A “adolescência” do seu cérebro dura até os 24 anos.
Adolescência vai até os 24 anos, dizem médicos

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Fatores ambientais e sociais podem causar alterações biológicas que levam à depressão. A chave para o entendimento dessa relação de causalidade é a noção de que o estresse pode modular o sistema imune , o qual influi no funcionamento do sistema nervoso central (SNC). Primeiramente, o SNC, que é a “porta de entrada” para o estresse no nosso organismo pode estimular a imunidade por duas vias principais. A primeira é uma alteração epigenética difusa, enquanto a segunda envolve a especificação do cortisol.
O estresse é uma ferramenta importante pela qual nosso corpo pode se preparar para situações de perigo hipotéticas e futuras. Para tanto, o corpo humano evoluiu a ponto de que o perigo, mesmo que simbólico, causa alterações que vão desde um comportamento de prepo para luta/fuga até a pré –ativação de mecanismos de defesa contra patógenos. O primeiro modo com que o corpo se prepara é ativando o sistema autônomo simpático causando uma liberação difusa de noradrenalina por todo o corpo.A noradrenalina, por sua vez, em contato com as células de defesa, causa alterações epigenéticas nestas células que promovem a expressão de genes pró-inflamatórios e de combate a patógenos bacterianos, ao mesmo tempo em que inibem vias de comunicação intracelular importantes para a imunidade antiviral. Sendo assim, a estimulação simpática modula o nosso sistema imune para combater bactérias em detrimento do combate viral.

A segunda via que envolve o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é maislenta e de longa duração, tendo um papel central na origem da depressão. Em situação de perigo, níveis altos de cortisol são liberados pelas suprarrenais para efeitos sistêmicos e pontuais, dentre os quais estão, o “recrutamento de reservas energéticas para lidar com ameaças momentâneas” e a depressão imunológica, ou redução da inflamação. O problema é que, comprovadamente, a constante ativação do cortisol torna as células imunes progressivamente insensíveis à sua ação (estado de resistência ao cortisol), de maneira que, quando o cortisol for liberado a fim de inibir a inflamação, seus efeitos não mais serão suficientes, contribuindo para um contínuo e sistêmico estado pró-inflamatório.
Para exemplificar, imagine um ser humano primitivo, que se encontre em uma situação de perigo futuro iminente, como ter avistado um leão em uma savana, ou ter sido abandonado pelo seu grupo. Em ambos os casos é muito provável que este nosso ancestral se depare com inúmeros desafios à sua sobrevivência, de forma que a ativação do sistema simpático e do sistema hipotálamo-hipófise-adrenal são de grande ajuda. Já as ameaças percebidas pelo homem moderno são de natureza mais sutil, porém mais constantemente presentes em seu cotidiano.

Romper laços amorosos, ser rejeitado por um grupo de amigos, ter cobranças no trabalho ou perceber a
ameaça de uma demissão são situações que em nada tem a ver com perigos para o nosso corpo. Entretanto mas que acionam nossas respostas ao estresse e de modulação do sistema imune. Ademais, ao contrário de representarem eventualidades, são uma constante na vida contemporânea. Dessa maneira, uma via originalmente fisiológica, agora se caracteriza como patológica, pois não mais nos protege contra um perigo iminente, mas mantém continuamente nosso corpo num estado pró-inflamatório, que pode contribuir para depressão.
Agora devemos caracterizar como o sistema imune vai influir no SNC. O estado pró-inflamatório consiste na maciça liberação de citosinas como, TNF-α, IL-1, IL-6, que além de perpetuar o estado inflamatório, podem agir no SNC. Uma vez dentro do encéfalo, essas citosinas cronicamente levam ao um estado conhecidosiknessbehavior e a longo prazo à neurotoxidade, que seria a causa imediata da depressão, se não à depressão em si.
Os fatos que levaram os autores a elaborar essa teoria, são os seguintes. Do estresse à depressão: diversos estudos comprovam que pessoas submetidas a eventos traumáticos na infância têm a propensão muito maior de desenvolver o transtorno depressivo maior, o que se justifica pelo fato de que o trauma torna a pessoa mais sensível ao estresse criando um ciclo vicioso entre estresse, ativação de vias pró-inflamatórias concomitante ao “comportamento estressado”, retornando para uma nova situação de estresse. Do estresse à inflamação: outros estudos muito bem reproduzidos mostram que situações de estresse, principalmente, as que envolver rejeição interpessoal levam ao estado pró-inflamatório e à liberação das citosinas já citadas. Da inflamação à depressão: também é observado em estudos que estresse, liberação de citocinas e ativação de regiões do cérebro conhecidamente relacionadas com a depressão, como o giro do cíngulo são concomitantes em vários testes. Outro fator, é que a expressão de citocinas pró-inflamatórias é comprovadamente mais elevada em pessoas com depressão.

É importante ter em mente que esta teoria também permite explicar situações até hoje não muito bem entendidas sobre a depressão, a primeira é que doenças autoimunes como “reumatismo, fibromialgia” e depressão costumam aparecer juntas já que, tanto uma quanto a outra teriam causa imune, mas também é importante salientar que estudos epidemiológicos não estabelecem uma relação de causa e consequência entre ambos. Outro fato intrigante também explicado por essa teoria é o sucesso de muitos ensaios clínicos em tratar a depressão com agente inflamatórios inibidores de cicloxigenase (COX), particularmente em um ensaio, paciente que tomaram AS, não só tiveram melhora, como o anti-inflamatório por si só diminuiu em mais da metade o número de refratários aos antidepressivos convencionais. E por fim, os efeitos benéficos dos tratamentos disponíveis hoje não entra em conflito com essa teoria, pois pacientes submetidos a psicoterapia, medicação antidepressiva e até mesmo terapias como yoga, apresentam menores níveis de citocinas pró-inflamatórias.
Victor Colpo e Bruno Ernandes- alunos do Curso de Medicina FCS-UFGD

Um novo estudo mostra que a herança genética materna é mais determinante na hora de definir a inteligência de um ser humano.
Investigadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, detetaram que, apesar de não ser o único fator, a herança genética da mãe é determinante para definir a inteligência de um ser humano.
Segundo o The Independent, isto deve-se ao facto das mulheres terem dois cromossomas X, enquanto que os homens possuem apenas um.
Os cientistas concluíram que alguns dos genes que contribuem para as funções cognitivas avançadas, denominados “genes condicionados”, só se ativam quando vêm da progenitora, uma vez que a versão masculina acaba por se tornar inativa durante o desenvolvimento do bebé.
Para chegar a esta conclusão, a equipa de investigação analisou ratos geneticamente modificados.
Os animais que tiveram uma dose extra de genes maternos desenvolveram um cérebro maior e um corpo mais pequeno do que aqueles em que predominavam os genes paternos.
Por outro lado, as células de origem masculina estavam mais ligadas ao sistema límbico, que regula, por exemplo, as emoções, a fome e a sexualidade.
No entanto, além da genética – que determina entre 40% a 60% da inteligência -, também é crucial o ambiente em que se cria o menor e o vínculo que este tem com a sua mãe.
De acordo com o jornal britânico, investigadores da Universidade de Washington concluíram que uma forte relação emocional com a progenitora tem um impacto significativo no desenvolvimento de algumas áreas do cérebro.
Deste modo, crianças que têm essas condições possuem um hipocampo maior, a área do cérebro associada à memória, à aprendizagem e à resposta relativamente ao stress.
Claro que isto não significa que os pais não representem um importante papel no crescimento de um filho.
Tal como afirmam os cientistas, há outros genes determinantes como, por exemplo, aqueles ligados à intuição e às emoções, que podem ser herdados dos pais e que também são uma importante chave para o desenvolvimento da inteligência.
ZAP / RT

Você já imaginou quantos efeitos a nossa mente tem sobre nosso comportamento? Isso pode influenciar diretamente em nossas decisões.
A nossa mente é uma caixinha de surpresas, é ela que comanda nossos pensamentos, emoções e nossas ações.
Pensando nisso, selecionamos 5 efeitos psicológicos que alteram a forma como nos comportamos.
Seleção traz 5 efeitos psicológicos que alteram a forma como nos comportamos, e influência nas nossas decisões.
1. Pessoas que cometem mais erros são mais agradáveis: cometer erros nos faz mais humanos, e, além disso, transmite mais simpatia.
2. Criar muitas expectativas pode levar a uma nova realidade: há evidências de que o pensamento de uma pessoa pode alterar a realidade. O que uma pessoa espera de outra pode se converter em uma profecia autorrealizável.
3. Quanto mais escolhas você faz, menos satisfeito fica: quando há muitas possibilidades de escolha, é mais difícil ficar satisfeito com a decisão.
4. Quanto mais pessoas perceberem que você precisa de ajuda, menos irão lhe ajudar: frequentemente, quando muitas pessoas presenciam um acidente elas não ajudam as vítimas, pois pensam que alguém ajudará ou já ajudou. Mas se uma pessoa souber que somente ela pode ajudar, ela atua com mais dedicação.
5. Seus erros não são tão notados como você imagina: a insegurança que sentimos a cada vez que erramos nem sempre é real. As pessoas notam nossas falhas com muito menos frequência do que pensamos.
Fonte: Incrivel.club

A chef de cozinha Rita Lobo elaborou o curso `Comida de Verdade¿ com base no Guia Alimentar para a População Brasileira e falou com gestores da área sobre como adotar as orientações
O XIV Encontro Nacional da Rede de Alimentação e Nutrição do SUS, que acontece entre os dias 04 e 05 de outubro, em Brasília, conta com a presença da chefe de cozinha Rita Lobo. Com 20 anos de experiência em gastronomia, a apresentadora dividiu com os representantes da área de alimentação e nutrição e do Programa Bolsa Família das Secretarias Estaduais de Saúde e de Secretarias Municipais de Saúde como usufruiu do conteúdo Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, para construir o curso online Comida de Verdade.
Fortalecer as ações de promoção à saúde e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão, diabetes e obesidade, e dos seus fatores de risco modificáveis, é uma das prioridades da atual gestão da pasta, que tem desenvolvido ações de dentro para fora do Ministério. “Uma das prioridades do Ministério da Saúde é a prevenção e promoção de saúde. Melhor do que ser muito bem atendido no posto de saúde, é não precisar ir ao posto. A alimentação saudável e o exercício físico são a base fundamental para ter uma boa qualidade de vida. Hoje o problema da alimentação não é mais a desnutrição, é o sobrepeso, obesidade. E eles geram consequências sérias, como as doenças crônicas”, ressaltou o ministro Ricardo Barros.
Defensora de uma alimentação saudável e natural, Rita elaborou o material educativo junto com o professor Carlos Augusto Monteiro do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP). “O guia foi uma grande inspiração para este curso que elaborei em parceria com a USP. O que fizemos foi pensar nos dez maiores obstáculos que o cidadão comum tem para fazer uma alimentação saudável e desmitificar um por um”. Para estimular o debate sobre ganho de qualidade de vida por meio da alimentação saudável, o Ministério da Saúde Rita Lobo também participou de um bate papo com os servidores da pasta.
Em entrevista ao Blog da Saúde, Rita Lobo destaca que cultura gastronômica é o que bloqueia comida pronta e ultraprocessados
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL – Em julho deste ano, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou portaria que traz as diretrizes para promoção da alimentação saudável nas unidades da pasta em todo o país. O documento definiu as Diretrizes para Promoção da Alimentação Adequada e Saudável que abrange tanto as refeições disponibilizadas no restaurante da pasta quanto nas cantinas e eventos realizados pelo órgão. A maior parte da oferta deve ser de alimentos dos grupos: cereais, raízes e tubérculos, verduras e legumes, frutas, castanhas e outras oleaginosas, leite e derivados, carnes, ovos e pescados.
Também ficou proibida a venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo. A proposta é estender essas regras aos demais órgãos e entidades da administração direta federal.
O Guia Alimentar para a População Brasileira foi lançado pelo Ministério da Saúde em 2014. A publicação relata os cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada. Para complementar o Guia, em 2015 foi lançada a publicação Alimentos Regionais Brasileiros que divulga a variedade de alimentos no país e orienta as práticas culinárias, estimulando a valorização da cultura alimentar brasileira.
Para melhorar a alimentação do brasileiro, a pasta ainda possui um Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados que tem a meta de tirar 28.562 toneladas de sódio dos alimentos processados até 2020. A ação reduziria em 15% os óbitos por AVC e 10% por infarto.
Escrito por Agência Saúde