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Café e estômago vazio: uma combinação que pode ser perigosa

Café e estômago vazio: uma combinação que pode ser perigosa

Uma das bebidas mais amadas pelos brasileiros é também um aliado à saúde. O café já é conhecido por proporcionar vantagens ao organismo como proteção ao DNA e prevenção de doenças através de seus antioxidantes.

Mais que um prazer e um bom favor prestado ao seu corpo, o café é uma mania para muitos que, quando não o tomam em determinadas situações, têm a impressão de que alguma coisa está faltando. O problema é que você pode estar ingerindo a bebida de uma forma que pode ser prejudicial.

Se seu café da manhã se resume somente a um cafezinho, trate de reformular seu cardápio. A bebida consumida de estômago vazio estimula a liberação de ácidos estomacais de modo rápido, propiciando o surgimento de problemas como a gastrite crônica.

Divulgação
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Uma pesquisa publicada no periódico científico “New England Journal of Medicine” listou a série de problemas que esse hábito pode causar, tornando aquele golinho de café um problema ao invés de solução.

Quando o estômago vazio recebe o café, a digestão será estimulada e causará problemas ao processamento das proteínas. A má execução desse processo pode causar danos ao sistema digestivo, como irritação, inflamação intestinal e inchaço abdominal.

Essa prática, a longo prazo, pode trazer consequências bem mais graves, como perda de massa muscular, descamação da pele, inchaço nas pernas e perda de cabelos, além do comprometimento do bom funcionamento do sistema imunológico.

Beber café em jejum é mais grave do que parece. Essa mania aparentemente inofensiva pode ajudar a desenvolver doenças como a Acrodermatite Enteropática, a conhecida Doença de Chron e ainda a Retocolite Ulcerativa, enfermidades que acometem o sistema digestivo.

Como se já não bastasse, o café libera quase que de imediato o cortisol na corrente sanguínea, o denominado hormônio do estresse. Além de atrapalhar os ciclos do sono, as vontades súbitas por açúcar aumentam e podem prejudicar a sua dieta.

Portanto, a partir de agora, deixe o cafezinho ser acompanhado por algum lanche e garanta os benefícios reais da bebida.

(Com informações do site Diário de Biologia)

Café e estômago vazio: uma combinação que pode ser perigosa

Chia, quinoa, goji berry: eles são mesmo ‘super alimentos’?

QuinoacopyrightTHINKSTOCK
A quinoa perde algumas propriedades ao ser lavada antes doc consumo

Da perda de peso até a prevenção do câncer, a lista de efeitos associados aos chamados “super alimentos” em blogs e artigos na internet é impressionante.

Mas será que esses resultados são baseados na realidade? É justamente isso que um artigo na revista New Scientist, especializada em ciências, tenta responder na edição desta semana.

O termo “super alimento” é usado para descrever produtos muito ricos em nutrientes e considerados especialmente benéficos para a saúde. Não se trata, no entanto, de uma definição científica, mas de uma nomenclatura mais bem empregada para fins comerciais.

Em 2007, a União Europeia proibiu o uso do termo em embalagens de alimentos, a não ser que houvesse uma referência a uma propriedade específica fundamentada em estudos de qualidade.

Independentemente disso, a paixão pelos super alimentos segue ganhando adeptos.

Segundo a New Scientist, em uma pesquisa recente feita no Reino Unido com mil pessoas, 61% admitiram ter comprado produtos por considerá-los como “super alimentos”. A publicação britânica decidiu, portanto, investigar que tipo de prova científica existe sobre os benefícios de alguns dos mais populares.

Uma dica? “Os super alimentos são um truque mercadológico”, disse à revista a nutricionista Duane Mellor, da Universidade de Canberra, na Austrália.

A BBC Brasil preparou uma seleção de alguns dos super alimentos investigados pela New Scientist.

Goji BerrycopyrightTHINKSTOCK
Há poucos estudos sobre os benefícios reais das goji berries

1. GOJI BERRY

Os frutos vêm de uma planta originária da China, onde são utilizadas na medicina tradicional, que considera que eles fortalecem o sistema imunológico, estimulam a libido e protegem contra doenças cardiovasculares e câncer.

A New Scientist ressalta, no entanto, que não podemos esquecer que a medicina chinesa também valoriza o pó dos chifres de rinocerontes.

A verdade é que há poucos estudos sobre as propriedades das goji berries. A maioria das pesquisas existentes se baseiam apenas em um dos componentes dos frutos, os chamados Polissacarídeos do Lycium barbarum (PLB).

“Mas há razões para ser cético”, diz a revista britânica. “Poucos estudos definem exatamente o que são os PLB e não há pesquisas mostrando os efeitos em seres humanos”.

Outra afirmação em torno da goji berry é a de que elas contêm altos níveis de zeaxantina, um pigmento relacionado à prevenção de doenças degenerativas da visão associadas à velhice.

“Outros alimentos têm o mesmo efeito e são mais baratos. Se quer consumir zeaxantina, pode encontrá-la no espinafre, repolho ou pimentões amarelos”, disse Catherine Collins, nutricionista do Hospital St. George, em Londres.

Sobre a vitamina C, as goji berries contêm níveis mais elevados que os mirtilos, mas é possível obter a mesma quantidade em limões ou morangos.

Veredito: simplesmente um fruto.

 

QuinoacopyrightAFP
Ainda não se sabe muito sobre as propriedades da quinoa

2. QUINOA

Alguns estudos já mostraram que substituir cereais por quinoa pode ajudar a reduzir o colesterol e ajudar na perda de peso.

Mas, segundo a New Scientist, o número de participantes nesses estudos é tão reduzido que não é possível extrair conclusões sólidas.

Uma das pesquisas, por exemplo, foi conduzida pelo departamento de nutrição da Universidade de São Paulo com apenas 35 mulheres.

Os benefícios da quinoa citados acima são atribuídos a substâncias chamadas saponinas, que atuariam na alteração da permeabilidade do intestino.

Mas ao lavar a quinoa antes do consumo, como se costuma fazer, as saponinas são eliminadas, junto com seus benefícios.

O nutricionista Thomas Simnadis, da Universidade e Wollongong, na Austrália, disse à New Scientist que não sabemos muito sobre as propriedades da quinoa.

Veredito: coma se você gosta, mas não pelos benefícios para a saúde.

 

MirtilocopyrightTHINKSTOCK
As provas são ‘promissoras’ sobre os benefícios do consumo de mirtilos.

3. MIRTILOS

Os mirtilos são frequentemente apreciados pela capacidade de reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

Um estudo do departamento de nutrição da Universidade de East Anglia de 2012, feito com 93 mil mulheres, mostrou que as participantes que consumiram três ou mais porções de mirtilos e frutas por semana corriam 32% menos riscos de sofrer um ataque cardíaco do que aquelas que ingeriram essas frutas apenas uma vez ao mês.

Segundo a New Scientist, as “provas são promissoras”.

Esses benefícios podem ser atribuídos a compostos chamados de antocianinas, da família dos flavonóides.

De acordo com Gordon McDougall, do Instituto James Hutton, em Dundee, no Reino Unido, apenas uma proporção pequena destes compostos entra na corrente sanguínea.

Não se sabe se são outras substâncias, produtos da decomposição de antocianinas que carregam os benefícios ou se antocianinas atuam melhor no escossistema de micróbios no nosso intestino.

Veredito: super, mas não melhor que outras frutas.

 

ChocolatecopyrightTHINKSTOCK
O chocolate amargo têm propriedades benéficas, mas quase sempre é misturado a muito açúcar e gordura

4. CHOCOLATE AMARGO

O benefício potencial mais citado do chocolate se relaciona aos chamados flavonóis, compostos encontrados no cacau.

Estudos em colônias celulares e em roedores já mostraram que os flavonóis do cacau aumentam a produção de ácido nítrico, um precursor do óxido nítrico, que regula a pressão sanguínea.

Mas a New Scientist ressalta que os estudos em humanos encontraram resultados contraditórios.

Uma revisão de vários estudos realizada em 2012 por cientistas australianos concluiu que o chocolate rico em flavonóis, o mais escuro e amargo, pode reduzir ligeiramente a pressão, pelo menos no curto prazo.

Mas é necessário realizar mais estudos para determinar se esse impacto é duradouro.

E os efeitos promissores devem ser equilibrados com o fato de que a maiorira dos fabricantes mistura o cacau a grandes quantidades de açúcares e gorduras.

Veredito: tudo bem consumir ocasionalmente, mas não se justifica ingeri-lo em grandes quantidades pelos potenciais benefícios.

Sementes de chia
A semente de chia é uma fonte de ômega 3.

5. SEMENTES DE CHIA

Os maias usavam as sementes de chia para fazer desde farinha até chá. É um dos super alimentos que mais está na moda e é possível afirmar que é uma grande fonte de ômega 3, os ácidos graxos que, acredita-se, reduzem o risco de doenças cardiovasculares e depressão.

Cada cem gramas de sementes de chia contêm aproximadamente 17 gramas de ômega 3. Uma porção de salmão do Atlântico, por exemplo, carrega cerca de 2,2 gramas da substância.

Mas diferentemente do salmão, ao ácidos graxos das sementes de chia estão em forma de ácido alfalinolênico (ALA) que o organismo conv erte em outros ácidos: o ácido icosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA) para obter benefícios cardiovasculares.

E esta conversão tem uma eficiência de apenas 10%, portanto a quantidade de EPA e DHA para cada 100 gramas de chia é de 1,7 grama – menor que o caso do salmão.

Para obter ácidos graxos ômega 3, recomenda-se moer as sementes.

Veredito: boas, mas alguns pescados são mais ricos em ácidos graxos ômega 3.

Café e estômago vazio: uma combinação que pode ser perigosa

A maratona para pôr fim à má nutrição no mundo

Como corredor entusiasmado que sou, estou muito animado de estar no Rio de Janeiro esta semana para o início dos Jogos Olímpicos de 2016. Mas não estou aqui para aproveitar o clima que lembra o do Carnaval ou para torcer para o meu país, a Etiópia.

fome

 

Na verdade, estou participando de outro grande evento que acontece no Rio. Na véspera da Cerimônia de Abertura, líderes globais se reuniram na Casa Brasil para o evento Nutrição para o Crescimento (Nutrition for Growth – N4G) – um momento chave e uma oportunidade importante para ajudar a resolver um problema do tamanho de uma Olimpíada: a má-nutrição infantil.

Estou particularmente empolgado em participar de um evento organizado pelo governo do Brasil, pois este é um país que melhorou significativamente seus indicadores de segurança alimentar e nutrição nas últimas décadas. A experiência brasileira mostra que compromissos políticos de longo prazo podem se transformar em resultados reais.

Os índices de atraso no crescimento infantil foram reduzidos de 19% para 7% entre 1989 e 2007, enquanto a taxa de aleitamento materno exclusivo entre bebês abaixo dos seis meses de vida pulou de 2% em 1986 para 39% em 2006.

Com todos os países alinhados em torno de metas globais ambiciosas – incluindo o objetivo de acabar com todas as formas de má-nutrição até 2030 – o que podemos aprender com o Brasil para alcançar resultados globais?

O recém-lançado Relatório Mundial sobre Nutrição 2016 detalha bem o compromisso político do Brasil em nutrição, mas há algumas razões específicas para o sucesso do país nesta área. Elas incluem o aumento de renda das famílias mais pobres, pressões de movimentos sociais da sociedade civil para acabar com a fome, mecanismos para coordenar planos e atividades de diferentes departamentos de governo, o uso de dados e de evidência científica para direcionar esforços e a criação de uma legislação que protege a população contra o marketing dos substitutos do leite materno.

Muitos países do mundo agora têm planos para melhorar seus indicadores de nutrição – e alguns deles inclusive se espelham na experiência brasileira. Mas ainda estamos muito longe de atingirmos nossas metas coletivas.

Mais de metade das seis milhões de mortes anuais entre crianças com menos de cinco anos de idade são causadas por uma alimentação deficiente; uma em cada quatro crianças com menos de cinco anos no mundo apresenta atraso de crescimento – o que tem implicações para seu desenvolvimento psicológico e cognitivo – e uma em cada nove pessoas no mundo ainda passa fome.

Sabemos que investir em nutrição dá resultado. Cada dólar investido em programas que já se provaram efetivos gera 16 dólares de retorno financeiro. Mesmo assim, ainda se gasta pouco nesta área.

No evento Nutrição para o Crescimento (Nutrition for Growth), que acontece hoje no Rio de Janeiro, o Brasil será o anfitrião e receberá representantes de governos, organizações internacionais e da sociedade civil.

Esse encontro serve como o ponto de partida para uma segunda fase da iniciativa Nutrição para o Crescimento, na qual serão firmados novos e sólidos compromissos políticos e financeiros em nutrição e que culminará com uma cúpula global a ser realizada em 2017.

Um maior investimento em nutrição é urgentemente necessário se quisermos ampliar as ações para alcançar os objetivos estabelecidos no combate à fome e efetivamente conseguir avanços capazes de salvar vidas e melhorar economias.

A organização que eu represento, a Visão Mundial, fez um compromisso financeiro na primeira edição do Nutrição para o Crescimento, em Londres em 2013, evento que foi organizado pelos governos do Reino Unido e Brasil.

Na ocasião, nos comprometemos a gastar quase 1,2 bilhões de dólares em intervenções específicas na área de nutrição, como suplementações de micronutrientes, programas de amamentação e políticas de combate à subnutrição severa. Essas ações também englobam componentes de nutrição em nossos programas de agricultura e de desenvolvimento econômico.

Nossas experiências ao redor do mundo alimentam a nossa convicção de que nós podemos e temos o dever de trabalhar por um mundo livre da fome e da má nutrição.

Estamos investindo em programas como o “Clube de Nutrição” no Vietnã, que conecta famílias a oportunidades relacionadas a nutrição, saúde, agricultura e meios de subsistência. Até agora o programa já foi estendido para 1.250 vilas em áreas rurais e montanhosas de 12 províncias.

Estamos ajudando a melhorar indicadores nutricionais em alguns dos lugares de mais difícil acesso do mundo. Em 2015, a Visão Mundial trabalhou com ministérios da Saúde de 12 países, incluindo Afeganistão e Paquistão, para tratar mais de 150 mil crianças com menos de cinco anos que corriam risco de morte por subnutrição severa. Durante o mesmo período, levamos programas de alimentação suplementar a cerca de 60 mil grávidas e mulheres em período de aleitamento em sete países.

Além disso, estamos preparando a próxima geração do movimento social no Brasil com o objetivo de empoderar crianças e jovens. No Brasil, isso significa apoiar uma iniciativa chamada MJPOP (Monitoramento Jovem de Políticas Públicas) que prepara jovens para liderar processos políticos em suas comunidades. Eles são treinados para identificar problemas e trabalhar junto com moradores locais.

O objetivo é avaliar a disponibilidade e qualidade dos serviços e preparar um plano de ação em conjunto com o governo e outros atores sociais. O trabalho do MJPOP, que reúne mais de mil adolescentes e jovens de 30 cidades no país, já gerou impactos nas áreas de saúde e nutrição, educação, proteção infantil e saneamento básico.

A multidão presente no Rio esta semana nos mostra que milhares de pessoas são necessárias para realizar um evento como as Olimpíadas. Os Jogos Olímpicos seriam um fracasso se, por exemplo, os atletas, ou responsáveis pela construção dos estádios, ou ainda membros do governo municipal se recusassem a colaborar. A mesma coisa vale para o esforço de pôr um fim à fome e à má nutrição.

Eu espero e rezo para que, sob a liderança do Brasil, os governos e outros atores envolvidos aproveitem a oportunidade de ouro do evento Nutrição para o Crescimento e a cúpula global que acontecerá em 2017 para dar passos largos nesta maratona tão necessária para acabar com a má nutrição e construir um mundo livre da fome.

* Dr. Mesfin Teklu é o Vice Presidente de Saúde e Nutrição da Visão Mundial Internacional. Ele tem mais de 20 anos de experiência nas áreas de saúde pública, nutrição e assistência humanitária.

Mulheres que fumam têm maior risco de derrame hemorrágico

Derrames caracterizados por sangramento na parte interna do cérebro são mais comuns entre tabagistas, especialmente mulheres, de acordo com uma pesquisa recente. Esses derrames sérios são oito vezes mais comuns entre mulheres que fumam mais de um maço por dia, comparadas com não tabagistas. Até mesmo fumar menos triplica o risco da mulher para este tipo de derrame. O derrame hemorrágico compreende 3% de todos os derrames. Esses derrames normalmente afetam pessoas jovens e podem ser devastadores em termos de inabilidade e morte, com taxas de fatalidade em torno de um para cinco. Esse tipo de derrame normalmente resulta de um aneurisma hemorrágico no cérebro. Um aneurisma é um pequeno ponto fraco no vaso sanguíneo que pode romper a qualquer momento. Os pesquisadores mostraram que entre os tabagistas leves (1 – 10 cigarros/dia) mulheres eram três vezes mais propensas a ter derrame hemorrágico e, homens das vezes mais quando comparados com não tabagistas. Entre aqueles que fumavam de 11 – 20 cigarros/dia, mulheres eram quatro vezes mais propensas e homens duas vezes mais propensos a sofrer esse tipo de derrame.

Mas, aqueles que paravam de fumar reduziram significativamente suas chances de ter o derrame hemorrágico. Após seis meses sem fumar, seu risco caiu ao nível de não tabagista. O tabagismo e a hipertensão são dois fatores de risco modificáveis importantes par ao derrame hemorrágico.

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