A dor é definida como uma “sensação desagradável e uma experiência emocional relacionadas a um dano tecidual presente ou potencial, ou descrito nesses termos”. A dor, experiência subjetiva, é sobretudo um evento neuropsicológico pluridimensional.
A dor é definida como uma “sensação desagradável e uma experiência emocional relacionadas a um dano tecidual presente ou potencial, ou descrito nesses termos”. A dor, experiência subjetiva, é sobretudo um evento neuropsicológico pluridimensional. Poderíamos falar em 4 componentes do processo doloroso:
- Componente sensorial-discriminativo: corresponde aos mecanismos neurofisiológicos da nocicepção, assegurando a detecção do estímulo e a análise das características qualitativas e temporoespaciais;
- Componente afetivo: expressa a conotação desagradável, incômoda, ligada à percepção da dor;
- Componente cognitivo: reflete um conjunto de processos suscetíveis de modular as outras dimensões, como os fenômenos de atenção, distração, sugestionabilidade, expectativa, referência a experiências do passado, vivenciadas ou observadas;
- Componente comportamental: corresponde ao conjunto das manifestações observáveis, sejam elas fisiológicas (parâmetros somatovegetativos), verbais (como queixas e gemidos) ou motoras (imobilidade, agitação, atitudes antiálgicas, dentre outras).
Fonte: Cambier, J., Masson, M., Dehen, H.. Neurologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
por Leonardo Faria