreciação como resultado das compras;
• Se dedicar muito tempo fazendo “malabarismos” com as contas ou com as dívidas para acomodar os gastos;
• Além de uma atração incontrolável por cartões de créditos e cheques especiais.
Uma pessoa só é considerada um consumidor compulsivo se é incapaz de controlar o desejo de comprar e quando os gastos frequentes e excessivos interferem de modo importante em vários aspectos de sua vida.
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COMO SE PROCESSA A COMPULSÃO
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Antes:
Antes de cometer o ato do qual não tem controle, é comum que o consumidor compulsivo apresente ansiedade e/ou excitação.
Durante:
Já durante a execução do ato, experimenta sensações de prazer e gratificação.
E quando, por algum motivo, são impedidos de comprar, os pacientes costumam relatar sensações como angústia, frustração e irritabilidade.
Depois:
A maioria apresenta culpa, vergonha ou algum tipo de remorso ao término do ato.
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O QUE O ATO DE COMPRAR COMPULSIVAMENTE PODE REVELAR
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As compras compulsivas podem levar a sérios problemas psicológicos, ocupacionais, financeiros e familiares que incluem a depressão, enormes dívidas e graves problemas nas relações amorosas.
Vários estudos revelaram que a idade e a situação econômica são os principais fatores de risco para o desenvolvimento desse transtorno.
Os investigadores descobriram um percentual mais elevado em jovens que ganham menos em relação aos indivíduos mais velhos e em melhor situação econômica.
Compras compulsivas podem revelar com muita frequência possível do transtorno bipolar de humor, de exaltação do humor, quando existem sentimentos intensos de alegria e otimismo, associados à falta de capacidade para julgar com clareza as consequências dos atos cometidos.
E normalmente revela pessoas com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), principalmente em pacientes com compulsões de colecionismo.
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A COMPULSÃO POR COMPRAS X DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS
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Podemos traçar um paralelo entre as compulsões por compras e as dependências químicas.
Em ambas, há perda de controle e o paciente se expõe a situações danosas para si e também para os outros.
Assim como em alguns casos os dependentes químicos roubam para custear seus vícios, o compulsivo também pode se utilizar de meios ilegais para continuar comprando.
Embora a compulsão por compras possa estar relacionada a outros transtornos, alguns fatores presentes no dia a dia são facilitadores da compra descontrolada. Produtos à venda pela internet, canais de venda na televisão ou grandes promoções de queima de estoque são um grande perigo.
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AS CAUSAS 
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Quanto à origem do transtorno, acredita-se que haja algum déficit do neurotransmissor serotonina, que reconhecidamente proporciona menor ocorrência de impulsividade.
O vazio e as ausências na personalidade do indivíduo são os verdadeiros núcleos da compulsão. Em outras palavras, os compulsivos por compras tentam preencher uma vazio interno com coisas materiais.
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BUSCA DE AJUDA E TRATAMENTO
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Infelizmente, a maioria das pessoas que sofrem do transtorno só costuma procurar ajuda quando as dívidas estão grandes e os gastos exagerados já acarretam problemas familiares, nos relacionamentos, em situações legais, ou até quando dão origem a episódios depressivos de intensidade importante.
Em alguns casos, os portadores do transtorno só chegam ao consultório trazidos por familiares, amigos ou pelo cônjuge.
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TIPOS DE TRATAMENTO
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Medicação:
O tratamento pode envolver medicamentos como antidepressivos ou agentes estabilizadores do humor, e psicoterapia cognitivo-comportamental.
Existem remédios que não alopatas que ajudam em muito, a saber: homeopatia, florais, óleos e essenciais que ajudam em muito no tratamento, sem causar dependência química.
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Grupos de autoajuda:
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Dependendo do caso, duas outras medidas também devem ser levadas em consideração: frequentar grupos de autoajuda, como os devedores anônimos (DA) e nomear algum conselheiro financeiro, que possa orientar o paciente sobre suas movimentações financeiras.
Quando esse último procedimento ocorre, o paciente continua com a responsabilidade de pagar suas contas, porém, não tem acesso a cartões de crédito e a cheques.
É dado a ele, semanalmente, uma quantia previamente combinada à qual deve se adequar.
Além disso, as contas são acompanhadas por meio do fornecimento de recibos ao conselheiro financeiro.
Esta é uma das formas de tentar combater a possibilidade de episódios de compulsão por compras.
Conforme o indivíduo obtém progressos, ele retoma paulatinamente o pleno controle sobre suas finanças.
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Psicoterapia:
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A psicoterapia ajuda em muito, pois leva a pessoa a dar uma nova interpretação aos seus atos, suas necessidades e a descobrir novas maneiras de viver.
É bom que se diga que o tratamento só com medicação raramente tem efeito, portanto é importantíssimo que a pessoa além da medicação faça também psicoterapia.

Por FRANCISCO FERNANDES, Psicanalista Clínico, Acupunturista, Professor, Filósofo, Teólogo e Consultor de Empresa.

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NUMEROLOGIA PARA 2017 – PREVISÕES PARA O ANO

Você sabe o que os números preveem para o ano de 2017? Confira abaixo!
Se você ainda não sabe qual é o seu número pessoal segundo a data de nascimento, descubra já AQUI.

NUMEROLOGIA 2017 – ANO DE ENERGIA 1

O ano de 2017 é um ano de energia 1, o início de um ciclo que começa agora e só termina em 2025. É um ano 1 pois resulta da soma de seus algarismos: 2017 = 2+0+1+7 = 10 = 1+0=1. O antigo ciclo já passou, 2016 era um ano novo, do fim de um ciclo que começou em 2008, portanto neste 2017 os velhos problemas devem se resolver, desaparecer ou se apresentar com uma nova e positiva perspectiva. É um ano de movimento, de escolhas, de reflexões e gratidão da vida para os planos de um futuro melhor.

TRABALHOS E PROJETOS

Este ano irá favorecer as descobertas e aplicação de métodos inovadores. Tudo aquilo que é novo, inédito, original tem chances de ser bem sucedido, o mundo está pedindo por isso nesse novo ciclo. A atmosfera de início de ciclo incentiva a criatividade, os projetos ousados e te dará ideias de meios e ferramentas para alcançá-los. É ano de começar a construir, de plantio, para colher frutos nos próximos anos que virão. O ano de 2017 deverá favorecer especialmente aqueles que têm cargos de responsabilidade, como empreendedores, professores, autoridades, pesquisadores e inventores.

LADO HUMANO E PESSOAL

Depois de um ano de encerramento de ciclo conturbado e cheio de discórdias, a energia do 1 irá valorizar o lado humano das pessoas. A proteção de si mesmo, da sua privacidade e da sua paz vão estar em alta, para isso é preciso analisar bem as pessoas ao redor e se conhecer melhor. A generosidade está em alta e deverá ser valorizada, desperte a sua sensibilidade em ajudar e ela será bem vista e bem recompensada.

NO AMOR

O início de ciclo traz a alegria do começo dos romances, das aventuras juntos, do frio na barriga pelo próximo passo. Portanto, é um ano propício para se apaixonar, casar, morar junto, pensar em filhos, em uma vida a dois. Mas é preciso saber que o ano 2017 também tem a energia do inovador, do original e do diferente, portanto o casal deve manter a sua liberdade individual, sendo cada um responsável por si mesmo e autônomo. Com liberdade e amor a tendência será construir relacionamentos fortes e duradouros, verdadeiros companheiros.

A INFLUÊNCIA DA NUMEROLOGIA NA MINHA VIDA PARTICULAR EM 2017

As previsões acima são gerais, é a imposição da energia do número 1 sobre todas as pessoas. Quer saber a previsão da numerologia para o seu dia em específico? É muito simples. Você deve primeiro descobrir qual é o número que representa a sua personalidade pela data de nascimento. Para isso, deve somar todos os algarismos do dia que você nasceu.

Por exemplo, se você nasceu em 31 de março de 1989, deve somar:

Cálculo de dia e mês: 31+3 = 34 = 3+4 = 7

Cálculo do ano: 1989 = 1+9+8+9 = 27 = 2+7= 9

Cálculo final: 7 (dia e mês) + 9 (ano) = 16 = 1+6 = 7

Para a numerologia, você tem a personalidade número 7.

Lembre-se sempre de reduzir o número até um algarismo entre 1 e 9, exceto quando o número final for 11 ou 22, que são números mestres e não devem ser reduzidos.

Pronto, agora que você já sabe qual é o seu número de personalidade pode conferir abaixo quais são as previsões da numerologia 2017 em amor, trabalho, saúde e dinheiro especialmente para você!

As previsões para o número 1
As previsões para o número 2
As previsões para o número 3
As previsões para o número 4
As previsões para o número 5
As previsões para o número 6
As previsões para o número 7
As previsões para o número 8
As previsões para o número 9
As previsões para o número 11
As previsões para o número 22
Quer entender melhor o que significa ser representado por um número? Confira aqui o significado do número resultante da data de nascimento e tenha maior compreensão da numerologia e do que ela é capaz.

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A dopamina do tempo

O cérebro não processa o tempo como um relógio o faz

ILUSTRAÇÃO DE GIL COSTA / FUNDAÇÃO CHAMPALIMAUD

Às vezes o tempo parece infinito, outras vezes que não passa. Uma equipa de neurocientistas investigadores do Fundação Champalimaud passou quatro anos a estudar a forma como processamos o tempo, e descobriu os neurónios que processam a nossa percepção sobre a passagem do tempo

O que é o tempo? Qual a percepção que cada um nós tem sobre a passagem das horas? Porque é que há momentos que parecem infinitos e outros que nunca mais passam?

Qualquer interrogação relacionada com o tempo é de tal maneira subjetiva que só mesmo um cientista poderá explicar. Foi exatamente isso que uma das equipas de neurocientistas do Centro Champalimaud procurou saber, quando partiu para um trabalho sobre a forma como o nosso cérebro constrói a percepção da passagem do tempo para, finalmente, conseguir identificar os circuitos neuronais que modulam essa medida.

ESTREIA NA REVISTA “SCIENCE”

Esta descoberta – até agora só tinha havido experiências no cérebro de ratinhos – é de tal modo importante para a comunidade científica que, pela primeira vez, um trabalho realizado nos laboratórios da Fundação Champalimaud, foi publicado na revista “Science”.

Durante quatro anos, a equipa liderada por Joe Paton, investigador principal do Learning Lab – um laboratório do centro que se dedica a estudar a questões relacionadas com a aprendizagem [onde se incluem investigadores Sofia Soares e Bassam Atallah], tentou perceber como é que os neurônios dopaminérgicos, responsáveis por libertar dopamina, poderiam ser determinantes no processo do processamento do tempo no nosso cérebro. “Estes neurônios são centrais para vários aspectos do comportamento existem muito estudos sobre a atividade da dopamina, que muitas vezes está envolvida na nossa sensação de recompensa e de bem estar ” explica Joe Paton.

“O nosso objetivo quando montámos o trabalho foi precisamente perceber o envolvimento dos dopaminérgicos na relação com o tempo”, revela o cientista.

Seguindo a pista destes neurônios através de várias experiências de observação e manipulação, aumentado ou diminuindo a libertação de dopaminas no cérebro de ratinhos, os cientistas conseguiam prever as decisões ou hesitações dos animais, indicando que o efeito da passagem do tempo estava fortemente relacionada com a atividade elétrica desta células. “Esta descoberta começa por ser importante para questões que estejam ligadas a comportamentos impulsivos ou relacionados com o déficit de atenção, por exemplo”, diz Paton.

A questões que agora se põe é esta: “Será o resultado desta experiência suficiente para percebemos se funcionam do mesmo modo no comportamento humano? Será que a manipulação desses neurônios pode alterar a nossa experiência subjetiva do tempo?” Os autores gostam de acreditam que sim, apesar de salvaguarda que “quando estudamos animais a única coisa que podemos medir é o seu comportamento e interpretar o que vemos como sendo uma experiência subjetiva.”

Em última análise, e como explica o neurocientista, o tempo tem uma dimensão tão básica e simultaneamente tão complexa na nossa experiência de vida, e é tão importante para tanta coisa, que qualquer passo que se dê no sentido de perceber como é que se processam no nosso cérebro os mecanismos relacionados com esta questão, é mais um salto que se dá em direção ao Conhecimento.

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Nutrição nos primeiros estágios da vida – a base para a saúde e o bem-estar ao longo dos anos

A nutrição nos primeiros estágios de vida representa uma oportunidade única de causar um impacto positivo no futuro da saúde de cada bebê. A nutrição é a base para o desenvolvimento saudável, crescimento, aprendizagem e desempenho durante os primeiros anos de vida.

Por isso, além de nos focarmos no bebê após o nascimento, o atual entendimento da nutrição nos primeiros estágios de vida também abrange o período pré-natal. Assim, para nos beneficiarmos plenamente da nutrição sob medida durante os “primeiros 1000 dias”, devemos começar desde o início da gravidez.

Nutrição durante a Gravidez – Comer por dois?

A resposta a esta velha questão é tanto “não” quanto “sim”. Por um lado, as mulheres grávidas devem evitar a ingestão excessiva de calorias, que resultam em ganho de peso, para prevenir complicações e melhorar as condições da gravidez. Por outro lado, elas devem certificar-se de que estão atendendo ao aumento da demanda por nutrientes essenciais, principalmente aquelas mulheres que já estão comprometidas nutricionalmente.

Há um consenso global entre a comunidade médica de que a ingestão em níveis suficientes de ácido docosahexaenóico (DHA), originado do ômega 3, é de extrema importância durante a gravidez. As sociedades de pediatria e nutrição, em todo o mundo, estão gradualmente introduzindo os níveis de ingestão adequados. Esse é o primeiro passo para a nutrição eficaz e saudável de um bebê.

Leite materno – O “superalimento” universal para os bebês

O leite materno é o alimento ideal para os bebês. É por isso que a Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses e, após esse prazo, amamentação pelo máximo de tempo possível. O leite materno atende às necessidades dos bebês, fornecendo nutrientes adequados às diferentes fase de desenvolvimento. Uma mãe que amamenta gera cerca de 800 ml de leite/dia, em média. Isto leva a um aumento das necessidades de energia, e de macro e micronutrientes.

Um aumento das necessidades de energia e proteínas é mais fácil de ser suprido com a ingestão diária de alimentos, enquanto os nutrientes essenciais, tais como vitamina D, ácido fólico, ferro, zinco, iodo, cálcio e ácido graxo, e ômega-3 DHA podem exigir um esforço adicional. Formuladores que customizam suplementos para as mulheres que amamentam têm uma responsabilidade importante de atender às necessidades vitais da mãe e da criança. Esta responsabilidade é estendida ao escolher os fornecedores de ingredientes, dando preferência àqueles que garantem uma qualidade consistente.

Fórmulas Infantis – A melhor escolha caso não seja possível amamentar

As fórmulas infantis são a escolha certa quando a mãe não pode ou opta por não amamentar o seu bebê. Estas fórmulas possuem uma composição semelhante a do leite materno, podendo ser utilizada para a alimentação exclusiva ou em combinação com leite materno. Para refletir as variações no leite humano durante o período de lactação, existem dois tipos: fórmulas iniciais (desde o nascimento até 6 meses) e fórmulas de transição (a partir de 6 – 12 meses de idade). As principais diferenças entre as fórmulas iniciais e de transição estão relacionadas ao tipo e quantidades de proteínas e carboidratos.

Um fator importante sobre a nutrição infantil é a segurança. É fundamental evitar a contaminação da fórmula durante o processamento e manuseio. Avanços em embalagens e aplicação, como os formatos prontos para consumo e porções individuais, são passos importantes para tornar os produtos mais seguros. Por isso, deve-se garantir que os fornecedores de ingredientes para as fórmulas sejam os mais recomendados e com níveis de qualidade excelentes. Essa escolha tem um impacto muito grande quando falamos de uma nutrição segura e eficaz.

Leite de crescimento (Growing-up milk) – Elaborado para preencher a lacuna nutricional

Em uma fase mais avançada da primeira infância, o leite de crescimento é uma importante fonte de nutrientes para as crianças pequenas. Novamente, há dois tipos de produtos: leite para crianças entre 12 e 36 meses e o leite pré-escolar (para crianças de 3 anos ou mais).

Nos países desenvolvidos, a necessidade do leite de crescimento é algumas vezes debatida. Crianças menores que 1 ano de idade seriam capazes de consumir alimentos normais e várias recomendações nutricionais são estabelecidas para planos alimentares específicos por idade. No entanto, é difícil cobrir as necessidades nutricionais das crianças através de uma dieta equilibrada, composta exclusivamente de alimentos naturais e não fortificados, o que reflete os desafios ao introduzir os alimentos da família.

O leite de vaca, por outro lado, não é a melhor opção para compensar a deficiência de micronutrientes, pois possui níveis muito elevados de proteína. O alto consumo de proteínas durante a infância deve ser evitado, uma vez que pode levar a um risco aumentado de sobrepeso e obesidade na infância e na vida adulta.

Recentemente, um painel de especialistas concluiu que o leite de crescimento é uma fonte importante de nutrientes, não só para as crianças em risco de desnutrição protéico-energética. Ele também compensa deficiências nutricionais que podem ocorrer na fase de transição da nutrição infantil para a nutrição familiar ou como consequência do estilo de vida agitado ou escolhas alimentares inadequadas na família.

Quais nutrientes demandam atenção especial durante a Nutrição nos Primeiros Estágios de Vida?

DHA – Food for thought (alimento para o raciocínio)

O ácido docosahexaenóico (DHA), originado do ômega 3, é um componente integral da membrana celular e, como tal, está envolvido na funcionalidade de células normais, especialmente na retina e no cérebro. Há provas convincentes de estudos em humanos de que o DHA aumenta significativamente o desenvolvimento da acuidade visual.

A primeira infância é a fase fundamental do desenvolvimento do cérebro: um salto de crescimento especial ocorre a partir do último trimestre da gravidez até os 2 anos de idade. Com a idade de 5 anos, a massa cerebral terá aumentado cerca de 3,5 vezes em relação ao nascimento e em torno de 90% da arquitetura cerebral já está estabelecida. Sendo baixa a formação natural de DHA, o fornecimento nutricional adequado é essencial para assegurar condições ótimas para o desenvolvimento estrutural do cérebro, crescimento dos neurônios e diferenciação.

Além desses benefícios comprovados no desenvolvimento estrutural do cérebro, o DHA parece ter um impacto direto sobre as funções cognitivas. Estudos recentes trazem evidências de que a suplementação com DHA em crianças melhora significativamente o desempenho cognitivo na aprendizagem, memória e velocidade de processamento da informação em crianças. Estes são fatores importantes em uma ampla gama de competências como raciocínio e resolução de problemas.

Considerando que a ingestão de DHA de um bebê ou de uma criança é geralmente baixa, a suplementação adequada de DHA (através do leite de crescimento) pode contribuir significativamente no alcance das metas de desenvolvimento da criança. Escolher um fornecedor com expertise na produção de um DHA com baixo sabor residual, ajuda a garantir formulações mais saborosas.

Vitamina D – Argumentos fortes para ossos fortes

Artigos publicados nos últimos anos discutem as implicações da insuficiência de vitamina D em uma infinidade de plataformas de saúde. A vitamina D nos primeiros estágios de vida é mais relevante para a prevenção de raquitismo e para garantir funções imunes normais e, portanto, apoiar o crescimento e desenvolvimento normal.

Apesar da consciência generalizada, a situação do suprimento real em mulheres grávidas, bebês e crianças é alarmante e já foi identificado que a alta prevalência de insuficiência de vitamina D em mulheres grávidas e crianças está em todas as partes do mundo. Assim, a prevalência de raquitismo está aumentando. Um grupo mundial de especialistas publicou recentemente as Recomendações Consensuais sobre a Prevenção e Gestão do Raquitismo. Os especialistas defendem a suplementação de vitamina D para todas as mulheres grávidas (600 U.I/dia) e bebês (400 U.I/dia), independente do modo de alimentação.

Para onde vamos?

Muitos estudos lançam luz sobre conexões potenciais entre a saúde de adultos e o estado nutricional durante os primeiros 1000 dias de vida. Por exemplo, sabemos hoje que a saúde e o estado nutricional das mães durante o período pré-natal, e mesmo na fase preconcepção, está ligado ao risco de obesidade e desenvolvimento de diabetes tipo 2.

Alimentar a mãe e o bebê é – e continuará sendo – o principal tema da Nutrição nos Primeiros Estágios de Vida. Novas perspectivas animadoras na área da epigenética e programação metabólica irão abrir novas oportunidades para as estratégias nutricionais dos formuladores. Com as evidências científicas já estabelecidas, fica claro que o apoio nutricional, para a mãe e para o bebê, é fundamental para a saúde e o bem-estar ao longo da vida das crianças.

por, Marianne Heer, gerente de Marketing Científico de Nutrição Humana, BASF

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