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O encantador e fascinante poder da escolha

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Escolha: Entre os “poderes” que possuímos, está a fantástica capacidade de escolha. Ela é tão nossa, exclusiva e autônoma, quanto o pensamento. E praticada com recurso ao bons valores, senso de responsabilidade e integridade, transformar-se na essência que pode elevar o homem e as sociedades, ao mais digno, assertivo e apropriado patamar da inteligência.

6 dicas para conseguir automotivar-se

6 dicas para conseguir automotivar-se

Um apanhado sobre as principais teorias motivacionais e 6 dicas para conseguir automotivar-se.

1. O que é Motivação?

mo·ti·var
(motivo + -ar)
verbo transitivo
1. Expor os motivos de.
2. Fundamentar.
3. Dar motivo a. = ORIGINAR
(Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

A noção da palavra motivação vem do latim. Conforme Maximiniano, (2004 p. 14) “A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa mover. O seu sentido original fundamenta-se no processo no qual o comportamento é incentivado, estimulado ou energizado por algum motivo ou razão”.

Motivação é um termo intimamente relacionado com a noção de esforço. O desempenho das pessoas depende não apenas das suas habilidades individuais, mas também da motivação. Em outras palavras é o impulso interno que leva à ação. Assim a principal questão da motivação é “por que o indivíduo se comporta da maneira como ele o faz?”.

O estudo da motivação comporta a busca de princípios (gerais) que auxiliem a compreender por que seres humanos em determinadas situações específicas escolhem, iniciam e mantém determinadas ações.

“Para compreender o comportamento humano é fundamental o conhecimento da motivação humana. Motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma isto é, tudo aquilo que dá origem a alguma propensão a um comportamento específico” (CHIAVENATO 1982, p. 414).

MOTIVAÇÃO é a disposição para fazer alguma coisa, e é condicionada pela capacidade dessa ação satisfazer uma necessidade específica do indivíduo.

NECESSIDADE significa um tipo de interpretação que cada pessoa faz das coisas à sua volta, que faz um determinado resultado parecer atraente.

Uma necessidade não satisfeita gera tensão o que estimula a vontade do indivíduo. Essa vontade desencadeia uma busca de metas específicas que, uma vez alcançadas, terão como consequências a satisfação da necessidade do indivíduo, e a redução da tensão. Este movimento é chamado de “Ciclo Motivacional”.

Uma pessoa motivada está em estado de tensão. Para aliviá-la, ela se engaja em atividades para realizar o seu objetivo. Quanto maior a tensão, mais atividades serão necessárias para proporcionar o alívio. Segundo Robbins (2002, p.105) “motivação é o processo responsável pelo grau de esforço desprendido, pela direção que serão destinados estes esforços e pelo tempo com que o indivíduo consegue mantê-los.”

Quando o a pessoa não consegue alcançar seu objetivo, o ciclo motivacional não se realiza, e sobrevém a frustração do indivíduo, que poderá assumir várias atitudes:

• Comportamento ilógico ou sem normalidade;
• Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida;
• Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios/digestivos;
• Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;
• Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às modificações, insegurança, não colaboração, etc.

Segundo Spector (2002, p.198) “a motivação é um estado interior que induz uma pessoa a assumir determinados tipos de comportamentos”. Ela vem de motivos que estão ligados simplesmente ao que você quer da vida. Seus motivos são pessoais, intransferíveis, e estão dentro da sua cabeça (e do coração também). Logo, seus motivos são abstratos e só têm significado pra você, por isso motivação é algo tão pessoal: vem de dentro. O grande problema é definir os motivos verdadeiros, para assim dar um significado real à sua luta diária.

“Fica estabelecida a possibilidade de sonhar coisas impossíveis e de caminhar livremente em direção aos sonhos.”
(Luciano Luppi)
1.1. Pirâmide de Maslow

A teoria mais conhecida sobre motivação é a Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Abraham Maslow. Segundo o Maslow, à medida que cada necessidade é atendida, a próxima (de baixo para cima) torna-se a necessidade dominante, até que o indivíduo chegue ao topo da pirâmide. As necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada pessoa tem de “escalar” uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto realização. As necessidades apontadas pelo autor são as seguintes:

1. Necessidades fisiológicas: fome, sede, sexo, abrigo e outras necessidades corporais.
2. Segurança: segurança e proteção contra danos físicos e emocionais.
3. Sociais: afeição, sensação de pertencer a um grupo, aceitação, amizade.
4. Estima: fatores internos (como respeito próprio, autonomia e realização) e fatores externos (como status, reconhecimento e atenção).
5. Auto realização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que se é capaz de ser. Inclui crescimento, conquista do próprio potencial e autodesenvolvimento.

A auto realização é o último patamar da pirâmide. Maslow considera que a pessoa tem que ser coerente com aquilo que é na realidade, tendo autoconhecimento suficiente para ser tudo o que se é capaz de ser, desenvolvendo os potenciais.

Mesmo assim, é possível uma pessoa estar auto realizada, contudo não conseguir uma total satisfação das suas necessidade fisiológicas/ de segurança.
1.2. A Teoria das três necessidades, de David McClelland (1961)

De acordo com McClelland, apud Montana e Chanov (1999, p.213):
“As pessoas que demonstram forte necessidade de realização são particularmente responsivas aos ambientes de trabalho nos quais podem atingir o sucesso através de seus próprios esforços.”

Um mesmo objetivo pode ser buscado por diferentes pessoas por diferentes razões: uma deseja mostrar seu desempenho, outra anseia ter influência sobre outras pessoas (poder), etc. Segundo McClelland, as pessoas podem aprender a ter necessidades de acordo com o ambiente em que vivem:

1. Necessidades de Realização: é o desejo de alcançar algo difícil, que exige um padrão de sucesso, assim como o domínio de tarefas complexas e superação de obstáculos. Essas pessoas querem um retorno concreto sobre seu desempenho, e não são motivados só pela possibilidade de ganhar dinheiro. Os indivíduos com este tipo de necessidade pretendem, mais que obter sucesso individual, ter um retorno positivo do grupo.

2. Necessidades de Afiliação: é o desejo de estabelecer relacionamento pessoais próximos, de evitar conflitos e estabelecer fortes amizades; é uma necessidade social, de companheirismo e apoio, para desenvolvimento de relacionamentos significativos com pessoas. Pessoas que têm essa necessidade pensam que as pessoas/amigos são mais importantes que a própria produção de resultado ou produtividade.

3. Necessidades de Poder: é o desejo de influenciar ou controlar outros, de ser responsável por outros e ter autoridade sobre eles. É a necessidade de dominar, influenciar ou controlar pessoas. Uma elevada tendência para o poder está associada a atividades competitivas, bem como ao interesse de obter e manter posições de prestígio e reputação.

Segundo McClelland todas as pessoas possuem um pouco destas necessidades, em graus diferentes, contudo uma só será característica de cada pessoa. O quadro seguinte apresenta um conjunto de características que permitem avaliar qual a necessidade mais dominante em cada indivíduo.

2. Como se auto motivar?

Em primeiro lugar, as seguintes perguntas precisam ser feitas a si mesmo:

1. O que eu quero da vida nesse determinado momento?
2. O que me falta?
3. Qual a minha necessidade?

Algumas possíveis respostas:

1. EU QUERO JOGAR/COMPETIR/PROGREDIR NA MINHA CARREIRA E GANHAR. (NECESSIDADE DE SUCESSO)

2. EU QUERO PARTICIPAR DE UM GRUPO/QUERO ME SENTIR PARTE DE ALGUMA COISA MAIOR. (NECESSIDADE DE AFILIAÇÃO)

3. EU QUERO ME SENTIR MAIS FORTE/COM MAIS PODER SOBRE OS OUTROS/LIDERAR. (NECESSIDADE DE PODER)

Uma vez percebido o que o indivíduo deseja, ficará mais fácil de enxergar seu motivo. Para as necessidades relacionadas ao sucesso, pode-se buscar trabalhar/treinar num nível mais intenso. A entrega do indivíduo deve ser maior que a própria noção do que vai ganhar com o resultado.

Para as necessidades de afiliação, deve-se buscar colaborar mais com as pessoas ao redor, e o espírito de equipe precisa ser relembrado com mais frequência, mas sem gerar expectativas quanto ao retorno. O retorno da colaboração será natural, desde que o indivíduo não “force a barra”.

Para as necessidades de poder, será necessário auto empoderamento (de modo prudente e responsável), sempre buscando a confirmação das instâncias superiores, de um líder ou de um mentor – sem, no entanto, destacar-se como especial.

3. Seis dicas para a automotivação:

1. Motivar-se é reconhecer seus motivos: cada pessoa tem um ou alguns motivos particulares que o estimulam a realizar determinada ação. Pense quais são aqueles que conseguem inflamar o seu coração e a sua mente.

2. Ajude e será ajudado: ajude as pessoas a realizarem os seus próprios sonhos e elas o ajudarão a realizar os seus. Faça a roda girar: um companheiro forte é você forte. Estimule seu companheiro e ao mesmo tempo canalize esta força como retroação para o seu objetivo maior.

3. Crie em sonho em comum: em algum ponto as motivações pessoais de diversas pessoas podem ser bastante similares. Perceba isso e consiga instigar esta visão cooperativista.

4. Atue com entusiasmo: não só suas palavras, mas principalmente suas ações criarão sua própria adesão e comprometimento na busca do seu objetivo maior, todos os dias.

5. Tenha uma meta e também um plano: é muito difícil sentir-se motivado se você nem mesmo sabe onde quer chegar. É necessário ter muito bem definido o resultado a ser alcançado, o plano a ser seguido.

6. Confie no seu potencial: pessoas que se esforçam podem melhorar, sempre.

Entenda os seus motivos, crie uma causa, batalhe e afine-se para o sucesso!

“O único lugar onde sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.”
(Albert Einstein)

por Luiz Lopes

 

BIBLIOGRAFIA

“motivação”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013), http://www.priberam.pt/dlpo/motiva%C3%A7%C3%A3o [consultado em 30-08-2016].

CHIAVENATO, I. Administração de Empresas. Uma abordagem contingencial. São Paulo: McGraw-Hill, 1982.

CHIAVENATO, I. Administração – Teoria, Processo e Prática. 2.ed.São Paulo: Makron, 1995.

Idalberto . Introdução à teoria geral da administração. Rio de Janeiro: TEORIAS MOTIVACIONAIS Campus, 2000.

CHIAVENATO, I. Administração de recursos humanos. O capital humano das organizações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

CHIAVENATO, I. Gerenciando com pessoas. 2. ed. São Paulo: Makron, 2005

BERGAMINI, Cecília Whitaker. Desenvolvimento de recursos humanos: uma estratégia de desenvolvimento organizacional. São Paulo: Atlas, 1997.

BUONO & , BOWDITCH, J. L A. F. Elementos do comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira, 1992.

CASADO, T. O Indivíduo e o Grupo: A Chave do Desenvolvimento. In: FLEURY, M.T. L. [at al]. As Pessoas na Organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.

DAFT, Richard I. Administração. 4. ed. Rio de Janeiro: 1999. FARIA A. N. Liderança e chefia. Rio de janeiro: LCT-livros Técnicos e Científicos: 1982.

LACOMBE, Francisco e HEILBORN, Gilberto. Administração, Princípios e. Tendências. 1ª edição. São Paulo: Saraiva 2003.

LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. As pessoas na organização. 6. ed.. São Paulo: Gente, 2002.

MALIK, Ana M. Gestão de Recursos Humanos. Volume 9. São Paulo. Editora Fundação Peirópolis Ltda.1988.

6 dicas para conseguir automotivar-se

A vida pode ser mais simples

Brincar mais, cultivar o bom humor, descansar, praticar o ócio criativo é colocar-se na contramão de uma cultura fortemente ancorada na ideia de que só temos valor quando estamos produzindo ou realizando algo, paradigma que encontra eco e se escora em nossa ânsia consumista, a exigir-nos sempre mais e mais

A vida moderna tem nos afastado da nossa própria essência, impondo-nos um ritmo que está produzindo resultados bastante evidentes: desequilíbrio emocional, vazio existencial, falta de sentido, frustração e um enorme número de depressivos.

E quanto mais avançam os estudos da psicologia, da neurociência e das diversas áreas do conhecimento ligadas ao desenvolvimento do potencial humano, mais se nos descortinam saberes que convergem para a mesma conclusão: a Vida Plena está fortemente vinculada ao que é simples e natural.

De volta à simplicidade

A boa alimentação, por exemplo, é aquela que mais se afasta dos alimentos industrializados e superprocessados.

Por outro lado, um dos estados mentais que mais favorece nosso equilíbrio é estar onde estamos e cultivar a atenção plena, mantendo-nos no aqui e no agora. Comer enquanto comemos, estudar enquanto estudamos, trabalhar enquanto trabalhamos, ouvir quando escutamos, estar presente naquilo que estivermos fazendo.

A lista de “segredos” continua pelo caminho da simplicidade: a psicologia positiva nos revela que os elementos potencializadores da felicidade são as emoções positivas, o sentimento de pertencimento, as relações positivas, a dedicação a uma causa maior do que nós mesmos, o sentimento de realização pessoal.

Ou seja, um abraço, uma boa conversa, o olhar de um amigo, o sorriso de um filho, o contato com a natureza, a vida em comunidade, o trabalho em prol de uma causa, ajudar alguém, compartilhar, fazer algo significativo, ter um animal de estimação, meditar, cultivar a gratidão, valorizar os dons da vida são coisas que nos fazem mais felizes.

Mais recentemente, a neurociência tem provado que brincar também é muito importante.

Brincadeira é coisa séria!

Stuart Brown, um pioneiro na pesquisa sobre o ato de brincar, diz que “humor, jogos, algazarra, flerte e fantasia são mais do que simples diversão. Brincar bastante na infância gera adultos espertos e felizes — e continuar fazendo isso nos faz mais inteligentes em qualquer idade”, como consta na apresentação de sua palestra TED.

Quando brincamos, ativamos o lado direito do cérebro, ativando as áreas cerebrais ligadas à criatividade, emoção, imaginação, intuição e subjetividade.

E se o cérebro racional, ou lado esquerdo do cérebro tem seus limites, o lado direito é praticamente ilimitado. É onde podemos ser tudo o que quisermos ser.

Se no modelo de produção industrial as brincadeiras e o riso eram (e para alguns ainda são) consideradas infrações inconvenientes, hoje sabemos que a alegria nos torna mais produtivos e realizados.

Brincar nos ajuda a lidar com as dificuldades, aumenta nossa expansividade e favorece as conexões entre as pessoas.

O bom e velho ócio criativo

Da mesma forma, precisamos reaprender a nos permitir um tempo para “não fazer nada”, pois outra constatação da neurociência é que nosso cérebro precisa recarregar-se, como se fosse a bateria de um celular, e esta “recarga” se dá mais completa e facilmente se ele não estiver processando nada de importante naquele momento.

É o que acontece durante o sono, por exemplo, de forma mais evidente. Ou, pelo menos, deveria acontecer – já que a hiperconectividade e nossos péssimos hábitos vem nos privando de um sono realmente reparador em muitos casos.

Mas é o que acontece também quando descansamos.

E aqui vai um recado muito importante aos que se ressentem da falta de criatividade, baixa inspiração, carência de insights e de boas ideias: a área cerebral responsável pelo “processamento” das experiências vividas ou observadas, pela correlação criativa das inúmeras informações recebidas, e pela interação entre as suas esferas emocional e racional, trabalha melhor na ausência de novos inputs.

Em outras palavras o cérebro precisa do ócio para desempenhar com maior eficácia seu potencial criativo, de forma a propiciar mais momentos do tipo “eureka”!

Brincar e descansar, portanto, são partes essenciais de nosso processo criativo.

Contracultura e equilíbrio – menos pode ser mais?

Brincar mais, cultivar o bom humor, descansar, praticar o ócio criativo é colocar-se na contramão de uma cultura fortemente ancorada na ideia de que só temos valor quando estamos produzindo ou realizando algo, paradigma que encontra eco e se escora em nossa ânsia consumista, a exigir-nos sempre mais e mais.

Precisamos encontrar o caminho do equilíbrio.

A pesquisadora americana Brenè Brown nos propões um exercício interessante. Ela sugere que façamos duas listas. Primeiro a lista de ingredientes para alegria e sentido – que deve responder à seguinte pergunta: “Como é quando as coisas vão realmente bem na nossa família?”. A segunda relação é a lista dos nossos sonhos, que deve responder mais especificamente à pergunta: Quais são as coisas que ainda tenho (ou quero) fazer e conquistar?

Ao se propor este exercício, ela descobriu que na primeira lista estavam coisas como ter tempo para estar junto com os familiares e amigos, tempo para conversar, passear, ir à igreja, participar da vida dos filhos, divertir-se em família, fazer trabalhos significativos, etc.

Mas, o mais importante para ela foi constatar que aquilo tudo que estava na sua segunda lista, e que representava sempre uma realização ou aquisição que lhe obrigaria a trabalhar ainda mais para ganhar mais e poder conquistá-las, no fundo não era o que determinaria sua felicidade.

Pois o que ela descobriu, é que ainda que eliminasse esta segunda lista, os elementos da primeira lista já seriam suficientes para desfrutar de uma vida relativamente plena hoje – e não somente no futuro.

Esta descoberta fez um grande sentido para ela, que reuniu a família para que juntos encontrassem meios de diminuir o ritmo frenético de trabalho, reavaliando os desejos da segunda lista para que pudessem desfrutar mais amplamente os elementos da primeira lista.

 

E você, como tem se conduzido pelos caminhos deste fascinante desafio que é viver?

por César augusto

Publicado originalmente em www.cesartucci.com.br/blog

6 dicas para conseguir automotivar-se

Robôs serão melhores de cama que qualquer ser humano

Máquina de sexo. A expressão está cada vez mais perto da realidade. De acordo com Joel Snell, especialista em robótica do Kirkwood College, em Iowa (EUA), nas próximas décadas os robôs serão tão desenvolvidos que vão se tornar melhores de cama do que qualquer “rival” de carne e osso.

“Porque podem ser programáveis, os robôs vão atender aos desejos de cada indivíduo”, disse ele, segundo reportagem do “Metro”. “O sexo robótico será viciante. Os robôs sempre estarão disponíveis e nunca vão dizer ‘não’. Assim, o vício será facilmente mantido”, acrescentou ele.

Boneca sexual hiperrealista à venda na internet

Boneca sexual hiperrealista à venda na internet

Especialistas em tecnologia e comportamento humano afirmam que, por volta de 2050, o sexo entre humanos e robôs será considerado comum. Alguns acreditam que se apaixonar por uma máquina não será mais tido como “aberração”. Exatamente como no clássico filme “Blade Runner”, em que o personagem vivido por Harrison Ford se apaixona por uma androide, chamada de replicante.

O mercado de bonecas hiperrealistas para fins sexuais está em franco crescimento, especialmente no Oriente.

 

 

 

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por Fernando Moreira

Detalhe da textura da pele de boneca

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Perdoar faz (muito) bem a saúde

perdoar

Parte do leque de construtos da Psicologia Positiva, o perdão vem sendo amplamente estudado, sobretudo pela dimensão dos efeitos benéficos relacionados à saúde e bem estar. Ele pode ser entendido como uma mudança nos pensamentos, ações e emoções da suposta vítima com relação ao sujeito que ocasionou o problema e também como uma característica da personalidade, dependente de uma variedade de circunstâncias interpessoais. Assim, as respostas das pessoas que perdoam tornam-se menos negativas e mais positivas ou até pró-sociais, reduzindo estresse e diminuindo a probabilidade de ocorrência de doenças mentais. A promoção deste construto é de suma importância, no que tange aos efeitos benéficos para a saúde mental e o social.

Fonte: http://veja.abril.com.br/saude/perdoar-faz-muito-bem-a-saude/

“Estudo publicado recentemente no periódico científico Psychology Journal of Health mostra que pessoas com mais facilidade para perdoar a si mesmas e aos outros estão mais protegidas dos males do stress.De acordo com informações da revista americana Time, pesquisadores da Luther College e da Universidade da California, ambas nos Estados Unidos, pediram que 148 jovens adultos preenchessem questionários que avaliaram níveis de stress durante a vida, a tendência para perdoar e a saúde física e mental. Os pesquisadores identificaram que, apesar do nível de stress pelo qual passaram, entre os indulgentes os problemas físicos e mentais decorrentes da vida estressante desapareciam. Exatamente. Desapareciam.  “O ato de perdoar funciona como uma espécie de amortecedor contra o estresse. Se você não tem tendência para perdoar, sente os efeitos brutos do stress de forma absoluta “, disse Loren Toussaint, professor de psicologia na Luther College e principal autor do estudo.Embora não possam afirmar categoricamente de que forma a indulgência protege a saúde contra os males do stress, os pesquisadores acreditam que pessoas mais tolerantes tenham mais habilidade para lidar com as adversidades da vida ou ainda podem ter uma reação mais suave em situações estressantes. Toussaint acredita que todas as pessoas podem aprender a perdoar. Segundo ele, a prática é comumente trabalhada em sessões de terapia. “O perdão elimina a conexão entre estresse e doença mental. Eu acho que a maioria das pessoas quer se sentir bem e o perdão lhes oferece essa oportunidade.”, conclui.

por Maisa Carvalho

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Tipos de humor que podem indicar problemas mentais

O comportamento humano é tão rico em sinais e indicações do que se passa entre nossas duas orelhas que até no senso de humor de um indivíduo é possível constatar desequilíbrios psicológicos. Confira seis situações e seus possíveis problemas:

1. Achar graça na dor alheia

dor-alheia

 

Este item na verdade não aborda um transtorno mental, mas sim uma reação estranha que a maioria das pessoas tem. Quantas vezes você já riu da desgraça alheia? Você se sentiu um monstro por ter feito isso? Calma, isso é normal.

Em 1961, o psicólogo Stanley Milgram da Universidade de Yale fez um estudo muito diferente: ele convenceu os participantes da pesquisa que eles estavam dando choques cada vez mais fortes em outras pessoas. Sempre que eles apertavam o “botão da dor”, muitos voluntários acabavam caindo na risada. “Eram risadas que pareciam fora de lugar, até bizarras”, diz ele.

Ao estudar essas risadas, ele percebeu que elas não eram por alegria, mas sim por nervosismo. Inconscientemente, os participantes riam para tentar convencer a si mesmos e àqueles ao seu redor de que a situação era melhor do que realmente era.

2. Falta de senso de humor

bom-senso

O humor é subjetivo. Para uma piada ser engraçada para você, ela deve entrar em ressonância com seus valores e crenças pessoais. Isso quer dizer que se você vive em uma situação de constante mentira sobre seus valores e crenças, nada mais vai parecer engraçado. Isso se aplica a pessoas desiludidas com a vida.

Um estudo conduzido por Robert Lynch, um antropólogo e comediante stand-up, avaliou as reações a piadas de um grupo de alunos universitários. Para saber se as reações eram sinceras, um sistema de código de ação facial foi utilizado.

Assim, Robert confirmou sua hipótese de que aqueles mais desiludidos com a vida davam menos risadas genuínas. Isso não quer dizer que essas pessoas não sorriam ou riam, mas sim que elas não eram sinceras.

3. Rir apenas dos outros e nunca de si mesmo

 

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Quem sofre de transtorno de personalidade narcisista pode apreciar apenas um tipo muito específico de humor: aquele que não se aplica à ele. Isso quer dizer que ele não ri de si mesmo, se leva muito à sério. A mínima observação que não seja positiva sobre esta pessoa resulta em uma reação exagerada.

Um fato curioso sobre esse transtorno é que estudos confirmam que aqueles haters que frequentam as seções de comentários dos sites geralmente são narcisistas, mas também podem ser psicopatas e sádicos.

4. Senso de humor negro

 

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Psicólogos notam que workaholics perdem gradualmente a habilidade de apreciar ou criar humor. O senso de humor dessas pessoas se restringe à humor negro ou depreciativo, que subconscientemente pode ter como função afastar assuntos não relacionados ao trabalho dos temas de conversa.

Casamentos de workaholics tendem a terminar em divórcio, e filhos de workaholics são mais propensos a ter depressão quando adultos.

Em estágios avançados de vício pelo trabalho, as pessoas podem perder completamente a habilidade de curtir qualquer tipo de humor. Eles viram grandes reclamões.

5. Dificuldade em captar sarcasmo

 

sarcasmo

Processar sarcasmo não é tão simples quanto parece. É preciso analisar o contexto, o tom de voz e a linguagem corporal do interlocutor. Crianças pequenas, por exemplo, têm mais dificuldade em captar o sarcasmo.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco descobriram que pessoas com demência frontotemporal têm dificuldade em detectar sarcasmo. Outras condições como autismo, lesões cerebrais, esquizofrenia e até derrames podem estar por trás de uma dificuldade em entender este tipo de linguagem.

6. Obsessão por trocadilhos

 

trocadilho

Por cinco anos um paciente – chamado de “Derek” pela comunidade médica – mostrou uma obsessão tão grande por trocadilhos que até chegava a acordar sua esposa durante a noite para dividir sua nova criação genial.

Incomoda com esta mudança estranha de comportamento, ela o convenceu a ir a um médico. Eles descobriram que dois derrames danificaram os lobos frontais de Derek.

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Nossa maluquez: conheça cinco transtornos modernos

Ficar sem celular, buscar corpo perfeito, invejar diversão alheia, trabalhar à exaustão e jogos virtuais estão entre as manias

POR NATASHA MAZZACARO

Neurótico moderno – André Mello / Agência O Globo

A Revista O GLOBO adverte: a leitura desta reportagem pode provocar coceira, bolinhas vermelhas e ziquizira. Se persistirem os sintomas, os conselhos de um médico, uma benzedeira ou um amigo podem vir a calhar. Porque sim, temos mais conforto, estamos mais conectados e podemos sair por aí nos divertindo ao caçar pokémons no meio da rua. Mas, por outro lado, estamos sofrendo, sem nem perceber, as consequências e as cobranças de uma vida ligada a 220 volts.

E nem pense que este texto é sobre depressão, ansiedade, estresse ou síndrome do pânico. Estamos falando de transtornos muito mais esquisitos, frutos do século XXI, como vigorexia, nomofobia, fomo, burn out e Google effect, por exemplo.

Agora, um aviso: se você é do tipo hipocondríaco, que acha que sofre de tudo o que lê, saiba que corre um sério risco de se tornar também cibercondríaco — aquele indivíduo mais que proativo, que não espera um diagnóstico. Ele procura a mazela no Google. E, convenhamos, se este enfermo em questão não for médico, nada bom pode sair disso. Para estes, realmente, desaconselhamos as páginas a seguir.

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Jogos, cibercondria e Google effect

A internet e os seus

Prozacs virtuais

O que fisga o seu cérebro – André Mello / Agência O Globo

Há seis anos, a Coreia do Sul tentou instaurar a chamada Lei da Cinderela, espécie de toque de recolher para adolescentes, proibindo da meia-noite às 6h os jogos virtuais. Estava formado o pandemônio: crianças abriram o berreiro, adolescentes fizeram “esquemas hacker” para dar suas tecladelas por meio de servidores ocidentais, companhias ameaçaram bloquear todas as contas, e os pais processaram o governo em nome da tão prezada liberdade de jogar. Mas por que um país que tem o videogame tão enraizado na cultural nacional — por lá, partidas são exibidas em canais abertos, em horário nobre, fazendo de alguns jogadores ídolos da pátria — queria tomar um atitude tão impopular? Bom, cerca de 90% dos sul-coreanos têm internet banda larga, o que, consequentemente, criou um problema de saúde pública. Não é um caso isolado. Na mesma época, na China, havia dez milhões de viciados em internet e 400 centros de reabilitação.
Depois de oito minutos jogando, o cérebro começa a fabricar doses consideráveis de dopamina – André Mello / Agência O Globo
O psicólogo Cristiano Nabuco, que coordena o Núcleo de Dependências Tecnológicas da USP, ajuda a entender. Ao nos conectarmos, nosso cérebro reage de forma semelhante ao de alguém que consome algum tipo de droga. Sabe-se que, depois de oito minutos, uma dose considerável de dopamina — neurotransmissor ligado à sensação de prazer — começa a ser liberada. Este é o aspecto bioquímico. Mas há ainda o psicológico.

— À medida que você se envolve, buscando essa sensação renovada de euforia, você se anestesia dos aspectos negativos do seu entorno. É um Prozac virtual. A pessoa consegue ser alguém que não pode ser na vida real, então se isola. É um mundo paralelo, movido a doses de dopamina na veia de oito em oito minutos. Tenho paciente que fica 60 horas sem sair do computador.

Por esses motivos, o jornalista de tecnologia Carlos Alberto Teixeira, do GLOBO, preferiu passar longe da onda do Pokémon Go. Há alguns anos, ele já havia sido fisgado pela Ingress, um outro jogo de realidade aumentada. Depois de sair do trabalho, resolveu jogar algumas horas antes de ir para casa. Não deu outra, cansado, chocou o carro contra outro veículo, numa batida bem real.

— Foi aí que eu percebi que estava viciado. Você comeca a ver coisas. Quando vi, estava andando de Niterói até a Cidade Nova, no Rio, para jogar. Teve briga, assalto e até morte por atropelamento por causa do Ingress — lembra.

Quer mais? Dos problemas desta geração internet, ainda há o sleep texting (sonâmbulo que responde mensagens e até faz compras pela internet), o cibercondríaco e o Google effect, que deixa o nosso cérebro mais “preguiçoso”. Confiamos que iremos achar qualquer coisa na internet, então não retemos mais as informações.

— A consolidação da memória acontece à noite, quando o organismo desacelera, liberando melatonina. Quando você fica no computador até tarde, as células dos olhos mandam informação de que ainda há luz. Por isso, seu corpo não consegue entrar no sono profundo, o REM, em que se consolida tudo o que você aprendeu.

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NOMOFOBIA

ALICES NO PAÍS DO

WHATSAPP

Você, provavelmente, já ouviu falar do médico russo Ivan Pavlov — cujos cachorros, acostumados a ouvir uma sineta ao ser alimentados, começavam a salivar toda vez que ouviam o barulhinho, estando o prato cheio ou não. Pois bem, cem anos depois dessa experiência, pode-se afirmar que os nossos celulares viraram grandes bifes suculentos, enquanto nós, seres humanos modernos, viramos cães insaciavelmente gulosos. Basta ouvir um “pim” vindo do aparelho para interromper o que estamos fazendo e checar nossos telefones, como totós esperando por um biscoitinho. Trata-se de um reflexo condicionado, explica o psicopedagogo Eugênio Cunha, mestre em Tecnologia da Informação e Comunicação.

A falta de celular provoca até síndrome do toque fantasma – André Mello / Agência O Globo

— É um sistema de recompensa. Ficamos o tempo todo checando o celular, na esperança de um novo compartilhamento, de uma mensagem, de um post. O cérebro recebe uma gratificação química e vivemos nessa expectativa. Vira vício.

E este vício já tem nome e desdobramento: nomofobia ou medo de ficar sem celular. Traduz-se por aquele indivíduo que entra em pânico ao perceber que o telefone vai ficar sem bateria, crédito ou sinal. Isso porque o homem moderno criou uma relação de dependência com o dito-cujo: seja para pagar contas, checar o trânsito, ver o horário do cinema, tirar uma foto ou até, quem diria, telefonar. Sem este dispositivo, nos sentimos, mais ou menos, quando a luz acabava e não sabíamos o que fazer. Pois bem, o nomofóbico sente tudo isso, mas em outro nível, expresso por um terror irracional.

— Ninguém quer voltar para o mundo analógico, mas nem todos estão preparados para a dependência digital. Existe até a Síndrome do Toque Fantasma. Não tem gente que perde a perna e relata sentir dor naquele membro? Da mesma forma, algumas pessoas sentem o celular vibrando e só então se dão conta de que não estão com o aparelho ligado ou por perto. Gera uma obsessão — diz o professor.

No Brasil, não há pesquisas para mensurar o tamanho do problema. Mas nos Estados Unidos, sim. Que rufem os tambores: segundo o Pew Research Center, 55% dos americanos usam o celular no carro; 35%, no cinema; 33%, num encontro romântico; 19%, na igreja; 12%, no chuveiro (!); e, pasmem, 9% sacam o celular enquanto fazem sexo.

O ator Álamo Facó está longe de ser nomofóbico — para provar, há que se registrar que ele só atendeu à ligação para esta entrevista na quarta tentativa. Há alguns anos, porém, uma certa dependência chegou a incomodá-lo.

— Estava no meio da terapia quando chequei o telefone pela terceira vez — conta rindo, sem neura. — Percebi que estava indo longe demais quando sonhei que vivia no mundo do WhatsApp. Hoje, desligo o wi-fi da casa inteira antes de ir para a cama.

 

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VIGOREXIA

BARBIES E KENS

HUMANOS

Se o Narciso da mitologia grega vivesse nos dias de hoje, provavelmente não teria definhado, apaixonado pela própria imagem refletida na lagoa de Eco. Em 2016, o rapaz teria se olhado no espelho e pensado: “Não gostei. Este abdome poderia estar mais durinho.” Não que o Narciso contemporâneo estivesse mais feio. O problema é que ele se veria de forma diferente. Diversas pesquisas feitas mundo afora apontam que, não importa o sexo, todos se veem de uma maneira que não corresponde à realidade.

Segundo a antropóloga Mirian Goldenberg, homens tendem a se enxergar menores (tórax, perna, pênis), enquanto as mulheres se veem maiores – André Mello / Agência O Globo

E há até um certo padrão nisso. A antropóloga e professora da UFRJ Mirian Goldenberg explica que os homens tendem a se enxergar menores (tórax, perna, pênis), enquanto as mulheres se veem maiores.

— De certa forma, isso é até positivo. Se você observar as pessoas que são muito seguras, autoconfiantes, elas também são desagradáveis no convívio. Uma certa dose de insegurança faz até bem. O problema é quando vira patológico e dificulta as relações, te impedindo de viver plenamente — diz ela.

Esta patologia em questão se chama vigorexia ou dismorfia corporal. Encaixam-se nesta definição tanto as pessoas que fazem dezenas de cirurgias plásticas (a ponto de o paciente ficar deformado), como as Barbies e Kens humanos que surgem vez por outra, quanto aquelas pessoas aficionadas por músculos que fazem uso de subterfúgios pouco ortodoxos para ficar fortonas.

O psicólogo Thiago Amaro Machado, do Hospital Albert Einstein, frisa que os padrões mudam de tempos em tempos e de país para país. Nos anos 1950, as mulheres tinham que ter quadris largos; nos 1990, peitos grandes. Enquanto na Argentina as moças são magérrimas (há muito mais casos de anorexia entre nossas hermanas), no Brasil, os jovens saem à procura de músculos definidos. Segundo o psicólogo João Oliveira, malhadores desenfreados também entram nesse quesito.

— Tenho uma paciente que, se ficar sem fazer atividade física, tem taquicardia. Quando viaja, acorda às 4h para se exercitar. Ela chegou a ser atropelada enquanto andava de bicicleta. Seu corpo criou uma dependência de endorfina — enumera o psicólogo.

Mirian argumenta que a paciente em questão não tem culpa no cartório. É um padrão importado de fora, somado a inúmeras facilidades. O Brasil é, por exemplo, o primeiro em cirurgias plásticas, venda de tintura loura para cabelo e remédio para emagrecer.

— Há 20 anos, perguntávamos: “Por que você vai fazer cirurgia?” Hoje, é: “Por que você não faz cirurgia?” O que ajuda muito é pensar que todo mundo sofre pelas mesmas coisas. Quando você descobre isso, é libertador. Você começa a rir do seu “fracasso” — diz a antropóloga.

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BURN OUT

MACONHA

EMBURRECE MENOS

Imagine que, após um longo dia de trabalho, seus neurônios resolvam cruzar os braços, entrar em greve e dizer: “Chega, não aguentamos mais.” É quase isso que acontece na síndrome de burn out, nome utilizado pelos especialistas para denominar o esgotamento (físico e/ou mental), provocado, na grande maioria das vezes, por excesso ou más condições de trabalho. Pois bem, no Brasil, ocorrem tantos piquetes cerebrais que estamos virando praticamente a França nessa seara neurossindical.

Burn out tem taxas recorde no Brasil – André Mello / Agência O Globo

A psicóloga Ana Maria Rossi, presidente do International Stress Management Association (Isma-BR), que faz pesquisas sobre o tema desde 2005, diz que o Brasil é um dos campeões em casos de burn out. Segundo a pesquisadora, 72% dos brasileiros economicamente ativos estão estressados (na Inglaterra, são 70%). Deste bolo, 32% apresentam algum nível de esgotamento, contra 24% dos Estados Unidos. E a situação fica ainda mais preocupante quando se sabe que o índice subiu 2% de 2014 para cá.

— Acho que este número é tão grande porque nunca houve uma situação de tanta incerteza, de condições tão ruins de trabalho, de demissões em massa, como agora. Observamos um aumento de casos de depressão e de crises de pânico provocadas por estresse — diz Ana Maria.

O quadro sintomático se caracteriza por exaustão, ceticismo (insensibilidade com outros) e ineficácia (produtividade baixa). Por isso, pessoas que sofrem da síndrome tendem a trabalhar cinco horas a mais por semana — elas precisam refazer a mesma tarefa várias vezes.

E convenhamos, estressados ou não, já está bem difícil de se concentrar. Uma pesquisa da Universidade de Harvard provou que se você está escrevendo, falando ao telefone e olhando WhatsApp, ou seja, fazendo três tarefas ao mesmo tempo (quem nunca?), seu quociente de inteligência (QI) baixa de cinco a sete pontos. Só para se ter uma ideia, fumar maconha faz o QI descer quatro pontos. Ou seja…

— Ficamos burrinhos — conclui com uma risada a psicanalista Sofia Bauer. — Tenho duas premissas. A primeira é a de que menos é mais. Nossa cultura é a do “no pain no gain” (sem dor, sem ganho), mas não é bem assim que funciona. É melhor trabalhar menos tempo, mas mais focado. E a segunda é a meditação. Outro estudo de Harvard descobriu que ela aumenta a atividade do córtex pré-frontal esquerdo, responsável pela concentração. Cinco minutos bastam — prega.

Então, se os seus neurônios estiverem organizando um motim, lembre-se das dicas: desligue alertas de Facebook e WhatsApp (você leva dez minutos para voltar a se concentrar) e faça pausas de dez minutos a cada duas horas.

Sinto informar, caro leitor, que você foi ludibriado. A grama do vizinho é, certas vezes, realmente mais bonita. Mas digamos que ele só mostre a parte da frente do jardim, com suas florzinhas e abelhinhas saltitantes? E a de trás é um vasto terreno infértil, cheio de entulhos de 1916? Esta metáfora primaveril se aplica como uma luva de jardineiro às redes sociais.

Fomo é o “famoso medo de ficar de fora”, tão presente nas redes sociais – André Mello / Agência O Globo

Somos bombardeados o tempo todo com o jantar do fulano no Instagram, a viagem do beltrano no Facebook, a festa do sicrano do Snapchat. E você em casa, de pijama…

O que não pensamos é quando fulano, beltrano e sicrano vestem seus respectivos pijamas para ficar no sofá. Afinal de contas, como lembra a psicóloga Ana Maria de Albuquerque Lima, ninguém (ou quase ninguém — a cantora Miley Cyrus, por exemplo, posta fotos fazendo depilação e xixi) exibe na internet o seu lado entediante. Por isso, achamos que estamos sempre perdendo alguma coisa. É o que os especialistas definem como Fear of Missing Out (Fomo) ou medo de ficar de fora.

A antropóloga Mirian Goldenberg lembra que todas as pesquisas que medem o grau de felicidade das pessoas apontam dois quesitos fundamentais para a tristeza: comparação e falta de econhecimento. E adivinhe o que as redes sociais mais evidenciam?

— Há alguns anos, você se comparava com pouquíssimas pessoas: cunhada, prima, vizinho. Hoje, o que era distante se tornou próximo, e a ideia de reconhecimento e de aprovação vem dos likes do Facebook — diz.

Mirian lembra de outra pesquisa relacionada à felicidade. Ofereceram R$ 15 mil a quem ganhava R$ 10 mil. Assim, estaria equiparado a quem tinha o salário mais alto. Para surpresa dos estudiosos, o candidato preferiria ganhar menos, R$ 11 mil, se a remuneração do restante fosse diminuída para R$ 10 mil. É um ganho subjetivo: o de ser superior.

Para Cristiano Nabuco, do Núcleo de Dependências Tecnológicas da USP, a opinião dos outros é o que importa. E obter aquele tão sonhado reconhecimento social gera um processo de estresse e de ansiedade:

— Isso explica por que quase 90% das fotos postadas nas redes sociais são retocadas. É como se o indivíduo tentasse calibrar o que tem de melhor para mostrar para os outros. Quanto maior o número de postagens, maior é a necessidade de aprovação. O cruel é que, às vezes, o sujeito erra na mão, provocando o efeito que justamente desejava evitar: vira um chato, e as pessoas passam a evitá-lo.

Depois disso, haja fertilizante para deixar a tal grama mais bonita…

6 dicas para conseguir automotivar-se

Você sabe reconhecer quando alguém está mentindo?

Especialistas americanos dão dicas para ajudar a identificar um mentiroso

Ryan Lochte

O nadador americano Ryan Lochte foi desmascarado após mentir sobre um assalto. Para conseguir reconhecer um mentiroso, especialistas recomendam prestar atenção nos detalhes, explorar o entorno do caso e analisar o comportamento e os sinais corporais do indivíduo (Matt Hazlett/Getty Images)

A descoberta de uma mentira pode dar muito o que falar. Após suspeitar da inconsistência dos fatos, a Polícia Civil do Rio de Janeiro desmontou a históriado suposto assalto sofrido por quatro nadadores americanos durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Mas, você suspeitaria da história e saberia reconhecer um mentiroso? Especialistas revelam segredos que vão lhe ajudar a descobrir se alguém está falando a verdade – ou não.

O tenente Joe Kenda, veterano do Departamento de Polícia de Colorado Springs, no oeste dos Estados Unidos, usou a seguinte história para explicar à BBC Mundo seu método de detectar mentiras:

“Fui roubado. Um homem apontou uma arma para mim…”, denuncia uma pessoa à polícia.
“Ok, ok”, responde o detetive. “Onde você estava quando tudo aconteceu?”
“Estávamos em um posto de gasolina.”
“Às 4h da manhã, vocês pararam em um posto de gasolina. Por quê?”
“Para usar o banheiro.”
“Então, vocês foram ao banheiro…”
“Sim, e um sujeito apareceu…”
“Espera, espera”, interrompe o detetive. “Vocês entraram no banheiro. Aconteceu alguma coisa nesta hora?”
“Quê?”
“Falaram com algum funcionário. Houve algum desentendimento…”
“Ah… Não! Nada disso…”
(Silêncio)
“Toquei num ponto sensível”, pensa o detetive. “Por que será que não quer falar de algo que aconteceu no banheiro, mas do resto das coisas, sim?”

 

Primeiro erro: exagero

Uma história mentirosa tende a ser exagerada. No caso dos nadadores, por exemplo, Ryan Lochte – um dos atletas envolvidos – ao assumir a culpa pelo ocorrido durante uma entrevista a um programa da emissora americanaNBC, admitiu o exagero. “Exagerei a história e, se não fosse por isso, não estaríamos envolvidos nesse problema. Nada disso teria acontecido se não fosse por meu comportamento imaturo”, reconheceu o campeão.

Kenda, que agora é apresentador do programa “Caçador de Homicídios”, no canal Investigation Discovery, nos Estados Unido, destaca que quando as pessoas mentem, elas tendem a não ser muito boas em fazer isso. “Deveriam ao menos ter a decência de serem boas mentirosas. A maioria não é.”

O método “Columbo”

Quando alguém chega com um relato ou denúncia, Kenda faz questão de repassar tudo ponto a ponto. A suposta vítima sempre quer ressaltar o fato central do relato, mas o detetive deve explorar o entorno e os detalhes. Essa técnica segue o método da famosa série policial “Columbo”, exibida nos anos 1970, em que o protagonista insiste em fazer perguntas aparentemente inócuas.

“Como policial, não confio nem acredito em ninguém. O comportamento humano é muito previsível, e, se você me conta algo fora do comum, isso chama atenção. ‘Por que você fez isso? Não conheço outra pessoa que teria feito isso neste caso, mas você disse que o fez. Por quê?’”, explica Kenda.

Segundo o ex-policial, cujo departamento tinha a maior taxa de resolução de casos de todo o país quando ele ainda estava na ativa, as pessoas podem não se lembrar de tudo que disseram quando o relato é uma invenção e esse é o jogo que um bom detetive faz com o interrogado.

Além das palavras

Quando alguém mente, há sinais que delatam. Por isso, a análise deve ir além do relato e envolver o comportamento do indivíduo. “Se em algum momento da conversa, você levanta a voz, fica na defensiva ou é evasivo, está mentindo”, aposta o ex-policial.

Como em um jogo de pôquer, no qual os melhores jogadores são especialistas em detectar os sinais corporais dos rivais – como uma simples piscadela, uma pulsação quase imperceptível da carótida ou um lance fugaz com o olhar – para extrair informação sobre as cartas que escondem, os detetives deve fazer o mesmo em um interrogatório.

“Onde estão seus olhos? Você mantém contato visual? Está nervoso? Fica batendo os pés? Batendo na mesa com os dedos? Fica olhando a porta? Os pés estão firmemente plantados no chão para sair rapidamente assim que possível?”, explica Kenda.

Todos esses movimentos são inconscientes quando se conta uma mentira ou se tenta enganar alguém e é nisso que ele presta atenção. “Por que esta pessoa age de forma diferente? O que está acontecendo?”

Os “bons” mentirosos

Infelizmente, nem tudo são flores e há pessoas, conhecidas como sociopatas, que são boas em mentir. “Uma personalidade assim não tem emoções humanas. Não sente amor, nem culpa, nem compaixão.”, conta Kenda.

Curiosamente, a única coisa que conseguem manifestar é raiva: “Não me deixe furioso. Se ficar, vou te matar”, explica. É aí que pessoas assim podem se entregar e ser desmascaradas.

Por Da redação Veja.com

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