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Adoçantes artificiais podem engordar e causar danos ainda mais graves

Adoçantes artificiais podem engordar e causar danos ainda mais graves

O Brasil é o quarto país com maior consumo de açúcar em todo mundo. Essa é uma das conclusões da pesquisa “O açúcar que você não vê”, publicada pelo Instituto de Defesa do Consumidor, IDEC, em 2016. Este queridinho dos brasileiros não é prejudicial apenas para quem está acima do peso ou para quem não quer engordar. Diversos estudos relacionam o seu consumo excessivo com danos ao fígado, ao pâncreas e até ao cérebro. A solução seria, então, substituí-lo pelos adoçantes? Nem sempre. Há muitas opções no mercado, com características bem diferentes, mas nem todas boas. Vou listar aqui algumas delas, junto com seus efeitos positivos ou negativos.

Adoçantes artificiais – sacarina, aspartame e sucralose

Produzidos artificialmente, são os mais utilizados pela indústria alimentícia e estão presentes na maioria dos produtos diets ou ‘zero açúcar’, como refrigerantes, sucos, iogurtes, biscoitos e sorvetes e também nos de consumo direto como os líquidos e em sachês. Recentemente, um estudo publicado pelo periódico Nature relaciona o consumo destas substâncias à casos de diabetes e ao aumento da resistência à insulina, que é um dos fatores responsáveis pelo ganho de peso, entre aqueles que têm predisposição genética. Elas alteram a microbiota intestinal e geram um aumento das chamadas endotoxinas, um dos fatores que aumentam a formação de substâncias inflamatórias, que podem causar obesidade.
Vários estudos já comprovaram as ações neurotoxicas do aspartame. Ele excita as células nervosas e pode causar enxaqueca em pessoas predispostas. Seu consumo frequente, em grande quantidade, já foi relacionado a problemas neurodegenerativos, como mal de Parkinson e Alzheimer, e até mesmo ao câncer.

Stevia

É natural, extraído de uma planta, e considerado 300 vezes mais doce do que o açúcar. Tem sido cada vez mais utilizado em adoçantes culinários, líquidos ou em sachês, ou em produtos alimentícios dietéticos ou ‘zero açúcar’. Mas deixa um gosto residual nos alimentos, de difícil aceitação, pelo menos para mim.

Açúcar de coco

É um açúcar natural, extraído do coco, nutritivo, com índice glicêmico baixo e não tem sabor de coco. Eu o utilizo para adoçar meus bolos e doces, como o doce de abóbora, por exemplo, e até o cafezinho de todo dia.

Frutose

É um adoçante extraído das frutas. Eu costumo utilizá-lo para adoçar o café. O ideal é usar no máximo uma colher de sobremesa por vez. Não funciona em preparações como bolo, por exemplo, e deve ser evitada por quem tem diabetes. Pode ser usada para adoçar um suco de frutas, uma vitamina ou abacate, já que funciona bem associada às frutas, por conta de suas fibras que irão tornar a sua absorção mais lenta. A frutose costuma ser confundida com o xarope de milho invertido, utilizado com frequência pela indústria alimentícia, que é tão prejudicial quanto o açúcar refinado.

Xilitol e Taumatina

São adoçantes naturais que surgiram mais recentemente no mercado. Podem ser vendidos separadamente ou em alimentos prontos como chocolates, por exemplo. Ainda não foram encontrados pontos negativos relacionados ao seu consumo. Porém, aida tem o preço muito elevado.

Mel

Tem uma boa qualidade nutricional,  com índice glicêmico baixo. Mas, como tem um potencial alergênico alto, é bom evitar o seu uso diário, e fazer isso uma vez a cada três ou quatro dias. Também não pode ser consumido por quem tem menos de um ano de idade.

Frutas secas

Muita gente utiliza frutas secas, como tâmaras, ameixas e uvas passas para adoçar bolos. É uma boa alternativa, porque são alimentos naturais, com micronutrientes e fibras. Como são utilizadas em preparações que vão ao fogo, são seguras, pois o calor mata os fungos que comumente estão presentes nesses alimentos.
Muitos deles estão sendo constantemente analisados pela ciência e é bom ficarmos de olho nas conclusões destes estudos. Enquanto eles não saem o ideal é tomar cuidado com o seu consumo excessivo e tentar rodizia-los – com exceção do aspartame, que já pode ser cortado da sua lista.
Em casa tenho mel, frutose, açúcar de coco e adoçante culinário com stevia. Cada um para uma função, sempre em pequenas quantidades. Além disso, quanto mais consumirmos os alimentos sem nenhum tipo de adoçante, melhor. Frutas, sucos de frutas naturais, chás e até o café não precisam ser adoçados. Este último é o meu desafio. O nosso paladar precisa ser reeducado para que não tenha tanta necessidade do sabor doce, que é viciante.
por, JULIANA CARREIRO In,
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