Curioso perceber o quanto o corpo reflete nossos pensamentos e sentimentos, ou seja, nossa forma de expressão e linguagem inclui a comunicação não-verbal. Lembra do cinema mudo de Charles Chaplin? E quantas vezes um colega lhe contou determinados acontecimentos um tanto desconfortantes e você reagiu fazendo aquela cara de repulsa, de nojo? Ainda, se eu lhe perguntar qual seria a expressão corporal de uma pessoa alegre você facilmente me diria, assim como a expressão de uma pessoa em profunda tristeza. Logo, de forma prática e empírica, podemos perceber a relação entre o pensar, o sentir e as expressões corporais, quer sejam elas expressões facilmente perceptíveis ou micro-expressões faciais. Decifrar pessoas e a si mesmo implica perceber e compreender estes aspectos mais sutis da comunicação não-verbal. “Leandro e Jaqueline (conheça), como assim?” Vem conosco e a seguir entenderá melhor meu caro e atento leitor.
Linguagem e comunicação
Apesar da linguagem verbal ser importante e a mais valorizada pelos indivíduos, a linguagem não verbal é naturalmente usada desde a mais tenra infância, de modo intuitivo, envolvendo gestos, posturas, sons distintos da fala, como o choro de um bebê por exemplo e posteriormente, cores, vestuário e outros símbolos. Sendo então a linguagem e a comunicação componentes do comportamento humano, esses só fazem sentido em função de termos a capacidade de atribuir um significado social, afetivo, cultural e evolutivo.
“Como o ser humano dialoga, e todo comportamento é comunicação, TODA interação, qualquer que seja, supõe por definição um modo de comunicação” (Bateson, 1979)
Estas formas de comunicação, verbal e não verbal, não se apresentam em estados puros e sim, de forma combinada, interdependente e simultânea, seja consciente/voluntária, seja inconsciente/involuntária.
Sob esta perspectiva, podemos perceber o quanto o corpo, a fisiologia, nos dão indícios sobre os nossos pensamentos e sentimentos, bem como são melhores revelados a partir do momento que estamos mais aptos a ler essas mesmas linguagens. E a aptidão, inclusive, envolve conceitos e práticas das ciências do comportamento, entre elas destacamos a Metodologia Disc (que metodologia é essa?).
Perfis comportamentais
Comportamento pode ser entendido como atividade, ação, desempenho, resposta e reação. De outra ótica, comportamento é qualquer coisa que uma pessoa diz ou faz. Há os comportamentos manifestos e visíveis, tais como estudar, exercitar, vender, e os comportamentos privados; internos e encobertos, e é neste se insere a comunicação intra pessoal – aqueles diálogos “dentro da própria cabeça”.
Para a metodologia DISC (o que é?), muito utilizado em processos de recrutamento e seleção, processos de coaching, mentoria, consultoria, entre outros ambientes, existem 4 grandes grupos de perfis comportamentais que se combinam entre si em percentuais diferentes. São eles: I) Perfil Dominância; II) Perfil Influência; III) Perfil Estabilidade e IV) Perfil Conformidade. Abaixo algumas características de cada para poder identificar, ler, alguns de seus comportamentos e dessa forma se relacionar de forma mais assertiva.
I) Perfil Dominância: mais seguro de si e voltado para desafios, tende a ser mais ousado, ativo, rápido, lógico e questionador, logo, sua ênfase está em superar obstáculos e atingir resultados. Valoriza resultados atingidos.
– Sua comunicação não verbal expressa segurança, através de posturas mais firmes, como num aperto de mão ou ainda com gestos indicativos de decisão. Pode ainda complementar a comunicação verbal, com tom de voz firme e decidido, transmitindo sua segurança e autoconfiança.
II) Perfil Influência: voltado para pessoas, que tende a ser mais tolerante, receptivo e agradável. Também é seguro de si, principalmente em contextos sociais. Sua ênfase está em influenciar e agregar pessoas. Valoriza o convívio social e as relações. Busca resultados por meio da persuasão.
– Em geral, é o tipo que abraça, recebe, acolhe, toca os que estão a sua volta, se mostrando caloroso e através de gestos amplos é receptivo e amigável. Seu tom de voz transmite vibração e alegria, sendo vistos normalmente como pessoas motivadas e carismáticas.
III) Perfil Estabilidade: um perfil relacional, no entanto tende a ser mais cauteloso, calmo, atencioso e moderado. Sua atenção está voltada à cooperação e o “fazer juntos”, valorizando assim, o outro. Busca concretizar seus objetivos por meio da dedicação, persistência e continuidade.
– Facilmente reconhecidos por sua postura tranquila, serena e por vezes até com certa apatia, se mostram gentis e agradáveis, embora resguardem sua privacidade e sejam mais seletivos aos que se aproximam de seu espaço pessoal. Sua fala costuma ser calma e pausada, ponderando sua expressão e dando tempo ao seu interlocutor.
IV) Perfil Conformidade: por ser mais voltado para processos, utilizando para tanto a lógica, a concentração e seu poder questionador, tende a ser cauteloso e ao lidar com as pessoas e pode passar uma impressão de frieza e de insensibilidade. Busca resultados através do controle e da exatidão, nutrindo palavras como: organização e qualidade. Ou seja, a palavra de ordem é: fazer certo.
– Por sua tendência a ser mais reservado, pode evitar o contato físico, principalmente com pessoas estranhas, sendo cortes, embora distante. Seus gestos podem ser mais contidos e objetivos sem tanta expressividade corporal. Sua expressão verbal comumente direta, sem meias palavras, pode ser sentida como fria e muitas vezes seu senso de humor, pode ser interpretado como ironia ou sarcasmo.
A linguagem do corpo reflete o perfil comportamental e cada gesto ou movimento pode ser uma valiosa fonte de informações sobre a emoção que ela está sentindo em dado momento, entretanto, para que sejamos efetivos em nossas intepretações, qualificando as interações familiares, sociais e profissionais, torna-se necessária a compreensão de alguns conceitos e tendências, sem rótulos, pois cada ser é único e com suas peculiaridades, tal compreensão tem um valor inestimável. Já parou para pensar o quando seus relacionamentos e interações seriam
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