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10 tecnologias possíveis que podem remodelar completamente nossa civilização até 2100

10 tecnologias possíveis que podem remodelar completamente nossa civilização até 2100

George P. Dvorsky, 46 anos, é bioético, trans-humanista e futurista; foi presidente do Conselho do Instituto de Ética e Tecnologias Emergentes; é o fundador e presidente do Programa de Direitos de Não-Pessoas do IEET; editor que contribui com o blog Sentient Developments e com o Gizmodo. E foi neste último site onde publicou uma lista com as 10 tecnologias surpreendentes que ele acredita que estarão disponíveis dentro do prazo de 100 anos, ou menos. Além de todas essas áreas envolvidas, Dvorsky é ambientalista progressista, e ativista de direitos dos animais, preocupado com os impactos éticos e sociológicos de tecnologias. Ele procura promover discussões abertas para fins de educação e de previsão, e entre a ampla gama de tópicos que aborda, inclui a tecnociência, a ética, os riscos existenciais, a inteligência artificial, a busca de inteligência extraterrestre e, claro, a futurologia. Para ele, no entanto, uma inovação não aparece nesta lista por motivos racionais: a Superinteligência artificial. Ele defende a ideia do cientista de computação I. J. Good, que apontou na década de 1960 que “a primeira máquina ultra-inteligente é a última invenção que o homem precisa fazer”. Uma vez que a “inteligência maior do que a humana emerge em uma máquina, um desenvolvimento que poderia acontecer já nos anos 2050, todas as outras apostas estão descartadas em termos do que é tecnicamente possível”, afirma Dvorsky. Ele acredita que quando as máquinas inteligentes surgirem, elas substituirão os seres humanos como designers e engenheiros, construindo as “tecnologias dos nossos sonhos”, incluindo algumas que nem sequer havíamos pensado. Ou seja, nossa lista de tecnologias pode ser completamente diferentes nesse cenário. Ele lista então 10 tecnologias que, por mais absurdas que pareçam, são muito possíveis e “poderiam mudar praticamente tudo”.

Realidade virtual ligada ao cérebro

Dispositivos VR portáveis como o Oculus Rift são apenas o início do que poderão se tornar. No futuro, os usuários terão a possibilidade de encontrar uma existência “verdadeiramente” em realidade alternativa. O que é necessário para isso é algo um pouco mais… invasivo. Quando chegarmos ao século 21, teremos encontrado uma maneira de criar uma experiência de realidade virtual que é indistinguível da real. Essas experiências serão alimentadas diretamente em nosso cérebro, ignorando nossos órgãos sensoriais normais – olhos, tato, etc – para torná-las ainda mais críveis.
De fato, o cérebro (entre outras coisas) é um dispositivo de processamento sensorial. Todas as coisas que sentimos em uma base regular, seja cheiros e brilhos, etc, são encaminhados para o seu cérebro. Então, estamos realmente falando de uma “Matrix”, uma realidade virtual em todos os sentidos, indistinguível, na qual nos conectaremos através da mente. O futurista Ray Kurzweil, autor de The Singularity is Near, explicou como isso poderia acontecer em um Q & A sobre seu livro: através de nanobots no cérebro.

Névoa útil

Concebida pelo pioneiro da nanotecnologia J. Storrs Hall, a névoa útil é um enxame de nanobots, que pode assumir a forma de praticamente qualquer objeto e mudar sua forma. Imagine uma nuvem inteligente de flocos de neve interconectados capaz de se transformar com os movimentos de qualquer coisa em torno dela, incluindo os passageiros de carros. Foi o que Hall imaginou como um sistema de segurança, um tipo de “airbag super inteligente”. Cada nanobot (ou foglets) medirá apenas 10 mícrons de diâmetro (aproximadamente o mesmo tamanho de uma célula humana), será equipado com um minúsculo computador de bordo rudimentar para controlar suas ações (que seria controlado externamente por um sistema artificialmente inteligente) e uma dúzia de braços telescópicos que se projetam para fora na forma de um dodecaedro.
Diagrama de um foglet de 100 micrômetros.
Quando dois deles se ligam, eles formariam um circuito, permitindo a distribuição de energia e comunicações em toda a rede. O foglets não seria capaz de flutuar, mas em vez disso, formar uma estrutura de rede, chamada de octeto, quando segurando as mãos em todas as 12 direções. Uma névoa útil funcionaria como matéria programável, capaz de se mover, envolver e transportar um objeto ou pessoa. Em uma imaginação fértil – ou com tecnologia realmente possível? – poderiam ser usadas para criar um mundo virtual em torno de uma pessoa, e até mesmo hospedar uma pessoa que realizou um upload de si mesmo nessa nuvem nano-infundida (semelhante ao que fãs de HQs podem ter lido em Transmetropolitan, obra pós-cyberpunk de Warren Ellis). Outra sugestão na ficção científica por feita por Jim Al-Khalili. A névoa útil é usada para criar a superfície externa “camaleônica” de um TARDIS, de acordo com sua teoria no programa “How To Make A Tardis”, parte do Doctor Who Night na BBC2. As ideias não são modestas. Hall e eutros pesquisadores acreditam que a névoa útil poderia ser fabricada em massa para ocupar toda a atmosfera de um planeta e substituir qualquer estrutura física necessária à vida humana. Edifícios virtuais poderiam ser construídos e destruídos em instantes.

Energia Solar obtida no Espaço

A humanidade precisa de energia. Essa é uma necessidade cada vez maior, mais voraz e interminável. Porém, as fontes de energia não são inesgotáveis. Mas a energia solar baseada no espaço é uma ideia que existe desde a década de 1960 e poderia resolver de uma vez por todas o problema das mudanças climáticas e as dificuldades para uma transição para adotar energia mais sustentável.
Peter Glaser propôs a ideia de satélites movidos a energia solar (SPS), que seriam células fotovoltaicas no espaço capazes de transferir energia solar sem fio para a Terra. O projeto exigia uma grande plataforma posicionada no espaço para recolher a energia e convertê-la em eletricidade. Por sua vez, essa energia seria transmitira para estações de recepção na Terra. Alguns visionários incluíram na ideia o uso de um transmissor de energia sem fio por micro-ondas. Isso tem sido discutido desde os anos 70, mas a ideia nunca foi vista como algo rentável ou tecnologicamente viável. Porém, recentemente isso tem mudado. No ano passado, a Academia Internacional de Astronáutica publicou um relatório exaustivo sobre os benefícios da energia solar obtida no espaço, pedindo para que a comunidade internacional leve o assunto a sério. Há uma série de meios para começar, e prevê que isso será tecnicamente viável dentro de 10 a 20 anos, utilizando tecnologias que já existem. O Sistema SBSP, uma exploração orbital japonesa funcionaria numa órbita estacionária a cerca de 22.400 milhas acima do equador, de onde transmitiria energia à Terra usando raios laser. Cada satélite visaria uma estação receptora de 1,8 milhas de largura que poderia gerar um gigawatt de eletricidade, o que é suficiente para alimentar meio milhão de casas.

Upload da mente

Na virada do século 22, muitos seres humanos poderão viver uma existência puramente digital, livre de todas as restrições biológicas. Chamado de upload de mente, ou emulação de cérebro inteiro, isso envolve a cópia meticulosa de um cérebro biológico existente. As varreduras capturariam todos os detalhes cognitivos até o nível molecular e incluiriam memórias, associações e até peculiaridades de personalidade de uma pessoa. Futuristas não estão inteiramente certos de como o upload da mente vai acontecer, mas um passo crítico será certificar-se de que as partes importantes de um cérebro serão copiadas, particularmente aquelas ligados ao senso de identidade de uma pessoa (ou seja, o para-hipocampo e o córtex retrosplenial).
Isso pode envolver a cópia “destrutiva”, onde um cérebro existente é “desmontado”, a fim de gravar o estado cerebral de uma pessoa e suas memórias. Alternativamente, um scanner de cérebro suficientemente poderoso poderia ser usado para “capturar” o cérebro de uma pessoa e, em seguida, levar essas informações a um computador capaz de traduzi-las em uma mente funcional. Para que uma pessoa possa funcionar “normalmente”, ela teria que receber um corpo e ambiente virtual. A questão filosófica por trás dessa hipótese é: caso sua mente seja “copiada” para um corpo digital, sua consciência será levada junto? Ou será apenas uma inteligência atuando com suas memórias e sua personalidade, mas como um “zumbi”, que não será realmente você?

Controle do clima

É improvável que a humanidade se tornará capaz de controlar completamente o clima até o final do século atual, mas há muitas possibilidades para chegar a alguns resultados. Já estamos semeando nuvens com partículas para estimular a precipitação, e a Califórnia tem feito isso por quase 50 anos. Durante os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, as autoridades chinesas dispararam 1.100 foguetes nas nuvens para provocar chuvas antes que as tempestades atingissem a capital. Há até mesmo esforços para disparar pulsos de laser em nuvens de trovão na esperança de extrair relâmpagos de forma controlada. Olhando para o futuro, os engenheiros meteorológicos poderiam construir estruturas maciças em forma de parede para evitar que tornados devastadores se forem, ou construíssem conjuntos de turbinas enormes e muito fortes para sugar a energia dos furacões. Mais radicalmente, poderíamos eventualmente construir uma máquina meteorológica para criar uma atmosfera programável. Um plano particularmente interessante descreve uma fina nuvem global de pequenos balões transparentes levantados na estratosfera, onde ela sombreia ou reflete a quantidade de luz solar que entra. Um espelho seria colocado dentro de cada balão, junto com um GSP para monitorar sua localização, um atuador para controlar sua orientação. Levado pelo hidrogênio, chegaria a cerca de 20 milhas acima da superfície da Terra. Este sistema, orientado pela IA, poderia influenciar os padrões meteorológicos em todo o mundo e transformar áreas de condições difíceis em regiões temperadas e mais habitáveis.

Montador molecular

Esqueça as impressoras 3D. Com os montadores moleculares, ou nanomontador, descrito por um inventor, pioneiro da nanotecnologia K. Eric Drexler em seu livro seminal, Engines of Creation, será possível manipular átomos individuais para construir um produto desejado. Fãs de Star Trek já devem ter visto um membro da tripulação usar um replicador para produzir uma xícara quente de chá, e isso é basicamente um montador molecular. Alguns futuristas acreditam que isso será fabricado em breve.
A máquina nanotecnológica seria de tamanho bastante reduzido capaz de organizar átomos e moléculas de acordo com instruções fornecidas. Para isso, é necessário energia, suprimento de matéria-prima (building blocks) e a programação a ser executada pelo montador. Uma das hipóteses é a construção de um montador universal, capaz de construir qualquer objeto incluindo um outro montador. Assim, ele poderia se reproduzir várias vezes, e essa capacidade de reprodução é uma das grandes vantagens de um montador molecular e também é uma das coisas que mais assustam. Afinal, ele poderia se reproduzir descontroladamente e ameaçar vidas humanas de forma semelhante a epidemias, colonizando a terra e substituindo a humanidade.

Geoengenharia

Os efeitos das alterações climáticas são provavelmente irreversíveis. Não importa o que façamos a partir de agora até o ano de 2100, os níveis de gases do efeito estufa continuarão a aquecer o planeta. Para evitar as muitas calamidades ambientais causadas pelas mudanças climáticas, teremos, “a contragosto”, destaca Dvorsky, que começar a geoengenharia do planeta. Trata-se da ciência que estuda os meios de manipulação do clima através da tecnologia e de forma controlada. Ou seja, está relacionado ao item anterior. A geoengenharia propõe resolver os problemas climáticos do planeta, mas seus efeitos colaterais poderiam ser catastróficos. Ela pode criar secas em determinada região e provocar chuvas em outros locais do globo.
Imagem conceptual de um navio desocupado projetado para gerar nuvens e refletir a luz solar longe da terra (imagem: Stephen Salter)
Algumas propostas de geohacking incluem semeadura de nuvens cirrus para reduzir a refletividade, injeção de partículas estratosféricas para gerenciamento de radiação solar, injeção de enxofre-aerossol para induzir o escurecimento global e soluções simples como o reflorestamento tropical para restaurar o balanço de carbono. Outras ideias incluem um refletor espacial gigante (embora isso possa estar além de nossas capacidades tecnológicas até 2100), a fertilização do oceano para desovar as flores de algas que sugam o carbono e o aumento da alcalinidade do oceano para tornar o oceano menos ácido.

Comunicação através da mente

Dvorsky acredita que os progressos contínuos nas tecnologias de comunicações e na neurociência transformarão a humanidade em uma espécie telepática. Na verdade, ele afirma que este futuro pode estar “mais perto do que pensamos”. Em 2014, uma equipe internacional de pesquisadores foi a primeira a demonstrar um sistema direto e completamente não-invasivo de comunicação cérebro-cérebro. Durante o experimento, dois participantes puderam trocar palavras mentalmente conjuradas, apesar de estarem separados por centenas de quilômetros.
Um ano depois, uma outra equipe de pesquisadores transmitiu sinais cerebrais pela Internet para controlar os movimentos das mãos de outra pessoa, permitindo que eles colaborassem em um jogo de computador. Estes sistemas, embora extremamente rudimentares, apontam para um futuro em que podemos simplesmente usar nossos pensamentos para conversar uns com os outros, e até mesmo controlar dispositivos inteligentes “telecineticamente”.

Fusão nuclear

No início deste ano, físicos na Alemanha usaram um pulso de microondas de 2 megawatts para aquecer o plasma de hidrogênio de baixa densidade a 80 milhões de graus. O experimento não produziu energia e durou apenas um quarto de segundo, mas foi um passo importante no esforço para aproveitar uma forma extremamente promissora de produção de energia conhecida como fusão nuclear. Ao contrário da fissão nuclear, onde o núcleo de um átomo é dividido em partes menores, a fusão nuclear cria um único núcleo pesado a partir de dois núcleos mais leves. A mudança resultante na massa gera uma tremenda quantidade de energia que os cientistas acreditam que pode ser aproveitada em uma fonte viável de energia limpa.

Formas de vida artificiais

Não contentes em parar na engenharia genética, os cientistas do futuro poderão ser capazes de projetar e criar novos organismos a partir do zero. Desde bactérias microscópicassintéticas até design de seres humanos, algo como os Replicantes em Blade Runner. Esta área de estudo é crescente, e conhecida como vida artificial. Ou seja, a busca pela criação de formas sintéticas de vida já está em andamento. No início deste ano, pesquisadores da Synthetic Genomics e do Instituto J. Craig Venter criaram com sucesso um genoma bacteriano artificial que, com 473 genes, é menor do que qualquer coisa encontrada na natureza.
Avanços adicionais neste domínio ajudarão os biólogos a explorar as funções centrais da vida e a categorizar genes essenciais dentro das células. Os pesquisadores podem usar células como estas para construir organismos com capacidades não encontradas na natureza, como por exemplo bactérias que podem consumir resíduos plásticos e tóxicos e microorganismos que podem funcionar como medicamentos dentro do corpo. Qualquer uma dessas tem o potencial para remodelar nossa civilização. O que não fica muito claro é como essas maravilhas funcionarão em conjunto umas com as outras. Obvio que muitas delas têm grande ligação e podem se influenciar, ou talvez uma não faça tanto sentido com a existência de outra. Por exemplo, como destaca Dvorsky, a convergência da VR ligada ao cérebro, do upload da mente e da IA pode resultar em uma civilização híbrida baseada em computador, constituída por seres humanos do mundo real, cérebros emulados e intelectos artificiais. Imagine tudo isso com o surgimento de formas de vida humanas artificiais? E você, o que acha dessas tecnologias? Quais outras invenções futuristas acredita que tem potencial de se concretizar no próximo século?
Nova tecnologia online ajuda a detectar mutações cancerígenas

Nova tecnologia online ajuda a detectar mutações cancerígenas

Pesquisadores espanhois desenvolveram uma ferramenta tecnológica online aberta à toda a comunidade científica para ajudar a detectar mutações cancerígenas.

O grupo de pesquisa em Genômica Biomédica da Universidade Pompeu Fabra (UPF), na Espanha, desenvolveu uma ferramenta tecnológica online, um site aberto a toda a comunidade científica, para ajudar a detectar mutações cancerígenas.

A nova ferramenta se chama OncoPad, e desenha painéis de sequenciamento genético para o câncer.

Busca no DNA

Abel González-Pérez e Núria López-Bigas, do Instituto de Pesquisa Biomédica (IRB) de Barcelona, destacaram que o correto tratamento e diagnóstico do câncerdependem cada vez mais da análise genética dos pacientes.

Na análise com o OncoPad, os médicos buscam alterações no DNA do tumor, as chamadas mutações, que podem ter valor diagnóstico, de previsão ou terapêutico para a doença.

Para poder identificar estas mutações, os biólogos têm que sequenciar o DNA do tumor, seja abrangendo todo seu genoma, seu exoma (ou seja, a parte funcional do genoma) ou somente certos genes ou regiões genéticas, para incluí-los nesses painéis.

Mais precisão, melhor custo-benefício

Segundo os pesquisadores, a sequenciamento mediante painéis apresenta vantagens em relação à de todo o genoma ou exoma porquê, além de contar com um coeficiente de custo-benefício melhor, os painéis detectam menos falsos positivos graças a sua maior sensibilidade.

Atualmente há painéis de sequenciamento pré-desenhados e comercializados por várias empresas, mas normalmente são painéis inespecíficos, já que estão pensados para sequenciar qualquer tipo de tumor.

A relação custo-benefício para responder a perguntas específicas, como o diagnóstico precoce de um tipo de tumor concreto, costuma ser baixa porque a maioria das regiões genômicas incluídas são irrelevantes.

Por isso, pesquisadores ou clínicos, cada vez mais, preferem desenhar painéis específicos adaptados à pergunta específica que tentam responder.

Para confeccionar a lista dos genes ou das regiões genéticas adequadas a incluir no painel (ou seja, para desenhá-lo) os pesquisadores precisam realizar uma busca exaustiva em estudos científicos anteriores e integrar informação de bases de dados que estão dispersas na internet.

Além disso, é difícil estimar antecipadamente o coeficiente de custo-benefício do painel projetado no grupo de pacientes com o tipo de câncer de interesse.

Para resolver estes problemas, o grupo de Genômica Biomédica do Programa de Pesquisa em Informática Biomédica (GRIB), conjunto entre a Universidade Pompeu Fabra (UPF) e o Instituto Hospital do Mar de Pesquisas Médicas (IMIM), criaram o OncoPaD.

Ferramenta aberta

Trata-se, segundo os pesquisadores, da primeira ferramenta web aberta a toda a comunidade científica para desenhar painéis de sequenciamento para o câncer que levam em conta o conhecimento anterior relevante ao tipo de tumor de interesse e o custo-benefício estimado que pode ser ajustado pelos pesquisadores.

“Através de uma interface simples e intuitiva, o OncoPaD identifica quais genes e regiões são os melhores candidatos para o projeto de um painel específico, baseando-se na associação conhecida dos genes com mecanismos de desenvolvimento do câncer ou resposta a fármacos contra ele e maximizando seu coeficiente de custo-benefício”, explicou Carlota Rubio-Pérez, autora do estudo, publicado na revista Genome Medicine.

Nova tecnologia online ajuda a detectar mutações cancerígenas

Espinafres podem detectar explosivos com ajuda da nanotecnologia

Os espinafres não são apenas um superalimento, mas, graças à nanotecnologia, podem se transformar em detectores de explosivos e transmitir informação para um aparelho parecido com um smartphone, graças às pesquisas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, sigla em inglês), nos Estados Unidos.

Esta é uma das primeiras demonstrações do que os pesquisadores denominam “plantas nanobiônicas”, às quais podem ser aplicados sistemas de engenharia eletrônica.

No caso dos espinafres, os especialistas do MIT integraram nanotubos de carbono de modo que estes possam detectar explosivos, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista “Nature Materials”.

“O objetivo da nanobiônica vegetal é introduzir em uma planta nanopartículas que lhe conferem capacidades que não lhe são próprias”, explicou, em comunicado, o chefe do experimento e professor de Engenharia Mecânica no MIT, Michael Strano.

As plantas de espinafres foram desenvolvidas para detectar componentes químicos chamados nitroaromáticos, que costumam ser utilizados na fabricação de minas terrestres e outros explosivos.

Assim, quando um desses compostos químicos aparece na água subterrânea, os nanotubos de carbono inseridos nas folhas dos espinafres emitem um sinal fluorescente que pode ser lido com uma câmera infravermelho, que pode ser conectada a um pequeno computador, similar a um telefone, que envia um e-mail ao usuário.

Trata-se de “uma nova demonstração de como temos que superar a barreira de comunicação planta/humano”, afirmou Strano, que acredita que o poder das plantas poderia ser aproveitado para alertar sobre a presença de poluentes e de algumas condições ambientais como as secas, algo que elas sentem muito rapidamente.

Há dois anos foi realizado no MIT a primeira demonstração de nanobiônica vegetal com um projeto a cargo de Strano e de um estudante de pós-doutorado Juan Pablo Giraldo.

Ambos utilizaram nanopartículas para aumentar a capacidade de fotossíntese das plantas, convertendo elas assim em sensores para detectar óxido nítrico, um dos poluentes produzidos pela combustão.

As plantas estão “adaptadas idealmente” para monitorar o meio ambiente já que absorvem muita informação de seu entorno e são “muito boas” analisando químicos, pois suas raízes formam uma extensa rede no solo que absorvem a água subterrânea e a transportam para suas folhas, afirmou o especialista.

Os nanotubos de carbono fabricados pelo MIT podem ser usados como sensores para detectar um amplo leque de moléculas e, quando a molécula-alvo se une a um polímero que envolve o nanotubo, este altera sua fluorescência.

Neste estudo, os pesquisadores introduziram sensores na parte posterior das folhas de espinafre para detectar os nitroaromáticos.

Strano assinalou que este tipo de tecnologia pode ser aplicada a qualquer planta e pode ajudar os botânicos a saberem mais sobre os processos internos das mesmas, monitorar sua saúde e aumentar o rendimento dos compostos sintetizados por algumas plantas que são utilizadas na medicina.

EFE  

Nova tecnologia online ajuda a detectar mutações cancerígenas

Sistema da Microsoft já reconhece a fala tão bem quanto os humanos

Os robôs já conseguem escutar e transcrever o que as pessoas dizem tão bem quando um ouvido humano comum. Foi este o resultado do esforço da Microsoft, que revelou que uma equipe de engenheiros na área de pesquisa em inteligência artificial desenvolveu um sistema de reconhecimento de voz com o mesmo índice de erros que uma pessoa normal.

Para avaliar a qualidade do algoritmo, foi usada a métrica WER (sigla em inglês para “taxa de erros de palavras”), que mede a capacidade de um sistema de reconhecer a voz e transcrevê-la de forma precisa. O software em questão foi capaz de obter uma taxa de erros de apenas 5,9%, que foi aproximadamente igual ao obtido por pessoas que receberam a tarefa de transcrever a mesma conversa.

Compreensivelmente, os pesquisadores da Microsoft ficaram empolgados com o resultado, declarando uma marca histórica. “Alcançamos a paridade humana”, comemora Xuedong Huang, chefe de cientistas da fala na companhia. No entanto, os cientistas explicam que a marca é importante, mas ainda está longe de ser perfeita, porque os humanos não são perfeitos.

As pesquisas para chegar até este ponto foram extensas e duraram décadas, mas o ritmo de evolução se intensificou nos últimos tempos. No mês passado, o sistema também já havia atingido uma marca importante, com uma pontuação de 6,3 WER, que ficou ainda um pouco atrás das capacidades humanas. Neste mês, a meta foi alcançada.

Este nível de precisão usou redes neurais que armazenam volumes enormes de informações, que são usados para treinar o sistema. Com isso, a inteligência artificial consegue reconhecer padrões de voz para conseguir transcrever a fala para texto.

O próximo passo é melhorar ainda mais o sistema e garantir que ele funcione em situações do mundo real, que vão muito além do que um laboratório pode proporcionar. É importante que o algoritmo seja capaz de reconhecer o que é dito também em restaurantes com barulho de fundo, em ruas movimentadas e em ventos fortes.

A conquista é importantíssima para o futuro da Microsoft, já que a grande aposta do mercado de tecnologia é que a inteligência artificial pode substituir os apps em um futuro não muito distante. Em vez de abrir um aplicativo para realizar uma função, dê um comando de voz para uma assistente virtual (no caso da Microsoft, a Cortana) realizar a ação por você; para este futuro se concretizar, o sistema tem que ficar cada vez melhor em entender comandos de voz. Xbox, Office, Windows também se beneficiam diretamente disso.

por RENATO SANTINO

Grupo desenvolve aparelho capaz de identificar emoções com sinais wireless

Pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) dizem ter conseguido desenvolver um aparelho capaz de determinar as emoções das pessoas utilizando análise de reflexão de sinais wireless.

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O aparelho, chamado EQ-Radio, envia sinais que atingem o corpo da pessoa e são refletidos de volta. Com isso, a máquina é capaz de medir a respiração e o batimento cardíaco, que ela irá analisar para descobrir se o usuário está se sentindo feliz, triste, com raiva ou ansioso.

“Nosso trabalho mostra que sinais wireless podem capturar informações sobre comportamento humano que não está sempre visível a olho nu”, conta Dina Katabi, líder do projeto.

De acordo com os pesquisadores, em um grupo de 30 pessoas entre 19 e 77 anos, o EQ-Radio conseguiu acertar 87% das emoções, uma taxa de sucesso que eles dizem ser maior do que a dos rivais, inclusive uma solução da Microsoft.

“Acreditamos que nossos resultados podem levar a futuras tecnologias que ajudarão a monitorar e diagnosticar condições como depressão e ansiedade”, completa Katabi. No vídeo apresentado, o grupo também comenta possibilidades de uso no entretenimento.

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Robôs tomarão 6% de todos os empregos nos EUA até 2021

A robótica e inteligência artificial realmente são coisas maravilhosas, mas um estudo aponta prospectos assustadores para o futuro. Segundo a conceituada empresa de pesquisas Forrester, em 2021, cerca de 6% dos empregos atuais nos Estados Unidos serão eliminados pelo uso de robôs para estas tarefas.

Chamados de agentes inteligentes, estes sistemas movidos por inteligência artificial poderão entender o comportamento humano e tomar decisões baseadas nestas interações. Estes robôs já são capazes de desempenhar papéis como assistentes virtuais, chatbots e sistemas automatizados via robótica como, por exemplo, carros sem motoristas humanos, que já estão em desenvolvimento por empresas como Tesla e Google.

Segundo o especialista da Forrester Brian Hopkins, responsável pelo estudo, em 2021 uma grande onda de inovação iniciará, cortando muitos dos empregos realizados por humanos. “Os maiores impactos serão sentidos em setores como transporte, logística, atendimento e serviços para consumidor”, afirmou Hopkins.

O estudo inclusive foi ilustrativo em mostrar como os robôs e inteligências artificiais serão os empregados do futuro, dizendo que drones farão a entregas de compras por exemplo, sendo que talvez nem as suas compras foram encomendadas por você: seu assistente virtual fez isso.

Para outros analistas, como Andy Stern, ex-presidente do Sindicato de Empregados no setor de serviços norte-americano, a marca de 6% é preocupante, levando em conta o cenário econômico mundial, que está cada vez mais escasso em empregos de tempo integral. “Teremos pessoas procurando emprego e com dificuldades para encontrá-los, pois as mesmas tendências se repetirão em outras áreas como bancos, varejo e saúde”, afirmou Stern. Via: The Guardian.

Por Leandro Souza

Via: The Guardian

 

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Robôs serão melhores de cama que qualquer ser humano

Máquina de sexo. A expressão está cada vez mais perto da realidade. De acordo com Joel Snell, especialista em robótica do Kirkwood College, em Iowa (EUA), nas próximas décadas os robôs serão tão desenvolvidos que vão se tornar melhores de cama do que qualquer “rival” de carne e osso.

“Porque podem ser programáveis, os robôs vão atender aos desejos de cada indivíduo”, disse ele, segundo reportagem do “Metro”. “O sexo robótico será viciante. Os robôs sempre estarão disponíveis e nunca vão dizer ‘não’. Assim, o vício será facilmente mantido”, acrescentou ele.

Boneca sexual hiperrealista à venda na internet

Boneca sexual hiperrealista à venda na internet

Especialistas em tecnologia e comportamento humano afirmam que, por volta de 2050, o sexo entre humanos e robôs será considerado comum. Alguns acreditam que se apaixonar por uma máquina não será mais tido como “aberração”. Exatamente como no clássico filme “Blade Runner”, em que o personagem vivido por Harrison Ford se apaixona por uma androide, chamada de replicante.

O mercado de bonecas hiperrealistas para fins sexuais está em franco crescimento, especialmente no Oriente.

 

 

 

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por Fernando Moreira

Detalhe da textura da pele de boneca

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Olhar para o futuro próximo, é olhar para a Inteligência Artificial

Inteligência Artificial será tão importante para a sociedade do século 21 quanto o microprocessador o foi para o século 20. Aqui no Brasil, no entanto, inserir a tecnologia produtos e serviços ainda parece ser um sonho distante para os executivos

por Cezar Taurion *

As inovações tecnológicas disruptivas podem provocar grandes impactos na maneira como os negócios operam. Se as empresas existentes ignoram ou demoram a adotar essas inovações, os novos entrantes passam a ter uma imensa vantagem competitiva e tendem a tornar irrelevantes e até mesmo tirar do mercado as “incumbents”.

No cenário atual, onde o novo normal é a volatilidade, incerteza, ambiguidade e complexidade, as organizações precisam ter a inovação em seu DNA, ou seja, torná-la uma atividade recorrente. Já em 2003,Gary Hammel em seu artigo “The Quest for Resilience” apontava: “In the past, executives had the luxury of assuming that business models were more or less immortal. Companies always had to work to get better, of course, but they seldom had to get different—not at their core, not in their essence. Today, getting different is the imperative”. A única chance de sobrevivência é, segundo ele, “for all these companies, and for yours, continued success no longer hinges on momentum. Rather, it rides on resilience—on the ability to dynamically reinvent business models and strategies as circumstances change”. E arremata “The goal is an organization that is constantly making its future rather than defending its past”. Inovar, portanto, não é uma questão só de conquistar vantagem competitiva, mas de sobrevivência empresarial!

A revolução tecnológica é real, convivemos com ela. Em 30 anos passamos a ter no bolso um computador (smartphone) com mais capacidade computacional do que os mainframes dos anos 80. Um gigabyte custava pelo menos US$ 100.00,00 e precisava de um gabinete do tamanho de uma geladeira. Hoje custa zero para usuários de serviços como Google Drive, DropBox e outros. Essa evolução é exponencial. Em poucos anos, praticamente todas as pessoas e as coisas do planeta estarão conectadas.

Na década passada, a disseminação da Internet e explosão da mobilidade com o icônico iPhone levou a criação de novos negócios como Uber, Airbnb, Facebook e YouTube. Hoje, precisamos olhar com atenção uma nova disrupção, similar ao potencial impacto do deslocamento de massas tectônicas no planeta: a Inteligência Artificial (IA). Seu deslocamento da pesquisa para o mundo real acontece pela convergência de fatores como aumento exponencial da capacidade computacional, Big Data, evolução dos algoritmos e Machine Learning. Me atrevo a afirmar que a IA será tão importante para a sociedade do século 21 quanto o microprocessador o foi para o século 20.

Já usamos pitadas de IA em nosso dia a dia. Algoritmos nos ajudam com recomendações na Amazon e Netflix. Facebook reconhece nossos amigos nas fotos que compartilhamos. Google acelera a velocidade da pesquisa usando algoritmos que preveem o que você está buscando, ajudando a completar o texto do termo a ser pesquisado. O Waze nos ajuda a escolher os caminhos com menos trânsito. Os veículos parcialmente autônomos já são realidade e os verdadeiramente autônomos estarão aí em breve. Um exemplo são os primeiros táxis sem motorista rodando (experimentalmente) em Singapura, como podem ler em “World’s First Self-Driving Taxis Debut in Singapore”.

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O que isso significa? Que as empresas que querem se manter competitivas no século 21 não podem ignorar o tsunami da IA que já está chegando. Aqui no Brasil, ainda mal começamos a usar Big Data (ainda está nos planos futuros da imensa maioria das empresas), e imaginar colocar algoritmos e IA em seus serviços e produtos ainda parece ser um sonho distante para os executivos das nossas empresas. Mas elas precisam entregar experiências melhores aos seus clientes e tomar decisões mais acertadas. Para isso algoritmos são a base essencial. Sem algoritmos você não consegue antecipar as necessidades dos seus clientes e nem fazer recomendações adequadas, que melhorem sua experiência. Algoritmos de Machine Learning podem analisar bilhões de sinais e identificar probabilidades de determinado cliente comprar um produto específico ou direcionar qual atendente do call center será mais adequado para atender a uma específica demanda. Mesmo as lojas físicas que respondem por mais de 90% das compras no Brasil podem usar IA através de chatbots, para interagir com seus clientes à medida que eles caminham pelos corredores. Analisando seu histórico como clientes, preferências e outras informações, podem recomendar produtos nas gôndolas. Vale a penaestudar o potencial dos chatbots.

Em resumo, a experiência que eu percebo na Amazon não tem similaridade com as que percebo na maioria dos sites de varejo brasileiros. Os apps que usamos na maioria das empresas brasileiras, de qualquer setor, seja de bancos, seguradoras ou varejistas não proporcionam experiência personalizada. São, em sua maioria, interfaces desktops adaptados para as telas dos smartphones, com mudanças cosméticas.

Por que isso? Creio que existem várias razões. Uma delas, com certeza tem sido a crise econômica dos últimos anos. Mas também coloco na lista o desconhecimento por parte de CEOs e CIOs do potencial da IA, a falta de talentos disponíveis (data scientists) e a precariedade da formação de profissionais para trabalhar com algoritmos e IA por parte da maioria das universidades daqui.

Quanto ao potencial, IA terá imenso impacto nos negócios e na sociedade. Vai mudar negócios, acabar com outros e criar novos. Vai eliminar empregos, transformar outros e criar novos. Vivemos em mundo de mudanças exponenciais e embora o termo IA tenha aparecido pela primeira vez nos idos de 1956, a evolução exponencial dos últimos anos vem acelerando o processo de forma fantástica. Nosso pensamento linear nos impede de olhar o futuro exponencial com clareza. Se pensarmos exponencialmente, ao olhar os próximos dez anos devemos comparar o mundo como era não em 2006, mas como o era em 1956! Nem o mainframe IBM /360 existia!

O que recomendo? Estudar com mais atenção o impacto da IA nos negócios, na sociedade e na maneira como as empresas operam. Por exemplo, um artigo da MIT SLoan Management Review mostra a drástica transformação que está por vir nas funções dos gestores das empresas. Sim, a função exercida hoje pelos gerentes e diretores também sofrerá impacto significativo. Vale a pena ler o artigo “Using Artificial Intelligence to Humanize Management and Set Information Free”. Esse artigo, também do MIT SLoan, “Rise of the Strategy Machines” mostra que até o papel de criar estratégias poderá, em parte, ser efetuado com IA: “We may be ahead of smart machines in our ability to strategize right now, but we shouldn’t be complacent about our human dominance”…Na verdade, nós humanos não somos tão bons assim. Um estudo mostrou que a probabilidade de sucesso de acordos de M&A (Fusões e aquisições) efetuados por estrategistas é similar à de jogarmos cara ou coroa. E que 83% desses acordos falham em alcançar os objetivos definidos

As profissões e funções que efetuamos hoje serão transformadas. Recomendo a leitura do artigo “How do you get a job that doesn’t exist yet?” publicado pelo World Economic Forum. À medida que a tecnologia e a IA se entranham na nossa vida, novas funções serão criadas e a atuais substituídas ou alteradas. Fica a pergunta: como as empresas estão olhando esse futuro próximo?

Esse é o mundo que já começamos a trilhar. Os sinais de mudança aparecem aqui e ali, e talvez muitas empresas não prestam a devida atenção. Estamos em uma sociedade cada vez mais hiperconectada e digital. O mundo digital, a computação e os algoritmos de IA estarão tão inseridos no nosso dia a dia que talvez nem tenha mais sentido, no futuro, falar em indústria

de TI, pois todas as empresas de alguma forma serão de TI. O que é um Uber, Airbnb, Facebook, Alibaba, Amazon? Empresas de tecnologia ou de transporte, hospedagem, varejo? Pensem nisso!

 

(*) Cezar Taurion é CEO da Litteris Consulting, autor de seis livros sobre Open Source, Inovação, Cloud Computing e Big Data

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