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Auscultadores “neurológicos” elevam rendimento dos atletas olímpicos

Auscultadores “neurológicos” elevam rendimento dos atletas olímpicos

Os Halo Sport parecem um headset de som normalíssimo, mas “escondem” um original segredo: estimulam eletricamente o cérebro com o obetivo de melhorar a performance desportiva. E os atletas norte-americanos presentes nos jogos Rio 2016 este ano não os dispensam.

tek halo sport

O objetivo é auxiliar naquilo a que os criadores dos Halo Sport chamam de “treino inteligente”. Estes auscultadores “neurológicos” são capazes de estimular os impulsos elétricos nas regiões do cérebro que regem a aprendizagem relativa ao desporto e atividade física em geral, prometendo um desempenho superior ao normal.

Quem o garante é a equipa multidisciplinar da Halo Neuroscience, empresa norte-americana que se dedica ao desenvolvimento de neurotecnologia e que é composta por médicos, neurocientistas, engenheiros e designers. E, ao que parece, os atletas dos Estados Unidos que estão prontos para iniciar a competição nos Jogos Olímpicos deste ano no Rio de Janeiro, Brasil, já estão convencidos das “maravilhas” do treino neurológico que os Halo Sport proporcionam, supostamente.

Eles e também Michael Johnson, o emblemático corredor de provas de atletismo de velocidade, que faz questão que os atletas que frequentam o seu centro desportivo de alto rendimento utilizem este recurso tecnológico. Mas afinal como funciona a tecnologia neurológica dos Halo Sport?

Estes auscultadores incluem dois elétrodos que transmitem impulsos elétricos ao cérebro do utilizador durante o treino, que não pode ser de mais de 30 minutos por dia (o equipamento tem até uma funcionalidade que impede que a utilização seja superior à meia hora diária), e que deve até preceder a sessão de atividade física.

O atleta tem de humedecer ou molhar a zona da cabeça onde os Halo Sport “assentam” (à semelhança do que acontece com os sensores que integram as bandas de peito dos relógios cardíacos, por exemplo), para de seguida darem início à neuro-estimulação transcraniana, se quisermos ser um pouco mais técnicos.

Trata-se de uma técnica científica normalmente aplicada em casos clínicos de depressões e lesões cerebrais, por exemplo, sendo que a Halo Neuroscience coloca-a agora nuns auscultadores e combina o sistema com uma app para smartphone que ajuda a controlar o treino em exercícios baseados em repetições, principalmente.

Os testes efetuados pela equipa da Halo Neuroscience não demonstraram qualquer efeito secundário, pode constatar-se no site oficial da empresa, ao mesmo tempo que os resultados apresentados mostram que os atletas que usam os Halo Sports imediatamente antes da sessão de treino e competição duplicam a performance desportiva.

O case study dos atletas olímpicos norte-americanos na modalidade de saltos em ski ajudam a chegar a essas mesmas conclusões, denotando-se melhorias ao nível da atenção, concentração, equilíbrio e resistência dos atletas, como podemos ver pelo vídeo abaixo. Foram notados 13% de ganhos em propulsão e de 11% na suavidade e controlo, em apenas quatro semanas. A mesma tecnologia foi antes usada pelos militares dos Estados Unidos para melhorar a capacidade de tiro.

Os Halo Sport já podem ser reservados online e serão enviados a partir do outono, a troco de 649 dólares, cerca de 579 euros. Vejamos agora se os atletas que usam os Halo Sport regressam do Brasil com medalhas ao peito; se assim for e não for uma simples coincidência, estes auscultadores podem vir a provocar uma “revolução” no desporto e áreas afins.

Mulheres que fumam têm maior risco de derrame hemorrágico

Derrames caracterizados por sangramento na parte interna do cérebro são mais comuns entre tabagistas, especialmente mulheres, de acordo com uma pesquisa recente. Esses derrames sérios são oito vezes mais comuns entre mulheres que fumam mais de um maço por dia, comparadas com não tabagistas. Até mesmo fumar menos triplica o risco da mulher para este tipo de derrame. O derrame hemorrágico compreende 3% de todos os derrames. Esses derrames normalmente afetam pessoas jovens e podem ser devastadores em termos de inabilidade e morte, com taxas de fatalidade em torno de um para cinco. Esse tipo de derrame normalmente resulta de um aneurisma hemorrágico no cérebro. Um aneurisma é um pequeno ponto fraco no vaso sanguíneo que pode romper a qualquer momento. Os pesquisadores mostraram que entre os tabagistas leves (1 – 10 cigarros/dia) mulheres eram três vezes mais propensas a ter derrame hemorrágico e, homens das vezes mais quando comparados com não tabagistas. Entre aqueles que fumavam de 11 – 20 cigarros/dia, mulheres eram quatro vezes mais propensas e homens duas vezes mais propensos a sofrer esse tipo de derrame.

Mas, aqueles que paravam de fumar reduziram significativamente suas chances de ter o derrame hemorrágico. Após seis meses sem fumar, seu risco caiu ao nível de não tabagista. O tabagismo e a hipertensão são dois fatores de risco modificáveis importantes par ao derrame hemorrágico.

Cientistas da IBM criam neurônios artificiais que ‘pensam’ sozinhos

Em um estudo publicado nesta semana, pesquisadores da IBM revelaram a criação de um conjunto de mais de 500 neurônios artificiais, capazes de interpretar informações e aprender sozinhos. A descoberta deixa a empresa cada vez mais próxima de desenvolver um sistema computacional capaz de se comportar como o cérebro humano.

Os neurônios artificiais da IBM foram criados a partir de chamados materiais de mudança de fase – isto é, substâncias que podem existir em dois estados diferentes (gasoso e líquido, por exemplo) e trocar de um para o outro com facilidade. A combinação usada pelos cientistas é composta por germânio, antimônio e telúrio.

A material, denominado GST, pode alterar sua composição entre os estados cristalino e amorfo – isto é, sólido, mas sem forma definida. Na primeira fase, o GST (usado na membrana do neurônio artificial) funciona como um isolador de energia elétrica. Já na fase amorfa, o material consegue atuar como um condutor de eletricidade.

Desse modo, com uma membrana capaz de conduzir ou isolar eletricidade, o neurônio artificial pode realizar sinapses a base de impulsos de energia – assim como os neurônios no cérebro humano. Outra semelhança é que os neurônios criados pela IBM não trocam dados digitais, como arquivos de computador, mas apenas informações analógicas, como temperatura e movimento, e são tão pequenos quanto neruônios “de verdade”.

Aplicando-se uma fonte de calor a essa população de neurônios, as sinapses acontecem quase que naturalmente. É importante destacar, contudo, que a informação trocada entre elas é puramente aleatória, assim como no cérebro humano. Isso acontece devido ao ciclo de transformações do GST, que altera seu estado entre cristalino e amorfo sempre com alguma diferença. Os cientistas nunca sabem quando uma sinapse será realizada ou entre quais neurônios.

O que torna a descoberta ainda mais impactante é sua eficiência: os materiais usados na criação dos neurônios são facilmente encontrados na natureza ou na indústria; cada célula exige muito pouca energia para operar; a quantidade de informação processada é muito grande, enquanto o processamento é rápido; e tudo isso funciona num espaço físico bem reduzido, em vez de ocupar enormes edifícios repletos de servidores, como os data centers modernos.

Embora esses neurônios ainda não estejam prontos para serem usados em robôs como os de filmes de ficção científica, possíveis aplicações já estão sendo estudadas. O “mini cérebro artificial” da IBM poderia, por exemplo, ajudar na detecção de fenômenos naturais, como terremotos e tsunamis, ou até em sistemas de previsão do tempo mais precisos.

Em teoria, nada impede que esses neurônios sejam usados na fabricação de processadores de computador que tornem PCs, aplicativos ou qualquer dispositivo eletrônico bem mais inteligente, nos aproximando da mítica singularidade. O desafio, porém, ainda é desenvolver o código de software capaz de interpretar as informações analógicas de um “cérebro” como esse.

Via Ars Technica

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