
Realidade virtual ligada ao cérebro
Dispositivos VR portáveis como o Oculus Rift são apenas o início do que poderão se tornar. No futuro, os usuários terão a possibilidade de encontrar uma existência “verdadeiramente” em realidade alternativa. O que é necessário para isso é algo um pouco mais… invasivo. Quando chegarmos ao século 21, teremos encontrado uma maneira de criar uma experiência de realidade virtual que é indistinguível da real. Essas experiências serão alimentadas diretamente em nosso cérebro, ignorando nossos órgãos sensoriais normais – olhos, tato, etc – para torná-las ainda mais críveis.
Névoa útil
Concebida pelo pioneiro da nanotecnologia J. Storrs Hall, a névoa útil é um enxame de nanobots, que pode assumir a forma de praticamente qualquer objeto e mudar sua forma. Imagine uma nuvem inteligente de flocos de neve interconectados capaz de se transformar com os movimentos de qualquer coisa em torno dela, incluindo os passageiros de carros. Foi o que Hall imaginou como um sistema de segurança, um tipo de “airbag super inteligente”. Cada nanobot (ou foglets) medirá apenas 10 mícrons de diâmetro (aproximadamente o mesmo tamanho de uma célula humana), será equipado com um minúsculo computador de bordo rudimentar para controlar suas ações (que seria controlado externamente por um sistema artificialmente inteligente) e uma dúzia de braços telescópicos que se projetam para fora na forma de um dodecaedro.
Energia Solar obtida no Espaço
A humanidade precisa de energia. Essa é uma necessidade cada vez maior, mais voraz e interminável. Porém, as fontes de energia não são inesgotáveis. Mas a energia solar baseada no espaço é uma ideia que existe desde a década de 1960 e poderia resolver de uma vez por todas o problema das mudanças climáticas e as dificuldades para uma transição para adotar energia mais sustentável.
Upload da mente
Na virada do século 22, muitos seres humanos poderão viver uma existência puramente digital, livre de todas as restrições biológicas. Chamado de upload de mente, ou emulação de cérebro inteiro, isso envolve a cópia meticulosa de um cérebro biológico existente. As varreduras capturariam todos os detalhes cognitivos até o nível molecular e incluiriam memórias, associações e até peculiaridades de personalidade de uma pessoa. Futuristas não estão inteiramente certos de como o upload da mente vai acontecer, mas um passo crítico será certificar-se de que as partes importantes de um cérebro serão copiadas, particularmente aquelas ligados ao senso de identidade de uma pessoa (ou seja, o para-hipocampo e o córtex retrosplenial).Controle do clima
É improvável que a humanidade se tornará capaz de controlar completamente o clima até o final do século atual, mas há muitas possibilidades para chegar a alguns resultados. Já estamos semeando nuvens com partículas para estimular a precipitação, e a Califórnia tem feito isso por quase 50 anos. Durante os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, as autoridades chinesas dispararam 1.100 foguetes nas nuvens para provocar chuvas antes que as tempestades atingissem a capital. Há até mesmo esforços para disparar pulsos de laser em nuvens de trovão na esperança de extrair relâmpagos de forma controlada. Olhando para o futuro, os engenheiros meteorológicos poderiam construir estruturas maciças em forma de parede para evitar que tornados devastadores se forem, ou construíssem conjuntos de turbinas enormes e muito fortes para sugar a energia dos furacões. Mais radicalmente, poderíamos eventualmente construir uma máquina meteorológica para criar uma atmosfera programável. Um plano particularmente interessante descreve uma fina nuvem global de pequenos balões transparentes levantados na estratosfera, onde ela sombreia ou reflete a quantidade de luz solar que entra. Um espelho seria colocado dentro de cada balão, junto com um GSP para monitorar sua localização, um atuador para controlar sua orientação. Levado pelo hidrogênio, chegaria a cerca de 20 milhas acima da superfície da Terra. Este sistema, orientado pela IA, poderia influenciar os padrões meteorológicos em todo o mundo e transformar áreas de condições difíceis em regiões temperadas e mais habitáveis.Montador molecular
Esqueça as impressoras 3D. Com os montadores moleculares, ou nanomontador, descrito por um inventor, pioneiro da nanotecnologia K. Eric Drexler em seu livro seminal, Engines of Creation, será possível manipular átomos individuais para construir um produto desejado. Fãs de Star Trek já devem ter visto um membro da tripulação usar um replicador para produzir uma xícara quente de chá, e isso é basicamente um montador molecular. Alguns futuristas acreditam que isso será fabricado em breve.
Geoengenharia
Os efeitos das alterações climáticas são provavelmente irreversíveis. Não importa o que façamos a partir de agora até o ano de 2100, os níveis de gases do efeito estufa continuarão a aquecer o planeta. Para evitar as muitas calamidades ambientais causadas pelas mudanças climáticas, teremos, “a contragosto”, destaca Dvorsky, que começar a geoengenharia do planeta. Trata-se da ciência que estuda os meios de manipulação do clima através da tecnologia e de forma controlada. Ou seja, está relacionado ao item anterior. A geoengenharia propõe resolver os problemas climáticos do planeta, mas seus efeitos colaterais poderiam ser catastróficos. Ela pode criar secas em determinada região e provocar chuvas em outros locais do globo.
Comunicação através da mente
Dvorsky acredita que os progressos contínuos nas tecnologias de comunicações e na neurociência transformarão a humanidade em uma espécie telepática. Na verdade, ele afirma que este futuro pode estar “mais perto do que pensamos”. Em 2014, uma equipe internacional de pesquisadores foi a primeira a demonstrar um sistema direto e completamente não-invasivo de comunicação cérebro-cérebro. Durante o experimento, dois participantes puderam trocar palavras mentalmente conjuradas, apesar de estarem separados por centenas de quilômetros.
Fusão nuclear
No início deste ano, físicos na Alemanha usaram um pulso de microondas de 2 megawatts para aquecer o plasma de hidrogênio de baixa densidade a 80 milhões de graus. O experimento não produziu energia e durou apenas um quarto de segundo, mas foi um passo importante no esforço para aproveitar uma forma extremamente promissora de produção de energia conhecida como fusão nuclear. Ao contrário da fissão nuclear, onde o núcleo de um átomo é dividido em partes menores, a fusão nuclear cria um único núcleo pesado a partir de dois núcleos mais leves. A mudança resultante na massa gera uma tremenda quantidade de energia que os cientistas acreditam que pode ser aproveitada em uma fonte viável de energia limpa.Formas de vida artificiais
Não contentes em parar na engenharia genética, os cientistas do futuro poderão ser capazes de projetar e criar novos organismos a partir do zero. Desde bactérias microscópicassintéticas até design de seres humanos, algo como os Replicantes em Blade Runner. Esta área de estudo é crescente, e conhecida como vida artificial. Ou seja, a busca pela criação de formas sintéticas de vida já está em andamento. No início deste ano, pesquisadores da Synthetic Genomics e do Instituto J. Craig Venter criaram com sucesso um genoma bacteriano artificial que, com 473 genes, é menor do que qualquer coisa encontrada na natureza.

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