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Identidade pessoal e psicossocial?!

Identidade pessoal e psicossocial?!

Embora a discrepância de direitos e igualdades entre humanos, seja regra histórica, generalizada independentemente de qualquer época, e ainda hoje se constatar que a maioria da humanidade luta, em termos de necessidades primárias, por “pão” e proteção, é nos mais abastados em diversidade e disponibilidade de bens materiais, sociais e culturais, que se verifica uma maior dificuldade de identidade pessoal e psicossocial.

Isso explica-se pela dispersão e descaracterização de grupos étnicos assimilados pela globalização, pelas culturas naturalmente “corrompidas” nos seus aspectos idiossincráticos, pela “efervescência” da quantidade de informação, que irradia de forma exponencial e em incompatibilidade com a necessidade da introspecção e autoconhecimento, fundamentais para um equilíbrio emocional do ser humano e da conscientização, espiritual, social e antropológica, da sua identidade. Na verdade, essa amalgama de conhecimentos, tecnologia, possibilidades e informações que tenderiam a melhor esclarecer cada ser humano no que respeita à sua identidade individual e psicossocial, mais se mostra como um amplo vácuo, que se alastra como que impregnado no próprio universo em expansão, repleto de múltiplas interrogações, indefinições e receios.

Algumas das manifestações desse quadro, estão ilustradas no comportamento arbitrário e inseguro de muitas pessoas inteligentes, sensíveis, mas fragilizadas pela dificuldade de introspecção, pela dificuldade da assertividade das suas escolhas, da obtenção da eficácia das suas ações e da irregularidade do humor ou imprevisibilidade do temperamento. A dificuldade de ter uma maior consciência do seu “eu”, autônomo e responsável gera uma sutil e solitária agonia, traduzida na instabilidade emocional, de quem não sabe (ou não quer) pedir ajuda. Em alguns casos sob a influência ou predominância de um Ego inflado que se exibe, autoritário, combatendo de forma mais ou menos inconsciente o vislumbre de uma rendição, que se poderia mostrar emocionalmente suicida e trazer descobertas aterrorizantes.

Nesses casos é como que um “instinto” de sobrevivência que comanda as operações, levando a pessoa a tornar-se desmedidamente ativa e envolvida com coisas, muitas coisas, que quase sempre não levam a lugar algum e a afastam de forma abismal, de si própria. Para além da necessidade da pessoa se sentir ocupada e operacional, outros sintomas, são a necessidade de se sentir útil, justa e admirada, solidária e guerreira, dissimulando qualquer início de incapacidade, incompetência, dificuldade ou fragilidade, que desse modo é ilusoriamente afastado, pelo recorrer a um comportamento permissivo, subserviente, o que na verdade nada mais é do que a manifestação do desconhecimento de si mesma.

Estas pessoas, muitas vezes iludidas por uma significativa formação acadêmica, ou suposta experiência de vida, não têm, em muitos casos, a percepção do desajuste do seu comportamento e da ineficácia das suas ações. Apenas sofrem como que submetidas a um terrorismo emocional que afinal elas mesmas edificam. Para quem observa, parecem os “bobos” da sociedade, que é predominantemente implacável na sua postura para com esse tipo de perfil, mesmo porque precisamos do mal dos outros, para nos acomodarmos na nossa ilusória e insípida felicidade.

Esta não é uma abordagem apologista do pessimismo, e da crítica barata. É isso sim, um incisivo alerta para uma reflexão, num primeiro momento e um partir para a ação em sequência, para a reivindicação de uma inversão desse quadro, protagonizado pelo usufruto das nossas reais e ilimitadas capacidades.

Olhe à sua volta, com alguma atenção e encontrará pessoas assim. Talvez mais do que poderia imaginar. Ofereça, escuta, compreensão, sem julgamento nem despotismo. Não dê conselhos, dê atenção e disponibilidade. Dê amor incondicional (depois de entender o que isso é). Lembre-se, muito provavelmente a pessoa nem sabe que precisa nem aceitará a sua ajuda. Apenas mostre a sua serenidade e escolha estar bem e sobretudo fazendo muito bem a sua parte (o que é o mesmo que dizer, assumir a sua responsabilidade em todos os aspectos da sua vida). Desse modo ela irá entender que também pode atingir tudo isso. E é pela conscientização dessa nova realidade que pode surgir a vontade de mudança. Porque ninguém muda para um caminho que não vislumbra.

 

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Rebeldia sem causa pode ser sinal de alerta para Transtorno Desafiante Opositor (TDO)

Transtorno pode atingir até 16% de crianças e adolescentes. Pico dos sintomas acontece entre 8 e 11 anos.

Quando o assunto é desenvolvimento infantil, muitos pais podem ter dúvidas sobre o que está dentro da normalidade ou não. Por natureza, as crianças costumam ser espontâneas e questionadoras, principalmente depois dos três anos de idade. Birras e alguns maus comportamentos fazem parte da infância e da adolescência. Porém, quando essas atitudes são constantes e interferem na vida escolar, familiar e nos relacionamentos, é preciso prestar atenção.

Essa rebeldia, aparentemente sem causa, pode indicar uma condição conhecida como Transtorno Desafiante Opositor (TDO). Segundo Dra. Karina Weinmann, neuropediatra e cofundadora da NeuroKinder, o TDO é classificado como um transtorno disruptivo que se caracteriza por um padrão de humor irritável, comportamento argumentativo/desafiador e vingativo. A prevalência global é estimada entre 5 e 16% de crianças e adolescentes até 18 anos. 

“São aquelas crianças ou adolescentes que discutem de forma excessiva com os adultos, não assumem a responsabilidade pelo mau comportamento, incomodam as outras pessoas, têm dificuldade em aceitar regras e autoridade, perdem o controle emocional se suas vontades não forem cumpridas e tem um comportamento vingativo”, diz a médica.

Birras e teimosia são sinais de alerta
O diagnóstico é um desafio e precisa ser muito criterioso. “A frequência dos sintomas é muito importante, já que muitos comportamentos do TDO são comuns no desenvolvimento infantil. Para as crianças com menos de cinco anos de idade, os comportamentos devem acontecer na maioria dos dias, por um período de pelo menos seis meses, com exceção do comportamento vingativo. Para os maiores de cinco anos, os comportamentos devem estar presentes pelo menos uma vez por semana, por pelo menos seis meses, também com exceção do comportamento vingativo”, explica Dra. Karina. 

Em geral, o TDO costuma se manifestar a partir dos três anos, com surtos de teimosia. As birras entre quatro e cinco anos são frequentes, assim como questionamentos a partir dos seis anos. Porém, o pico dos comportamentos típicos do TDO acontece entre os oito e onze anos de idade. 

Grupo de Risco
O TDO é um transtorno que se desenvolve devido a vários fatores. Estudos mostram que conflitos familiares, negligência, abandono, transtorno psiquiátrico dos pais e presença de dependência química na família são importantes fatores de risco. “Outra informação relevante é que o TDO, em 50% dos casos, está associado ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Além disso, aumenta o risco de desenvolver problemas psiquiátricos futuramente se não tratado precocemente”, diz Dra. Karina.

Em geral, o melhor tratamento para o TDO é o treinamento de manejo parental dirigido aos pais ou cuidadores da criança. O objetivo é entender como a aprendizagem social ocorre, além de desenvolver uma relação amorosa com a criança por meio de interações e brincadeiras.

“É muito importante dar a criança um ambiente familiar seguro e estruturado e estabelecer regras que quando cumpridas devem ser reforçadas positivamente. Os pais também precisam aprender a gerenciar os comportamentos agressivos, entender o humor e outras características do TDO. A maioria das crianças, cerca de 65%, após três anos de tratamento, consegue sair do diagnóstico. Entretanto, 30% dos casos progridem para um transtorno de conduta. Por isso, quanto antes for feito o diagnóstico e iniciar a terapia, mais efetivos serão os resultados”, comenta Dra. Karina.

Como uma última dica para os pais de crianças que já tem o diagnóstico, Dra. Karina recomenda diminuir o uso do “não”. “O cérebro humano desconhece esta palavra. Quando usamos em sentenças, como por exemplo, “não se esqueça de fazer a lição de casa”, a criança irá entender como “esqueça de fazer a lição de casa”. Portanto, precisamos mudar o modo de falar e usar mais palavras positivas, como “lembre-se de fazer a lição de casa”, conclui a neuropediatra.

  • Escrito por  Leda Sangiorgio
  • Publicado em Saúde
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Tinha a certeza de que você viria

Pesquisas realizadas na Universidade de Tel Aviv e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts comprovaram que somente metade dos que consideramos amigos de alma o são de verdade

Há um provérbio popular que diz que “Os verdadeiros amigos a gente conta nos dedos de uma mão”. Mais uma vez, o povo acertou. Estou aqui falando de amizade, de sentimento recíproco de uma pessoa com a outra, de emoção. Este atributo – a amizade – parece não ser algo que se possa concretizar numericamente. Mas, quando a gente pensa que já viu de tudo, sempre aparece algo para nos surpreender e eu vou falar de uma delas.

Pesquisas realizadas na Universidade de Tel Aviv e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts comprovaram que somente metade dos que consideramos amigos de alma o são de verdade. Pelo que se sabe, nós somos realmente incapazes de tocar no sentimento do outro. O que conhecemos dele é somente aquilo que ele demonstra e o que nós percebemos e imaginamos retribuir em relação a tais demonstrações.

O cientista, Dr. Erez Shmueli, coordenou uma equipe de estudos sobre a reciprocidade da amizade e assevera que nós não somos nada bons para julgar quem são nossos amigos e que nossa dificuldade em gerir a reciprocidade de amizade limita a nossa capacidade de nos envolver em acordos de cooperação.

Mas de que maneira os cientistas conseguiram fazer uma medição que comprovasse esta premissa? Era necessário criar uma forma material de medir essas relações e quantificar o seu impacto. Assim foi feito. Imagine que eles criaram um algoritmo que analisa várias características objetivas de uma amizade percebida, ou seja, o número de amigos em comum ou o total de amigos, sendo este algoritmo  capaz de distinguir os dois tipos de amizade: aquelas que se dão apenas por um dos lados – as unidirecionais – e aquelas que se dão de forma recíproca.

O Dr. Erez explica que se você acha que alguma pessoa é sua amiga, sua expectativa é que ele sinta a mesma coisa por você. E completa dizendo que este não é o caso e que 50% dos entrevistados ficaram alojados na categoria de amizade bidirecional. Para chegarem a esta conclusão, os pesquisadores conduziram extensas experiências sociais e analisaram dados de outros estudos para determinar a porcentagem de amizades recíprocas e seu impacto sobre o comportamento humano.

A equipe também examinou seis pesquisas sobre amizade de cerca de 600 estudantes em Israel, na Europa e nos Estados Unidos para avaliar os níveis de amizade e expectativas de reciprocidade. Segundo o coordenador da pesquisa, as relações de reciprocidade são importantes por causa da influência social. Diz ele que a influência é o nome do jogo. Utilizando o experimento social do “FunFit”, a equipe descobriu que a pressão da amizade pesa muito mais do que o dinheiro, em termos de motivação. Os pressionados por amigos recíprocos usufruíram mais e desfrutaram de um maior progresso de que aqueles que guardavam somente laços de amizade unilaterais.

Aqueles que não têm o conhecimento dos algoritmos da dita “máquina da amizade” vão ter que continuar a ver os amigos que julgam verdadeiros, como verdadeiros, a não ser por um ato de bravura que prove a reciprocidade, como conta esta história: “Em pleno campo de batalha, um soldado, vendo que seu amigo não voltara da frente de combate, pediu ao tenente para ir buscá-lo. Seu superior negou, pois não queria que ele arriscasse a vida por um homem, provavelmente, morto. Ignorando a proibição, o soldado partiu em busca do amigo. Uma hora mais tarde, voltou muito ferido, trazendo um morto às costas. Furioso, o oficial falou: – Eu não disse que ele estava morto! Valeu a pena trazer o cadáver? E o soldado, moribundo, respondeu: – Claro que sim! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pode me dizer: – Tinha a certeza de que você viria!”.

Estes não precisaram de nenhum algoritmo para dizer que havia reciprocidade na amizade. Amigo é assim. Chega quando todo mundo já se foi e sua lealdade é um dos pilares que sustentam o seu real valor.

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7 dicas para ter um dia menos estressante

Às vezes, quanto mais perto é o fim de semana, maior é o estresse

O estresse é um conjunto de perturbações orgânicas e psíquicas provocadas por vários estímulos ou agentes agressores, que podem ser frio, infecção, emoções fortes, cirurgia, trabalho, excesso de compromissos e estilo de vida acelerado.

Apesar do senso comum dizer que não, os dias que antecedem o período de férias ou até mesmo o fim de semana podem ser muito estressantes.

Controlar o estresse não é uma tarefa fácil, e cada pessoa reage de forma diferente à subida dos níveis de cortisol (o hormônio que desencadeia os estados de estresse). Contudo, existem pequenos gestos e comportamentos que ajudam a manter o estresse longe:

Recorrer a uma lista/agenda online é sempre uma boa tática, não só por ser de fácil acesso, mas também por possibilitar a emissão de alertas sonoros, que travam qualquer esquecimento. Além disso, ter uma lista com tudo o que é necessário fazer e organizar cada tarefa conforme a prioridade ou período do dia é meio caminho andado para que fique tudo sob controle. E por falar em controle, parar de checar o e-mail a cada dez minutos. O ideal é acessá-lo somente algumas vezes por dia, diz o site Bustle.

Uma vez que o estresse anda lado a lado com a produtividade ou, para sermos mais honestos, com a falta de produtividade, a melhor forma de combater isso é com pausas ao longo do dia, que não só permitem espreguiçar, como são uma lufada de ar fresco para o cérebro, ajudando a baixar os níveis de cortisol que correm no sangue.

Fazer uma tarefa de cada vez é também uma estratégia eficaz não só para que o estresse não tenha tempo de aparecer, mas também para assegurar que o trabalho saia com qualidade, pois a pressa é sempre inimiga da perfeição.

De acordo com a publicação, ter consciência de como está o dia, isto é, de quanto tempo se demora a realizar determinadas tarefas é também um gatilho interessante na hora de aniquilar o estresse, pois compreender a forma como se atua é, de fato, a melhor maneira de saber o que pode estar correndo mal e merece ser melhorado.

E por falar em saber como se passa o dia, isto inclui ainda reduzir consideravelmente o uso de redes sociais. Estas plataformas têm sido apontadas pela ciência como inimigas do bem-estar não só por interferirem negativamente nas emoções, mas também com desencadearem períodos de estresse.

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A química do amor

A paixão amorosa é uma das emoções mais poderosas que existem

Frio na barriga, coração acelerado e sorriso estampado no rosto ao ver a pessoa amada. Sensações que, romanticamente, ligamos ao coração são geradas pelo cérebro. Da felicidade sem motivo aparente de “quem viu um passarinho verde” ao “soco no estômago” diante do término, tudo é explicado pela química.

Quando alguém se apaixona, há uma reação gerada no cérebro com a liberação do hormônio oxitocina. Ela é responsável, entre outras coisas, pelo apego. Não é à toa que a oxitocina é conhecida como o “hormônio do amor”. E sabe aquela vontade de estar sempre perto de uma pessoa? Ela ocorre porque o cérebro entende que há uma dependência. Amar vicia, ativando a área de recompensa cerebral. E temos abstinência em caso de grande período sem ver a pessoa. Ela se torna a coisa mais importante da vida. O tempo voa quando se está junto, e se arrasta quando afastado.

A maioria das pessoas sabe como é estar apaixonada. Dá taquicardia e vontade muito grande de estar perto o tempo todo. Os sintomas descritos são resultado da descarga de dopamina e opioides no organismo. A primeira é estimulante, precursora da adrenalina. Já os opioides provocam euforia e dependência. Quando a pessoa amada é vista, essa descarga de hormônios é tão intensa que, assim que a pessoa vai embora, você já quer que volte. O pensamento fica o tempo todo voltado para ela.

A paixão amorosa é uma das emoções mais poderosas que existem. A pessoa fica mais feliz e reage melhor ao estresse. Tudo na vida passa a ser resolvido com mais facilidade. A paixão atua como ingrediente importante no sexo. Ao ponto em que ele se torna mais intenso que a relação sexual casual. A explicação é simples: mais áreas cerebrais são ativadas e mais hormônios são despejados no corpo durante o sexo amoroso. No sexo casual há ativação do circuito ligado ao desejo sexual, com liberação mais forte apenas da testosterona, principal hormônio responsável pela libido. Por outro lado, no sexo amoroso há descarga mais intensa de outros tipos de hormônios. Além da testosterona, há liberação maior de dopamina na região responsável pela atração, apego e prazer. O mesmo acontece com a ocitocina, mais relacionada ao amor. Na prática, toda essa convergência de hormônios resulta em sensações mais fortes.

Não fica difícil de entender que o término de algo tão delicioso gera um estresse comparável ao de uma morte, com liberação de noradrenalina e cortisol. Quando a pessoa decide acabar uma relação com você, a área responsável pelas memórias amorosas no cérebro é reativada, como se você se apaixonasse de novo por quem acabou de te dispensar. Há a “perda” do futuro. O que foi vivido permanece. Mas o planejamento que foi feito para o futuro não existirá mais. O que era idealizado não vai se concretizar, por isso tanta tristeza.
Amar nos torna pessoas melhores, mas pode gerar dor e tristeza, pela falta e ausência. Não lacrem suas tampas. Só quem já sentiu sabe que compensa. Vezes dez.

Por, Vinícius Alves Morais

In,

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Como as pessoas mais inteligentes lidam com as pessoas tóxicas

Porque as pessoas tóxicas estão em todo o lado e têm um impacto negativo em quem as rodeia, um especialista em inteligência emocional partilha 10 dicas para lidar com elas

Num artigo publicado no The Huffington Post, Travis Bradberry, co-autor do livro Inteligência Emocional 2.0 e presidente da TalentSmart, uma empresa que se dedica ao fornecimento de serviços e produtos relacionados com a inteligência emocional, começa esclarecer que “as pessoas tóxicas desafiam a lógica”. Umas nem se apercebem do impacto negativo que têm à sua volta, outras tiram prazer do caos e desconforto que semeiam à sua passagem, mas em qualquer dos casos, a conta é pesada para os que convivem com elas. Travis Bradberry lembra que apenas uns dias de stress são suficientes para “comprometer a eficácia dos neurônios no hipocampo – uma área do cérebro importante, responsável pelo raciocínio e pela memória”.

Um estudo recente, reforça o especialista, demonstra que a exposição a estímulos que provoquem emoções negativas fortes – como lidar com pessoas tóxicas ( e entre as formas de toxicidade, Bradberry destaca a negatividade, a crueldade, a vitimização ou a “simples loucura”) – leva o cérebro a uma resposta de stress massiva.

A TalentSmart fez uma investigação que envolveu mais de um milhão de pessoas e concluiu que 90% das que apresentavam melhor desempenho conseguiam dominar as suas emoções durante momentos de stress e tinham a capacidade de “neutralizar” as pessoas difíceis. Como? É o que se segue:

1 – Estabelecem limites

As pessoas que passam a vida a queixar-se e que são negativas focam-se nos problemas e não nas soluções e querem arrastar os outros para essa sua forma de estar. Os que as rodeiam sentem-se no dever de as ouvir para não parecerem mal educados, mas há uma linha entre o ouvir e o ficar enredado numa espiral emocional negativa. Estabeleça limites e distancie-se quando necessário. E pode sempre perguntar-lhes diretamente o que tencionam fazer para resolver o problema de que tanto se queixam…

2 – Saem do jogo

As pessoas tóxicas fazem as outras sentir que estão a enlouquecer porque o seu comportamento é irracional. O segredo é não se deixar arrastar e entrar na mesma linha. “Não tente vencê-los nos seu próprio jogo”, alerta o especialista.

3 – Têm consciência das suas emoções

Manter uma distância emocional exige ter consciência. Não se consegue impedir alguém de mexer conosco se não nos apercebermos do que está a acontecer.

4 – Não gastam as energias todas de uma vez

As pessoas emocionalmente inteligentes sabem que o dia seguinte é crucial quando se lida com uma pessoa tóxica. Enterrar emoções só vai fazer esgotar todas as energias, daí o ser necessário conhecer e responder às próprias emoções para escolher sensatamente as “batalhas” a travar.

5 – Não se focam nos problemas, mas nas soluções

O foco da atenção determina o estado emocional. Quando alguém se foca nos problemas, prolonga-se o estado emocional negativo e o stress. Quando o foco, por outro lado, é na ação, cria-se uma sensação de “eficácia pessoal” que, por sua vez, leva a emoções positivas. Pensamentos fixos no quão “loucas” ou “difíceis” são as pessoas tóxicas também só lhes dá mais poder e não resolve nada. Foque-se, em vez disso, em como lidar com elas.

6 – Não esquecem

As pessoas emocionalmente inteligentes perdoam rapidamente, mas isso não quer dizer que esqueçam. Perdoar, sublinha Travis Bradberry, implica seguir em frente, mas de forma a não repetir a mesma experiência.

7 – Não absorvem a negatividade

É natural alguém sentir-se mal com a forma como os outros o tratam, mas cabe ao próprio intensificar essa negatividade ou seguir em frente.

8 – Dormem

Quando dormimos, o cérebro recarrega as energias. Quando não dormimos o suficiente, o autocontrolo, a atenção e a memória diminuem, enquanto aumentam os níveis hormonais ligados ao stress. Uma boa noite de sono torna-nos mais positivos, criativos e proativos na aproximação às pessoas tóxicas.

9 – Procuram ajuda

Falar com alguém ajuda a pôr as coisas em perspectiva e, muitas vezes, do diálogo surge uma solução que não se conseguia ver devido ao envolvimento emocional.

10 – Juntar todos os pontos anteriores

Antes de conseguir ter este sistema a funcionar a 100%, vai ter de passar alguns testes. “Felizmente, a plasticidade do cérebro permite-lhe moldar-se e mudar à medida que adota novos comportamentos, mesmo quando você falha”, conclui o artigo.

in,

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23 regras simples de etiqueta para você nunca fazer feio à mesa

Algumas regras de etiqueta até podem parecer exageradas, mas devemos admitir que outras são essenciais à mesa.

Afinal, quem não quer estar ao lado de pessoas educadas e de modos agradáveis?

Além disso, eventos formais exigem o máximo de elegância e um pouco de conhecimento para não fazer feio em meio a tantos talheres e taças.

Neste post, porém, iremos focar apenas nas boas maneiras.

Separemos 24 dicas que você deve seguir:

1. Mastigue de boca fechada:

Esta é uma dica que deve ser seguida em todas as situações.

Na verdade, ela nem precisava ser lembrada, mas ainda há quem mastigue de boca aberta e fale enquanto está mastigando.

2. Não coloque os cotovelos sobre a mesa

A maioria das pessoas não se importam mais com essa regra.

No entanto, procure evitar colocar os cotovelos sobre a mesa, para não ocupar o espaço de quem está ao seu lado nem passar uma imagem de desleixo.
3. Coloque o guardanapo de tecido no colo

A primeira coisa a ser feita é desdobrar o guardanapo.

Se ele for muito grande, dobre ao meio.

Se for pequeno, deixe-o todo aberto.

Feito isso, coloque o guardanapo no colo e use, mantendo os lábios secos e limpos.

4. Use adequadamente os talheres

Use o garfo na mão esquerda e a faca na mão direita do início ao fim.

Segure os talheres com os dedos e não com a palma da mão fechada – isso dá a impressão de que você está com medo de que a comida fuja do prato.

Corte o alimento à medida que for comendo e não previamente.

Quando não estiver usando a faca, apoie-a sobre a borda superior do prato, deixando-a levemente inclinada para baixo e a parte do fio/serra dentro do prato.

Não segure o garfo o tempo todo.

Você pode soltar quando for usar o guardanapo ou até quando estiver mastigando.

Se você já começou a comer, não permita que os talheres fiquem sobre a mesa outra vez.

Por fim, quando acabar a refeição, posicione os talheres um ao lado do outro, com o garfo à esquerda e a faca (com a serra voltada para dentro) à direita.
Os cabos dos talheres devem estar voltados para você ou levemente para a direita.

5. Mantenha a postura:

A pessoa quando fica sentada por muito tempo, tende a se cansar e, com isso, acaba curvando o corpo.

Se você perceber isso, endireite-se discretamente.

6. Dê garfadas pequenas:

Não é só questão de beleza, mas é uma regra estratégica.

Se você der pequenas garfadas, poderá engolir o alimento mais rápido e terá tempo para conversar.

É muito feito falar com a boa cheia.

7. Sirva-se aos poucos

Nunca encha o prato de maneira que ele transborde.

Coloque a comida em quantidade modera e, se continuar com fome, repita.

8. Pense nos outros que estão à mesa, antes de se servir

Olhe bem para o que tem na mesa e calcule mentalmente quantas porções é possível servir para cada pessoa.

Se tiver, por exemplo, dez pedaços de carne e oito pessoas para comer, então se sirva apenas com um pedaço.

Faça isso sempre para não errar.

9. Mastigue devagar

Mastigue muitas vezes e sem pressa.

10. Jamais gesticule com os talheres na mão

Se estiver falando, deixe os talheres no prato e não faça movimentos bruscos sobre à mesa.

11. Espere o anfitrião se servir

É muito mais cortês, até porque nunca se sabe se ele deseja fazer algum discurso ou oração antes das pessoas se servirem.

No entanto, se ele pedir para você se sirva primeiro, tenha a honra.

12. Leve o alimento à boca e não o contrário

Há quem incline o corpo todo para alcançar o talher, isso não deve acontecer.

13. Não corte a massa

Se é você quem vai fazer o macarrão, cozinhe-o por inteiro.

E, na hora de comer, jamais corte a massa.

Algumas pessoas colocam uma colher para ajudar a juntar o alimento ao garfo, outras acham deselegante.

Por via das dúvidas, coma apenas com o garfo, enrolando o macarrão.

É bem simples!

14. Dobre a alface e outras folhas

É fácil fazer umas trouxinhas com as folhas e levá-las à boca delicadamente.

15. Não pegue carnes com ossos (costela, frango, cordeiro) com as mãos

Apesar de ser mais prático e saboroso, em público é melhor evitar.

16. Tire o caroço de azeitona da boca discretamente com a ponta do garfo:

Feito isso, leve o caroço para a beira do prato e jamais o coloque sobre a mesa.

Na verdade, nenhum resto de comida deve ficar na mesa.

17. Evite barulho

Algumas pessoas fazem barulho ao tomar sopa, água ou qualquer outro líquido.

Outras, acabam raspando o talher no prato, o que resulta num ruído horrível.

Outros barulhos como assoar o nariz e arrotar também deve ser definitivamente proibidos na mesa.

18. Retire-se da mesa somente depois que todos tiverem concluídos

O que acontece é que tem gente que termina de comer e já quer sair da mesa – isso não é muito educado.

Alguns anfitriões preferem conversar por mais tempo.

19. Ao se levantar, coloque o guardanapo ao lado do prato

Mas não é preciso dobrá-lo.

20. Evite o uso de palitos de dentes

Mas, se for necessário, cubra com uma das mãos.

21. Se tiver pão para acompanhar a sopa, parta-o e coma com a mão

22. Não erga o prato para tomar até a última gota de sopa

Definitivamente isso causa má impressão.

23. Se estiver num restaurante, não grite para chamar o garçom

Procure fazer um contato visual com o garçom e, em seguida, gesticular sem muito alarde.

Se você seguir todas essas dicas, com certeza não terá problema aonde quer que você vá.

Identidade pessoal e psicossocial?!

Diz-me o que lês… dir-te-ei do que sofres

Páginas anti-inflamatórias, parágrafos analgésicos e histórias que são verdadeiras doses de vitaminas. A biblioterapia, dizem, pode curar estados 
de alma através dos benefícios da leitura e não tem contraindicações. Falámos com Ella Berthoud, co-autora de Remédios Literários, para perceber afinal do que trata esta terapia dos tempos da Grécia Antiga

Para Ella Berthoud, a biblioterapia “é a arte de prescrever a ficção para as doenças da vida”. Dito assim pode parecer simples, mas até receitar um livro para tratar um qualquer estado de alma, a biblioterapeuta e pintora inglesa precisa de entrar no nosso cérebro, tal como o leitor faz com o autor e as personagens de um livro. Ella Berthoud precisa saber os hábitos de leitura das pessoas, os amores e desgostos, as mudanças que estão a acontecer na vida, desde bebés a caminho, mudanças de emprego ou de casa, novo relacionamento ou uma crise existencial.

No livro Remédios Literários, escrito a meias, em 2014, com Susan Elderkin, as autoras recomendam livros de A a Z, para problemas desde “abandono” a uma “zanga com o melhor amigo”. São mais de 750 referências para tratar uma série de problemas: ressonar, baixar a tensão arterial, combater pesadelos, superar um divórcio. Em 2016, publicaram The Story Cure, dirigido a pais em apuros, frisando que os bons livros para a infância servem tanto para adultos como para crianças.

Ella e Susan conheceram-se quando ambas eram estudantes de literatura inglesa na Universidade de Cambridge. Sempre que partilhavam um problema, recomendavam livros uma à outra para superar a situação. Para as autoras inglesas que, no ano passado, estiveram em Portugal, no Festival Literário Internacional de Óbidos, onde começaram as leituras massajadas, ler o livro certo no momento certo pode mudar a vida das pessoas.

A biblioterapia afinal é muito antiga, nasceu mesmo no tempo de Platão?

Há evidências de que na Grécia Antiga usavam a biblioterapia como uma forma de lidar com as doenças. Nessa altura, as bibliotecas e os teatros eram construídos perto dos hospitais. Os gregos perceberam a necessidade da catarse como uma forma de purgar fortes emoções que poderiam ser prejudiciais. Se experimentassem emoções fortes ao ver uma peça de teatro ou ao ler um livro, não teriam de passar por elas na vida real, mas seriam curados experimentando-as de forma ficcional.

Existem vários tipos de biblioterapeutas ou apenas um?

Nós [com Susan Elderkin] praticamos uma biblioterapia muito particular, aquela que usa a ficção como cura das doenças da vida. Há alguns biblioterapeutas que usam muito mais obras de não-ficção nas suas prescrições, escolhem livros de auto-ajuda e literatura não-ficcional. Nós somos as únicas biblioterapeutas que, quase em exclusivo, só usamos romances nas nossas curas. Também fizemos o nosso próprio questionário para descobrir o que torna o cliente em determinado tipo de leitor. Temos vindo a aperfeiçoar o questionário durante muitos anos, para obter as perguntas certas. Os clientes gostam, realmente, de preencher o questionário, como um preliminar para a nossa reunião.

Como se distingue a biblioterapia dos livros de auto-ajuda?

Quando conhecemos os clientes, descobrimos muito sobre o tipo de pessoa que são, bem como o tipo de leitor. Percebemos que livros amam e odeiam e se preferem mais literatura baseada em história ou em outra linguagem. Por isso, os livros que recomendamos para ler são uma prescrição à medida da leitura perfeita para cada um deles. Os livros de auto-ajuda são escritos para que todos possam ler o mesmo, e são muito menos subtis do que a ficção. Quando se lê ficção entra-se na cabeça do autor e das personagens e isso transforma o seu mundo interior de uma maneira muito diferente da dos livros de auto-ajuda. Com a auto-ajuda, o autor fala para a mente consciente do leitor; com a ficção, o escritor vai direto para o inconsciente. Isso torna o efeito da biblioterapia muito mais duradouro e profundo.

Há um género literário certo para cada tipo de doença ou estado de alma?

Não é tanto o género certo, mas uma coleção de obras. Por exemplo, para a depressão temos um conjunto de romances que revelam os sentimentos da pessoa deprimida, mostrando-lhes que não estão sozinhos, enquanto outros romances vão ajudar a sentir-se mais positivo. Para o luto, temos romances que levam o leitor pela mão e mostram-lhes como sobreviver a esse momento trágico na sua vida. Para cada problema temos uma obra única, mas isso também depende do leitor e do tipo de livros que gosta ler.

Recomendam os grandes clássicos da literatura mundial?

Preferimos a ficção à não ficção, mas também escolhemos memórias, biografias e poesia. Tendemos a não recomendar demasiados best-sellers globais, por acharmos que os leitores os vão descobrir por si próprios. Estamos aqui para surpreender o leitor com livros com os quais nunca se cruzariam. É por isso que não podemos parar de ler!

O cérebro humano reage de acordo com o que lê? Como é que funciona?

Estudos científicos já demonstraram que o cérebro responde ao que lê disparando as mesmas vias neuronais quer na leitura, quer na própria atividade. Ao ler sobre ir fazer uma corrida de dez quilómetros o seu cérebro cria o mesmo tipo de efeito como se realmente tivesse corrido. Naturalmente, sem trabalhar os músculos.

O processamento da leitura no cérebro é muito complexo, mas assim que uma pessoa aprende a ler, o cérebro transforma as letras em imagens, emoções, cores e sensações com uma agilidade notável. É um processo que pode demorar algum tempo, eventualmente, e o leitor nem se apercebe que a linguagem escrita passa a imagens e sentimentos. Claro, que nem toda a gente lê da mesma forma – alguns leitores são muito mais visuais, outros mais auditivos, e na verdade conseguem ‘ouvir’ as palavras dentro da sua cabeça. Alguns preferem novelas gráficas ou um áudio-livro. A leitura não é de modo algum a mesma para todos.

É verdade que os hospitais, em Londres, já usam esta terapia?

Em Cirurgia Geral, os médicos podem prescrever livros, uma vez que existe uma lista de obras para ‘levantar o ânimo’, em condições específicas e menos graves, como por exemplo, uma depressão leve ou como adjuvante da medicina tradicional. A biblioterapia não é usada em hospitais, exceto como tratamento paliativo. Existe uma organização, chamada The Reader Organisation, que anda pelos hospícios, hospitais e lares de idosos a ler às pessoas. Esta é uma maneira muito prática de praticar biblioterapia.

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