Todos nascemos com um “kit básico emocional” que são fenômenos expressivos, de curta duração mas que envolvem a ativação de estados de sentimentos que servem para nos auxiliar na adaptação ao ambiente. As emoções teriam como função: coping (enfrentamento) e socialização. Por exemplo: se percebemos que alguém está sorrindo, associamos o sentimento de felicidade e dessa forma já temos um feedback de como interagir com aquele indivíduo naquele determinado momento.
Mas como fazer esta associação se não nos foi trabalhado estas noções? Pois temos o kit básico emocional, mas isso não é garantia de que sabemos usá-lo, portanto, emoções precisam ser trabalhadas desde o nascimento até a morte!
Goleman (2013) menciona que a compreensão emocional básica se inicia na primeira infância: por volta de 2 a 3 anos, é possível relacionar palavras a sentimentos e classificar expressões faciais. No entanto, a partir dos 6 meses de idade começa a ser ativado um circuito de empatia que nos permite modelar as expressões/emoções daqueles que interagem conosco, são os “neurônios-espelho”. São circuitos que nos colocam em sintonia com alguém ao despertar o estado emocional identificado no outro. Contudo é lá na adolescência que já é possível ‘ler’ os sentimentos com precisão, sendo essa a base de interações sociais mais tranquilas.
Como se pode perceber as emoções exigem um trabalho de “lapidação” durante toda a infância. Necessita a realização de um trabalho integrado onde a criança não apenas reconheça a emoção, mas que também saiba nomeá-la e compreender o significado da mesma. E por isso, venho compartilhar com vocês um aplicativo que pode ser utilizado em diferentes contextos, familiar, escolar e clínico. É o ”Emoji Game” criado pela Educação Futura, cujo responsável é o professor Tiago B. J. Eugênio.
O Emoji proporciona a identificação das expressões faciais fazendo com que a criança através do lúdico se aproprie de conhecimentos que agreguem valor as suas habilidades socioemocionais. Esta interação com o jogo fará com que a mesma comece a prestar mais atenção em si e nos outros, noções básicas e essenciais as quais descrevi no artigo “As crianças estão mudando o foco”.
No contexto escolar e clínico há toda a possibilidade de criação de estratégias de intervenção, tais como: jogos de memória de emoções, dados de sentimentos, trilhas das emoções e quem sabe até criar um jogo de detetive de emoções.
O jogo contribui também para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) favorecendo o autoconhecimento, a empatia e a compreensão destes fatores.
Portanto segue o link do app: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.educacaofutura.Emoji
Ou então assistam no youtube um tutorial do jogo: