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O que é amar?

O que é amar?

Vários filósofos, psicanalistas, poetas e intelectuais de todos os gêneros tentaram, ao longo dos séculos, encontrar a uma explicação perfeita para a pergunta: o que é amar? Contudo, apesar deste esforço, as respostas se mostraram inconclusivas, pois nem sempre as explicações podem ser encontradas em palavras…

Alguns cientistas veem no amor sintomas típicos de uma patologia, como face enrubescida, perda de apetite, ansiedade, mãos suadas, batimento cardíaco acelerado, dentre outras.

A psicóloga da Rutgers University, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, Helen Fischer, procurou simplificar os “sintomas” do amor em três fases: luxúria, que é alimentada pelo desejo sexual inato; atração, que é o momento no qual o nosso pensamento passa a ser dominado pela pessoa amada; e apego, fase em que as pessoas estabelecem laços definitivos e permanentes. Tal teoria baseia-se em estudo de casos e toma como ponto de partida o predomínio de certos hormônios no comportamento humano em cada uma das fases. Há um certo determinismo biológico e, como toda a classificação tipológica, é limitada pelo corte epistêmico adotado.

Particularmente, não gosto muito da conjugação na mesma frase das palavras amor e apego. O apego é uma dedicação constante, excessiva, quase um sentimento de posse, que muito prejudica as relações humanas, especialmente em um mundo onde os próprios sentimentos são coisificados.

Normalmente, eu associo o amor à leveza dos sentimentos. Amar não é dor, nem sofrimento. É óbvio que existem conflitos ao longo da vida, como em qualquer relação humana. Também não é mero determinismo. É uma relação construtiva, não necessariamente fechada e monolítica, que permite a nossa evolução como indivíduos.

Logo, o amor não é uma patologia, é um sentimento concreto, algo plenamente humano, e por mais que tenhamos os nossos limites, este é um sentimento nobre, multifacetado, que pode ir além do amor romântico. Afinal, também expressamos amor aos nossos amigos, familiares, animais de companhia, ideais. Assim, se existe outro sentimento humano associado ao amor, este é a empatia. Havendo empatia, damos o primeiro passo.

O amor, também, não pode ser explicado apenas por elementos de natureza racional. É parte do nosso ser imperfeito, incorpora as nossas origens primitivas. Desta forma, o amor, também pode ser recheado de várias ações ilógicas, condenadas nestes tempos de maquinismo moderno.

Quando amamos, por mais efêmera e superficial que seja a conversa com o ser amado, sentimos a nossa vida se transformar. Os dias tornam-se mais iluminados, as jornadas mais leves, e as próprias rotinas suportáveis.

Amar é verbo, é ação, é apoio e reflexão. Jamais “teremos amor” por algo ou alguém. Sempre amaremos, ser o completo do “ter”, pois, a força do sentir, do amar, também está no agir. Assim, não acredito no amor platônico. Aliás, amar é um verbo completo, não precisa de complementação por outros verbos.

O amor também pode ser cortado por momentos de distanciamento, por recusas, por distâncias, por silêncio…  Daí a saudade, a vontade do retorno à convivência… isto quer dizer que o amor sempre é um bom sentimento. Só sentimos saudades daquilo que nos falta. Logo, a saudade também é uma expressão de bons sentimentos, pois é preferível senti-la do que passar uma vida inteira vazia…

Desta forma, só podemos concluir que o amor é um sentimento que nos valoriza, que nos enriquece. É o oposto do ódio e, mesmo que não tenha uma explicação ou definição única, é algo que definitivamente nos torna humanos mais completos…

por Sandro Ari Andrade de Miranda, advogado, mestre em ciências sociais

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A Traição é “Genérica”?

O comportamento humano em relações amorosas tem sido um dos temas mais estudados pela ciência e as conclusões que vão surgindo são tudo menos previsíveis.

O mais recente estudo sobre relações amorosas foi feito na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e revela que os humanos estão geneticamente programados para dar uma ‘facadinha’ no compromisso quando este está prestes a falhar ou é já dado como um caso perdido. E é no sexo feminino que este ‘instinto natural’ é mais notório, lê-se no site do jornal britânico The Times.

De acordo com os investigadores, a monogamia pode ir contra a natureza humana e, por isso, os casos de traições e affairs tendem a multiplicar-se, uma vez que os humanos estão constantemente (de forma consciente ou não) a testar as suas próprias relações e a analisar se há ou não melhores opções a longo prazo.

E para David Buss, autor principal do estudo, a justificação é simples: “Acabar com uma relação e acasalar com outro parceiro pode caraterizar com mais precisão o comum”, uma vez que, salienta, “a monogamia ao longo da vida não carateriza os padrões de acasalamento primários dos seres humanos”.

No ano passado, um estudo da Universidade de Binghamton detetou também que a propensão para se ser infiel pode estar no ADN das pessoas, mais concretamente devido ao gene DRD4, associado à procura de prazer.

Mas não é apenas a genética que dita a probabilidade de uma pessoa ser infiel ou não. Um estudo da Universidade de Oxford, citado pelo Independent, indica que “o comportamento humano é influenciado por muitos fatores, como o ambiente e a experiência de vida”.

Também o aborrecimento e a necessidade de apoio emocional podem estar na origem de um romance extraconjugal, como indica Pepper Schwartz, professor da Universidade de Washington.

NM/LFM

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Cinco pilares para se relacionar bem com chefes e colegas de trabalho

Falar de relacionamento interpessoal inclui tanto a vida pessoal quanto a profissional

Falar de relacionamento interpessoal inclui tanto a vida pessoal quanto a profissional. Neste segundo âmbito, a situação se torna mais complicada, porque não escolhemos as pessoas com quem vamos trabalhar, seja um chefe, um parceiro, um cliente e até mesmo aqueles que são liderados.

E mesmo que haja uma afinidade com as pessoas do ambiente profissional, é preciso que todos estejam alinhados para um bom trabalho em equipe. Para a Master Coach Silvia Bez, esta relação em particular pode se tornar ainda mais delicada.

“A convivência entre os colaboradores, às vezes, não é tão simples, devido à existência de diversas opiniões, crenças, valores e culturas com as quais precisamos lidar”, afirma a especialista. E para que este relacionamento se torne mais leve e viável, Silvia apresenta cinco pilares essenciais para manter a paz no convívio profissional:

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Autoconhecimento: esse pilar é um dos principais diferenciais nas relações, pois conhecer a si é o primeiro passo para lidar com questões emocionais que comprometem os relacionamentos interpessoais. “O autoconhecimento nos permite analisar o impacto que causamos nos outros, além de termos claro quais são as características que nos incomodam e, assim, possibilitar nos preparamos para lidar com elas”, afirma a Master Coach.

O autoconhecimento permite mediar com maior assertividade os possíveis conflitos de personalidades nos relacionamentos com os membros da equipe.

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Empatia: é a arte de analisar determinada situação pelo mesmo ângulo de outra pessoa que também esteja envolvida.

Mais do que a preocupação ou a conscientização da necessidade de se identificar com o outro, está relacionada com a comunicação assertiva e a compreensão das motivações dos outros.

“A pessoa empática está conectada com quem ela se comunica. Ela capta informações que vão muito além do que é falado e identifica emoções e expressões corporais significativas em seu interlocutor”, explica Silvia.

Ser empático é, antes de tudo, ser um bom ouvinte, excelente observador e ter um interesse legítimo em ajudar o outro.

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Assertividade: assertividade é a habilidade de uma comunicação clara, franca e respeitosa.

“Com ela é possível construir relacionamentos saudáveis, mas é preciso ouvir, falar, expressar vontades, opiniões e dificuldades de maneira que não seja agressiva com o próximo.”

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Ética: é o conjunto de princípios e valores morais que conduzem o comportamento humano dentro da sociedade.

Empresas seguem os padrões éticos sociais, aplicando-os em suas regras internas, visando o bom andamento dos processos de trabalho, o alcance de metas, objetivos e para criar bons relacionamentos interpessoais.

Um bom profissional deve seguir tanto os padrões éticos da sociedade quanto as normas e regimentos internos da organização em que trabalha.

A ética profissional proporciona ao indivíduo um exercício diário e produtivo de honestidade, comprometimento, confiabilidade, entre tantos outros valores, que balizam o seu comportamento e as tomadas de decisões em suas atividades.

“A grande recompensa por se ético é ser reconhecido, não só pelo seu trabalho, mas também por sua conduta”, completa Silvia.

Pode-se ter muito autoconhecimento, ser altamente empático, assertivo e cordial.  Mas, se não há ética, não é possível manter relacionamentos equilibrados.

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Cordialidade: ser gentil, simpático e solicito é ser cordial com as pessoas. É demonstrar consideração pelo próximo, pela equipe e com quem se relaciona.

“Cordialidade é aquele ‘bom dia’ entusiasmado e sincero de quando chegamos ao trabalho, é abrir uma porta para um colega com as mãos ocupadas, é dizer ‘obrigado’ olhando nos olhos das pessoas. São as pequenas gentilezas do dia a dia que farão a nossa companhia pessoal ser desejada e tornarão a nossa presença agradável para os que nos cercam”, finaliza a Master Coach.

A cordialidade desinteressada, que se oferece por iniciativa própria, sem esperar nada em troca, é um facilitador do bom relacionamento no ambiente de trabalho.

Estes cinco pilares no dia a dia trazem melhorias nos relacionamentos, não apenas profissionais, mas em todos os âmbitos da vida. Passe a praticá-los e veja a diferença que fará nos ambientes que frequenta. Estes são elementos fundamentais para criar relações valiosas.

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Silvia Bez

Redação iBahia

O que é amar?

O homem moderno: a luta contra o vazio

Desafios do homem moderno para encontrar a felicidade

Em 1996, final do século 20  Rojas, psiquiatra e estudioso sobre o comportamento humano já anunciava o desenvolvimento de uma geração: a do homem light, descrevendo o indivíduo realizado materialmente, porém vazio e sem substância, sem conteúdo e infeliz.

Vinte anos depois, esbarramos no produto desta geração, a qual cresceu com as conquistas tecnológicas e científicas, por outro lado, presenciou o avanço da outra face da tecnologia, criando indivíduos:

  1. Materialistas – que  reconhecem o outro pelo dinheiro e status social;
  2. Hedonistas – que querem viver bem a qualquer custo, sendo o  prazer o bem supremo, cujos fins justificam os meios. Este indivíduo não possui vínculos, vivendo para seu único e individual prazer.
  3. Permissivos – a substituição da moral pela ética permissiva, em que tudo é permitido, lícito e tolerado;
  4. Relativistas – pressuposto de que tudo é relativo. Não há mais certo ou errado, desde que os faça feliz, ainda que de forma êfemera. A verdade hoje perdeu seu valor e é fabricada conforme a necessidade;
  5. Consumistas – o consumo atualmente representa a fórmula da liberdade, da felicidade e da fuga dos problemas;
  6. Niilistas – pessimistas e céticos ao extremo com relação à existência e à vida. Negam assim, todo e qualquer princípio, seja político, religioso ou social.

O homem do século 21 possui bem-estar e prazer, porém está permanentemente descontente, buscando preencher seus vazios, mas sem saber como. Suas verdades são negociáveis, tudo é relativo, demonstrando assim o ser humano frágil, alheio ao que é valoroso, inconsciente, fraco e na maior parte do tempo, infeliz.

A permissividade está ligada com o niilismo e ao hedonismo na medida em que o homem moderno perdeu seus referenciais, é livre, porém não sabe aonde vai, não é bússola e sim vela. Nesse homem a paixão pelo nada é aflorada. Comprometer-se para esse homem é ato utópico, sem entender que somente quem é livre tem o poder de se comprometer, e desta forma o homem se torna escravo por sua paixão pelo subjetivo, querendo experimentar todas as sensações possíveis; com isso o homem moderno torna-se solitário e vazio.

Nesse aspecto subjetivismo e permissividade encontram-se entrelaçadas, já que seu ponto de vista é sua única norma de conduta, cujo objetivo é a perseguição do benefício imediato. Este binômio acaba desembocando no relativismo, em que o juízo de valor é particular e a verdade baseada em pensamentos e desejos individuais e esse, por conseguinte recai no ceticismo, mas ao contrário do relativismo que crê que a verdade muda constantemente, o ceticismo acredita que a verdade é algo inalcançável. Todos esses ingredientes constroem o homem atual, infeliz, pois a felicidade envolve a plenitude do homem, é o resultado e a combinação de vários aspectos e se caracteriza pela paz interior, prazer, serenidade, equilíbrio.

O novo ideal social é a máxima comodidade e a lei do menor esforço, o homem moderno possui muitas informações, entretanto não é capaz de sintetizá-las para seu amadurecimento pessoal. Modelos de conduta são induzidos pela moda e fabricados, valores são perdidos e desta forma pode-se explicar a falência dos relacionamentos atuais.

O homem hoje baseia sua vida no consumismo, nos modismos, espelha-se nos artistas e em toda a beleza vendida pela mídia, e ciente de que não poderá alcançar essa perfeição, torna-se triste, infeliz. Baseia sua vida no material, no capital, relegando seu espiritual, sua essência ao segundo plano e jamais consegue ser plenamente feliz e realizado, pois a felicidade não está nas prateleiras, é algo que se sente pelo preenchimento de outros aspectos da vida que vão muito além do que o dinheiro pode comprar. Aqui não se trata de dizer que o dinheiro não é necessário, mas de frisar que a escravidão pelo capital, é que é equivocada; não é o dinheiro em si, mas o culto a ele  como se fosse o único motivo de existência. Por fim, encontramos a desilusão que é a maior característica do cansaço da vida, levando aos vícios, à depressão, ao suicídio.

Alguns aspectos importantes para que o homem retome seu caminho:

  • Retomar os valores existenciais, ter um projeto onde haja a primazia do amor, do trabalho e da cultura e onde se recupere o humanismo.
  • Importância da família unida e/ou amigos verdadeiros para esses processos de mudança.
  • O homem deve resgatar seu ser espiritual, descobrir a beleza, a nobreza e a grandeza que existe no mundo.
  • A felicidade só pode ser alcançada por meio de uma vida coerente e com argumentos. O ser humano precisa ter em mente que é insubstituível e é importante, e para isso precisa ter metas claras, projetos definidos, amadurecimento e equilíbrio psicológico.

Diante de tal perspectiva há a necessidade de: 1- reformular a vida, colocando certa ordem de valores e preferências; 2-  renovar as ilusões perdidas, aprendendo a aproveitar a vida, prestando atenção nos detalhes e milagres diários; 3- e finalmente o imprescindível que  é estabelecer um propósito firme para que objetivos sejam realizados.

São três fatores preponderantes na execução do projeto pessoal: a) Ordem – estabelecer prioridades; b) ter disciplina, constância, perseverança; e c) vontade -capacidade psicológica que se antecipa as consequências. Pois não se trata de agir por obrigação, mas por uma verdade e vontade genuínas.

A  felicidade é subjetiva e algo que vai se encontrando ao longo do percurso e não ao fim da existência, já que não há felicidade definitiva. Deve vir atrelada ao amor e aos valores morais e não está ligada somente aos progressos materiais.

Eis o desafio do homem do século XXI. Entender que a felicidade está na simplicidade, é resultado de atitudes e de escolhas feitas ao longo da vida- muitas vezes sendo necessário mudar o caminho ao longo da viagem-, da postura ética, do reconhecimento da importância do outro nas relações, de buscar seu propósito, mas principalmente da equação de equilíbrio presente em todos esses aspectos.

Quem tiver interesse sobre este assunto, indico:

ROJAS, Enrique. Tradução: Wladir Dupont. O homem moderno: A luta contra o vazio.São Paulo: Mandarim, 1996.

por Roberta Trindade

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O cérebro adapta-se à desonestidade e a mentira cresce

A detecção da mentira, da sua escalada e da resposta do cérebro à desonestidade foi feita usando um frasco cheio de moedas em experiências com um grupo de 80 pessoas. Os resultados, publicados esta semana na revista Nature Neuroscience, mostram que as pequenas transgressões podem levar a mentiras cada vez maiores e que o cérebro “se habitua” a mentir. Sobretudo, se a desonestidade for em benefício próprio. É a primeira prova empírica sobre a previsível escalada gradual da mentira num trabalho que mostra também o que acontece no nosso cérebro durante este processo.

Um estudo realizado por investigadores da University College de Londres apresenta fortes argumentos para uma percepção que muitas pessoas terão sobre a mentira. É que às vezes parece que as pessoas se habituam a mentir. E de uma pequena aldrabice resvalam para mentiras cada vez maiores, com facilidade. Os cientistas comprovam esta hipótese com uma simples experiência que envolveu um frasco cheio de centavos de libra (o equivalente aos cêntimos) em vários cenários. Esta investigação, refere o comunicado da universidade, “fornece a primeira prova empírica de que as mentiras para proveito próprio vão escalando gradualmente e revela como é que isto acontece nos nossos cérebros”.

A equipa colocou 80 participantes, com idades entre os 18 e os 65 anos, à prova durante uma série de exercícios em que comunicavam com outra pessoa à distância, por computador. O objectivo do jogo era adivinhar a quantidade de moedas dentro de um frasco exibido numa fotografia. Experimentaram vários cenários, entre os quais, não mentir e tentar que o parceiro do jogo acertasse na quantia, mentir para o outro tivesse lucro sem o seu prejuízo, mentir para que o outro tivesse lucro mas com prejuízo para si ou mentir apenas para seu proveito, prejudicando ou não o outro.

Os resultados mostraram que quando o participante no jogo podia tirar algum proveito da situação, ele não só era desonesto como mentia cada vez mais. E enquanto a desonestidade escala, a reacção no cérebro cai. Um grupo mais restrito de 25 participantes na experiência fez uma ressonância magnética, procurando-se a resposta da região da amígdala (associada às emoções) ao comportamento demonstrado.

moedas

Investigadores usaram esta imagem de um frasco com moedas nas experiências DR

A equipa britânica percebeu que a amígdala respondia de forma clara quando as pessoas mentiam pela primeira vez para proveito próprio. Com a repetição, a resposta no cérebro diminuía. “O cérebro adapta-se à desonestidade. Há uma adaptação emocional. Tal como acontece com os neurónios do bolbo olfactivo e nos habituamos ao cheiro de um perfume quando entramos num sítio”, explicou Tali Sharot, uma das autoras do artigo, em conferência de imprensa organizada pela Nature.

Os investigadores perceberam também que a par da adaptação emocional também a “magnitude das mentiras” aumentava. E mais: a equipa conseguiu uma forma de cálculo que relacionava a magnitude da mentira à redução da actividade da amígdala e percebeu que uma diminuição significativa na actividade cerebral significa que viria aí uma mentira maior ainda. “Quando mentimos para nosso proveito, a nossa amígdala produz um sentimento negativo que limita o ponto até onde estamos preparados para mentir. Porém, essa resposta esbate-se quando continuamos a mentir e, quanto mais desce, maiores se tornam as mentiras”, explica Tali Sharot.

Mas, e se não beneficiarmos com a mentira? “Temos duas situações neste estudo que avaliaram isso”, responde ao PÚBLICO Neil Garrett, outro dos autores do artigo. “Uma em que mentir é prejudicial para o próprio participante mas beneficia o parceiro. Outra em que a desonestidade não tem qualquer efeito no participante, mas beneficia o parceiro. No primeiro caso, não detectamos desonestidade nem a escalada da mentira. No segundo caso, vemos que são desonestos mas a desonestidade não aumenta”, acrescenta. Assim, não basta mentir muitas vezes para mentir cada vez mais. Para que este efeito se concretize, é preciso também que se ganhe alguma coisa com isso.

Estamos perante um efeito “bola de neve”, dizem os investigadores, que usam a expressão “terrenos escorregadios” (em inglês, slippery slope). E, presumem os cientistas, o mesmo princípio também poderá aplicar-se outras situações como comportamentos de risco ou violentos.

No estudo não foram notadas diferenças entre as faixas etárias ou entre homens e mulheres, mas os investigadores admitem que encontraram “muitas diferenças individuais”. Percebe-se, diz Neil Garrett, que nas mesmas situações “alguns mentem muito e as mentiras aumentam muito e outros fazem-no menos”. Agora, falta perceber melhor por que é que isso é assim.

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Procrastinar está diretamente ligada à insatisfação no trabalho

Procrastinar sempre foi um dos principais problemas enfrentados no ambiente de trabalho. E o hábito de adiar as tarefas acaba colocando muita gente em situação delicada. A crise econômica do Brasil é um fator que impulsiona esse comportamento, pois as emoções, principalmente a insegurança e o estresse, afetam o psicológico e influenciam no andamento das atividades.

Em pesquisa da Triad Productivity Solutions, empresa especializada em produtividade, 97,4% dos entrevistados afirmaram já terem procrastinado em algum momento da vida. De acordo com o levantamento, são muitos os motivos que levam as pessoas à procrastinação. Entre os itens apontados pelos entrevistados, a distração com a internet (e-mails, redes sociais, blogs) é o maior deles, recebendo 62,3% dos votos.

Sulivan França, especialista em comportamento humano e presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC), acredita que o hábito tem se tornado comum nos últimos anos. “O avanço da tecnologia trouxe muitas opções para a distração do ser humano. Com isso, as tarefas acabam se perdendo, pois as pessoas não estão conseguindo definir as suas prioridades”.

O especialista acredita que esse fator está diretamente ligado à insatisfação profissional. Para ele, se a pessoa se sente realizada, há grandes chances desse hábito não se tornar corriqueiro. “A melhor alternativa é encontrar um local onde você realmente é feliz. Dessa forma, as chances de se desenvolver um bom trabalho e alcançar as metas são ainda maiores”, explica.

Website: http://www.slacoaching.com.br/

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Como o estresse social leva à depressão?

por Victor Colpo e Bruno Ernandes. Resenha do artigo “From Stress to Inflammation and Major Depressive Disorder: A Social Signal Transduction Theory of Depression”. George M. Slavich and Michael R. Irwin -Psychological Bulletin-American Psychological Association 2014, Vol. 140, No. 3, 774–815

Fatores ambientais e sociais podem causar alterações biológicas que  levam à depressão. A chave para o entendimento dessa relação de causalidade é a noção de que o estresse pode modular o sistema imune , o qual influi no funcionamento do sistema nervoso central (SNC). Primeiramente, o SNC, que é a “porta de entrada” para o estresse no nosso organismo pode estimular a imunidade por duas vias principais. A primeira é uma alteração epigenética difusa, enquanto a segunda envolve a especificação do cortisol.

O estresse é uma ferramenta importante pela qual nosso corpo pode se preparar para situações de perigo hipotéticas e futuras. Para tanto, o corpo humano evoluiu a ponto de que o perigo, mesmo que simbólico, causa alterações que vão desde um comportamento de prepo para luta/fuga até a pré –ativação de mecanismos de defesa contra patógenos. O primeiro modo com que o corpo se prepara é ativando o sistema autônomo simpático causando uma liberação difusa de noradrenalina por todo o corpo.A  noradrenalina, por sua vez, em contato com as células de defesa, causa alterações epigenéticas nestas células que  promovem a expressão de genes pró-inflamatórios e de combate a patógenos bacterianos, ao mesmo tempo em que inibem vias de comunicação intracelular importantes para a imunidade antiviral. Sendo assim, a estimulação simpática modula o nosso sistema imune para combater bactérias em detrimento do combate viral.

 

 

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A segunda via que envolve o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é maislenta e de longa duração,  tendo um papel central na origem da depressão. Em situação de perigo, níveis altos de cortisol são liberados pelas suprarrenais para efeitos sistêmicos e pontuais, dentre os quais estão, o “recrutamento de reservas energéticas para lidar com ameaças momentâneas” e a depressão imunológica, ou redução da inflamação. O problema é que, comprovadamente, a constante ativação do cortisol torna as células imunes progressivamente insensíveis à sua ação (estado de resistência ao cortisol), de maneira que, quando o cortisol for liberado a fim de inibir a inflamação, seus efeitos não mais serão suficientes, contribuindo para um contínuo e sistêmico estado pró-inflamatório.

Para exemplificar, imagine um ser humano primitivo, que se encontre em uma situação de perigo futuro iminente, como ter avistado um leão em uma savana, ou ter sido abandonado pelo seu grupo. Em ambos os casos é muito provável que este nosso ancestral se depare com inúmeros desafios à sua sobrevivência, de forma que a ativação do sistema simpático e do sistema hipotálamo-hipófise-adrenal são de grande ajuda. Já as ameaças percebidas pelo homem moderno são de natureza mais sutil, porém mais constantemente presentes em seu cotidiano.

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Romper laços amorosos, ser rejeitado por um grupo de amigos, ter cobranças no trabalho ou perceber asocial-painameaça de uma demissão são situações que  em nada tem a ver com perigos para o nosso corpo. Entretanto  mas que  acionam nossas respostas ao estresse e  de modulação do sistema imune. Ademais, ao contrário de representarem eventualidades, são uma constante na vida contemporânea. Dessa maneira, uma via originalmente fisiológica, agora se caracteriza como patológica, pois não mais nos protege contra um perigo iminente, mas mantém continuamente nosso corpo num estado pró-inflamatório, que pode contribuir para depressão.

Agora devemos caracterizar como o sistema imune vai influir no SNC. O estado pró-inflamatório consiste na maciça liberação de citosinas como, TNF-α, IL-1, IL-6, que além de perpetuar o estado inflamatório, podem agir no SNC. Uma vez dentro do encéfalo, essas citosinas cronicamente levam ao um estado conhecidosiknessbehavior e a longo prazo à neurotoxidade, que seria a causa imediata da depressão, se não à depressão em si.

Os fatos que levaram os autores a elaborar essa teoria, são os seguintes. Do estresse à depressão: diversos estudos comprovam que pessoas submetidas a eventos traumáticos na infância têm a propensão muito maior de desenvolver o transtorno depressivo maior, o que se justifica pelo fato de que o trauma torna a pessoa mais sensível ao estresse criando um ciclo vicioso entre estresse, ativação de vias pró-inflamatórias concomitante ao “comportamento estressado”, retornando para uma nova situação de estresse. Do estresse à inflamação: outros estudos muito bem reproduzidos mostram que situações de estresse, principalmente, as que envolver rejeição interpessoal levam ao estado pró-inflamatório e à liberação das citosinas já citadas. Da inflamação à depressão: também é observado em estudos que estresse, liberação de citocinas e ativação de regiões do cérebro conhecidamente relacionadas com a depressão, como o giro do cíngulo são concomitantes em vários testes. Outro fator, é que a expressão de citocinas pró-inflamatórias é comprovadamente mais elevada em pessoas com depressão.

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É importante ter em mente que esta teoria também permite explicar situações até hoje não muito bem entendidas sobre a depressão, a primeira é que doenças autoimunes como “reumatismo, fibromialgia” e depressão costumam aparecer juntas já que, tanto uma quanto a outra teriam causa imune, mas também é importante salientar que estudos epidemiológicos não estabelecem uma relação de causa e consequência entre ambos. Outro fato intrigante também explicado por essa teoria é o sucesso de muitos ensaios clínicos em tratar a depressão com agente inflamatórios inibidores de cicloxigenase (COX), particularmente em um ensaio, paciente que tomaram AS, não só tiveram melhora, como o anti-inflamatório por si só diminuiu em mais da metade o número de refratários aos antidepressivos convencionais. E por fim, os efeitos benéficos dos tratamentos disponíveis hoje não entra em conflito com essa teoria, pois pacientes submetidos a psicoterapia, medicação antidepressiva e até mesmo terapias como yoga, apresentam menores níveis de citocinas pró-inflamatórias.

 

Victor Colpo e Bruno Ernandes- alunos do Curso de Medicina FCS-UFGD

O que é amar?

5 efeitos psicológicos que alteram o nosso comportamento

Você já imaginou quantos efeitos a nossa mente tem sobre nosso comportamento? Isso pode influenciar diretamente em nossas decisões.

A nossa mente é uma caixinha de surpresas, é ela que comanda nossos pensamentos, emoções e nossas ações.

Pensando nisso, selecionamos 5 efeitos psicológicos que alteram a forma como nos comportamos.

Seleção traz 5 efeitos psicológicos que alteram a forma como nos comportamos, e influência nas nossas decisões.

1. Pessoas que cometem mais erros são mais agradáveis: cometer erros nos faz mais humanos, e, além disso, transmite mais simpatia.

2. Criar muitas expectativas pode levar a uma nova realidade: há evidências de que o pensamento de uma pessoa pode alterar a realidade. O que uma pessoa espera de outra pode se converter em uma profecia autorrealizável.

3. Quanto mais escolhas você faz, menos satisfeito fica: quando há muitas possibilidades de escolha, é mais difícil ficar satisfeito com a decisão.

4. Quanto mais pessoas perceberem que você precisa de ajuda, menos irão lhe ajudar: frequentemente, quando muitas pessoas presenciam um acidente elas não ajudam as vítimas, pois pensam que alguém ajudará ou já ajudou. Mas se uma pessoa souber que somente ela pode ajudar, ela atua com mais dedicação.

5. Seus erros não são tão notados como você imagina: a insegurança que sentimos a cada vez que erramos nem sempre é real. As pessoas notam nossas falhas com muito menos frequência do que pensamos.

Fonte: Incrivel.club

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