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Neuromarketing: entendendo o cérebro do consumidor

Neuromarketing: entendendo o cérebro do consumidor

Unindo marketing e ciência, o neuromarketing nos ajuda a entender as decisões dos consumidores.

Entender e conhecer o consumidor não são tarefas fáceis. Se você pensa que questioná-lo sobre seus sentimentos e desejos é o suficiente, está na hora de rever seus conceitos. Diversos estudos já comprovaram que o cérebro é um dos principais responsáveis pelas escolhas das pessoas. E é claro que isso também se reflete no seu comportamento de compra.

Sabemos que de uns tempos para cá nossa sociedade tem mudado e uma nova consciência de consumo aparecido. Mais do que nunca, precisamos entender melhor um conceito importante no processo de conhecimento real do cliente: o neuromarketing. Pode parecer besteira, mas a neurociência explica, e muito, o motivo de diversas decisões, inclusive na hora da compra.

Por muitas vezes ouvi falar sobre esse tema e sempre pensava: “cara, isso não faz sentido”. Porém, com o tempo e a necessidade de me reinventar, resolvi estudar um pouco mais o conceito. A primeira coisa que fiz quando comecei minha empreitada foi me colocar no lugar do consumidor. Comecei a “racionalizar” o que de fato me fazia preferir um produto ou outro. A conclusão que cheguei? É que o neuromarketing faz toda a diferença na estratégia de uma empresa, principalmente na sua comunicação com o cliente. Afinal de contas, é aí que você mostra quem é e ao que veio. Então, vamos nessa aprender um pouco mais sobre isso?

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Mas, afinal, o que é o neuromarketing?

O termo se refere a um dos temas mais recentes estudado pelos profissionais de Marketing. Sua essência vem da união da neurociência com a pesquisa do comportamento do consumidor. Em resumo, a neurociência estuda como o cérebro e o sistema nervoso influenciam as decisões das pessoas. O Marketing, com base nessas informações, tenta entender de que forma isso pode ser aplicado em suas ações.

Ao unir Marketing e Ciência, fica mais fácil compreender a lógica de consumo, ou seja, o que leva as pessoas a terem interesse por um determinado produto. Os estudos levam em consideração as reações cerebrais aos estímulos externos e já comprovaram que as decisões de consumo são oriundas do subconsciente. As análises dessas reações geralmente são feitas por exames como a ressonância magnética funcional e o eletroencefalograma, que captam as atividades neurológicas.

Parece muito blá blá blá, né? Mas pesquisas realizadas por especialistas no assunto comprovaram que estimular memórias, emoções e experiências positivas é o que faz um cliente se lembrar e se afeiçoar a uma determinada marca. Essas informações são poderosas quando se quer atingir em cheio o coração dos nossos consumidores. As técnicas de Marketing, com base nesses estudos, podem ser aplicadas em qualquer material publicitário, seja online ou físico.

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Toda essa história de neuromarketing teve dois precursores: um professor de Marketing da Holanda, chamado Ale Smidts, e o médico-pesquisador norte-americano de Harvard, Gerald Zaltman. Os estudos tomaram forma a partir de 1990 e os benefícios que eles podem trazer aos empresários, entre outros, envolvem:

– Criação de campanhas mais focadas nas respostas do subconsciente dos consumidores;

– Entender as reações dos clientes a itens como cor, som, cheiro, textura, formato, sabor, entre outras características do produto;

– Entender as reações dos clientes previamente à finalização de campanhas publicitárias;

– Aplicação de pesquisas de desenvolvimento de produtos ou campanhas com resultados mais próximos à realidade.

E como posso aplicar isso à minha realidade?

Bom, nem sempre é fácil aplicar os conceitos de neuromarketing no seu negócio. Aqui, tentaremos dar uma ideia de como isso pode ser feito. Existem algumas técnicas que você pode aplicar na sua comunicação com o cliente que ajudam a “atingir o cérebro do consumidor”. Pela minha experiência como jornalista e empreendedora, essas dicas são super úteis a partir do momento em que você conhece bem o seu consumidor e sabe como e para quem está falando. Sem isso, elas podem acabar sendo mais um “tiro no pé”. Por isso, recomendo que antes de colocá-las em prática você avalie quais são as principais “dores” dos seus clientes. Vamos lá?

1) Mostre ao consumidor que ele não pode viver sem o seu produto! Em outras palavras, aproveite situações corriqueiras do dia a dia do seu consumidor para mostrar para ele como tudo pode ser mais fácil ao adquirir seu produto ou serviço. As relações custo x benefício e vantagens x desvantagens podem ajudar nesse processo de comunicação com o consumidor. Use-as principalmente nas campanhas publicitárias e peças gráficas que produzir. Também vale para suas publicações nas redes sociais.

2) Use linguagem simples, direta e familiar. Vai falar com o cliente? Aplique essa técnica. Vai produzir uma campanha? Faça o mesmo. Ou seja, em qualquer ponto de contato com o seu cliente essa é a melhor forma de atingir o “coração” e, consequentemente, o “cérebro” dele. Conhecendo bem o seu público, não há erro na definição dessa “voz”.

3) Mais é menos. Não adianta você acertar na “voz” e na construção de sua campanha se você “falar demais”. É comprovado cientificamente que a atenção e o foco são mantidos durante um período aproximado de três minutos. Portanto, seja objetivo. “Mais do mesmo” e “encher linguiça” não vão criar reações positivas nos seus clientes.

4) Estimule o visual e a emoção. O cérebro se apega a cores, sons, texturas, cheiros e tudo que gere de alguma forma sentimentos e emoções. Portanto, use isso a seu favor. Se você se colocar no lugar do consumidor, como seu produto atua nesse sentido? Ele tem uma cor ou embalagem que é só dele, como a Coca-Cola, por exemplo? Tem um cheiro próprio, como o das lojas Subway? Que sentimentos você passa para seus clientes através do seu produto ou serviço? Como o cérebro toma as suas decisões de forma inconsciente, estimular esses sentidos faz toda a diferença na hora do seu consumidor definir sua compra.

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Para aprofundar o conhecimento

Agora que você já sabe um pouco melhor o conceito e como pode usá-lo, queremos deixar algumas dicas de como se aprofundar no neuromarketing:

1) Leia o livro “A lógica do consumo”de Martin Lindstrom. Com casos reais ligados ao tema, o autor mostra as reações neurológicas a campanhas publicitárias e explica os fatores de sucesso de um produto com base na ciência.

2) Pesquise sobre a Psicologia do Consumo. Esse é outro campo de estudo bem interessante para entender melhor os sentimentos e emoções que envolvem o consumidor no processo de compra.

3) Entenda um pouco melhor o conceito de persona ou avatar. Nem tudo que vai servir para um grupo de consumidores, servirá para outro. Temos reações, emoções e sentimentos que variam de acordo com cada situação. O mesmo acontece com os produtos e serviços.

4) Se aprofunde nos conceitos de Neurociência do Consumidor e Neuroeconomia. Basicamente, o primeiro trata da aplicação de métodos científicos em pesquisas de mercado. O segundo refere-se ao estudo das reações neurológicas aos fatores econômicos.

5) Exercite o neuromarketing em você. Você também é consumidor, certo? Um bom teste é analisar as campanhas e produtos friamente. Sinta o que uma determinada peça publicitária te trás de sentimentos. Como você se sente ao consumir aquele produto? Essas sensações te ajudarão a achar o melhor caminho para o seu negócio.

Com um pouco de estudo e dedicação sem dúvida você estará preparado para encontrar o melhor caminho para incluir os conceitos e técnicas de neuromarketing nas suas interações com os consumidores. Eles serão essenciais, principalmente na definição de como você vai falar com ele. Já pensou o quão eficiente a sua comunicação pode se tornar se você o conhecer de forma tão profunda? E os lucros e benefícios que isso pode te trazer, então, nem se fala!

por, Ana Quintela Precci

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Descoberto um gene que causa a depressão

Cientistas russos identificaram um dos genes que causa a depressão, ao cabo de anos de uma procura que ainda não terminou, pois pode haver ainda dezenas por descobrir.

“Até agora não se tinha encontrado um único gene que fosse catalisador da depressão”, afirmou à agência Efe a bióloga Tatiana Axenovitch, professora no Instituto de Citologia e Genética de Novosibirsk, na Sibéria.

A procura pelos genes da depressão fez-se com computadores e modelos matemáticos de análise genética, usando dados estatísticos compilados pelo Centro Erasmo de Roterdão, que se dedica a estudar a doença, e pode ajudar a criar medicamentos mais eficazes.

Tatiana Axenovitch acrescentou que “foi muito difícil localizar o gene, porque não existe só um, ninguém sabe exatamente quantos são, mas podem ser dezenas”.

Com um gene identificado, poderão ser criados medicamentos novos contra uma doença que se tornou um problema de saúde pública e que depende em 40% de fatores genéticos e 60% de fatores ambientais.

“Por exemplo, com a ajuda do gene poder-se-á investigar mais profundamente o mecanismo que faz aparecer os sintomas depressivos”, destacou.

A investigadora afirmou que “as circunstâncias da vida e o stress a que se está sujeito são fatores decisivos” e salientou a dificuldade de fazer um diagnóstico, porque a doença se manifesta com gravidade, intensidade, duração e frequência diferentes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, um dos principais obstáculos para curar a depressão é o diagnóstico errado, já que há pessoas que sofrem da doença e nunca são tratadas, enquanto, por outro lado, se receitam antidepressivos com demasiada ligeireza.

Os números da organização apontam para 350 milhões de pessoas afetadas pela depressão, a principal causa de incapacidade laboral no mundo.

Afeta mais mulheres que homens e estima-se que entre 08 a 15% das pessoas sofre de depressão durante a sua vida.

 

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Descubra como a educação pode ser uma forma de proteger o cérebro

A neurociência tem muito a pensar sobre o papel da educação, incluindo os seus impactos da educação no cérebro

Descubra como a educação pode ser uma forma de proteger o cérebro | Fonte: Shutterstock

A neurociência fornece dados concretos para defender que a inteligência e as habilidades de alguém não são uma característica fixa e inalterável. Quando se diz que alguém “é muito inteligente, que é bom em matemática e com novas línguas”, a ideia passada é que sempre foi assim. Mas não é dessa forma que o cérebro funciona: temos que pensar na educação como um desenvolvimento constante do cérebro.

Facundo Manes falou sobre o assunto no Observatorio Iberoamericano de Neurociencias y Educación (OINE), na sua palestra de nome “Educar com o Cérebro em Mente”. Para ele, a educação é uma parte essencial de um cérebro bem desenvolvido, e o primeiro passo para uma educação melhor é perceber que se trata de um desenvolvimento (e agir como tal).

Ao elogiar uma criança pela sua inteligência como se fosse algo nato, e não pelo seu esforço, o educador acaba acidentalmente desencorajando o estudante de aprender mais. Afinal, ele já é inteligente. E o pior: se ele falhar, não verá isso como uma oportunidade de se esforçar mais, mas como um sinal de que o seu título de “inteligente” foi tirado.

Esse é apenas um dos mitos sobre o cérebro que devem ser erradicados dentro do mundo da educação, de acordo com Manes. Outro deles é o de que o ser humano só usa 10% do seu cérebro, e ainda que fazer várias coisas ao mesmo tempo é bom para o cérebro.

Manes cita a crença de que jovens não se cansam porque estão constantemente interagindo com várias mídias ao mesmo tempo, sempre conectados. Para ele, isso não é algo positivo. O cansaço é bom para o cérebro, e cansar a mente é algo que a educação faz muito bem.

Isso é devido ao fato de que nossos recursos cognitivos serem limitados e que precisam ser exercitados. A falta de cansaço significa que o cérebro não está sendo levado aos limites, mas apenas trabalhando em níveis baixos, como em ações que não exigem muito pensamento, que são feitas no “piloto automático”.

O papel da educação nesse cenário é imenso. A ligação permanente provoca estresse na pessoa. Nosso cérebro é o produto de uma evolução de milhares de anos, a alfabetização foi criada há mais de 7 mil anos atrás, mas mesmo que a tecnologia seja fantástica, ela tem um custo de produção na nossa mente. Por isso é preciso ter cuidado e saber educar numa sociedade digital.

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A experiência dolorosa

A dor é definida como uma “sensação desagradável e uma experiência emocional relacionadas a um dano tecidual presente ou potencial, ou descrito nesses termos”. A dor, experiência subjetiva, é sobretudo um evento neuropsicológico pluridimensional.

A dor é um fenômeno neurológico pluridimensional.

A dor é definida como uma “sensação desagradável e uma experiência emocional relacionadas a um dano tecidual presente ou potencial, ou descrito nesses termos”. A dor, experiência subjetiva, é sobretudo um evento neuropsicológico pluridimensional. Poderíamos falar em 4 componentes do processo doloroso:

  1. Componente sensorial-discriminativo: corresponde aos mecanismos neurofisiológicos da nocicepção, assegurando a detecção do estímulo e a análise das características qualitativas e temporoespaciais;
  2. Componente afetivo: expressa a conotação desagradável, incômoda, ligada à percepção da dor;
  3. Componente cognitivo: reflete um conjunto de processos suscetíveis de modular as outras dimensões, como os fenômenos de atenção, distração, sugestionabilidade, expectativa, referência a experiências do passado, vivenciadas ou observadas;
  4. Componente comportamental: corresponde ao conjunto das manifestações observáveis, sejam elas fisiológicas (parâmetros somatovegetativos), verbais (como queixas e gemidos) ou motoras (imobilidade, agitação, atitudes antiálgicas, dentre outras).
  Fonte: Cambier, J., Masson, M., Dehen, H.. Neurologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
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A infância é a fase mais feliz da vida. Criança não tem problemas. Será?

Ansiedade e depressão na infância e o impacto sobre o aprendizado- um texto para educadores, por Elisabete Castelon Konkiewitz

Sinais sutis e indiretos podem indicar grande sofrimento. Fique sempre atento aos desenhos, encenações e variados comportamentos e formas de expressão. A criança muitas vezes não verbaliza os seus problemas, mas sempre os revela.

Depressão 

A depressão é doença frequente também em crianças. Estatísticas americanas apontam para uma frequência de 0,9% em pré-escolares, 1,9% em escolares e 4,7% em adolescentes.

Existe forte predisposição familiar, havendo um padrão de herança provavelmente do tipo poligênico, multifatorial.

As manifestações podem ser tão diversas, que é preciso muita sensibilidade na observação da criança. Esta pode mostrar-se triste, chorona, desinteressada, ou agressiva, arredia, irritada, intolerante. Pode também causar a impressão de deficiência intelectual, pois a depressão pode causar dificuldade de concentração, memorização, lentificação das reações e atraso no desenvolvimento neuro psicomotor.

Outra possibilidade é a de a depressão se mostrar apenas através de queixas físicas: dores de cabeça, de barriga, insônia, perda de apetite, etc.

Na adolescência pode haver abuso de álcool ou outras drogas, devido a uma tentativa da criança de se automedicar, buscando uma saída, mesmo que temporária, desde estado insuportável de desesperança e angústia.

 

Para o diagnóstico a criança deve apresentar, pelo menos, cinco dos seguintes sintomas, por um período de, pelo menos, duas semanas:

  1. Humor deprimido na maior parte do dia. Na criança o humor pode ser irritável
  2. Desinteresse, falta de prazer
  3. Perda ou ganho de apetite/peso
  4. Insônia ou hipersonia
  5. Agitação ou retardo psicomotor
  6. Fadiga ou perda de energia
  7. Sentimento de inutilidade, ou culpa, autodepreciação
  8. Diminuição da concentração
  9. Pensamentos de morte
  10. Humor deprimido na maior parte do dia. Na criança o humor pode ser irritável

 

O tratamento deve ser instituído por um profissional, que então optará por um acompanhamento psicoterápico, com um trabalho também com a família. Casos mais acentuados tornam o uso de medicação necessário.

Violação das mulheres sabinas: concepção de guerra de Picasso centrada no sofrimento das vítimas, em particular das mulheres e crianças. Ele simplifica as pinturas para se concentrar na brutalidade da morte pela espada. Os soldados, suas armas e seus cavalos são ampliados e são dados proeminência como uma representação simbólica do poder dos exércitos do estado sobre indivíduos. Os passos dos soldados no peito de uma criança e a angústia da mãe são mostrados através da deformidade de suas poses desamparadas.

Transtornos de ansiedade

Transtorno de ansiedade de separação: consiste no transtorno de ansiedade mais comum na infância, presente em cerca de 3 a 4% das crianças em idade escolar. Ocorrem angústia e ansiedade extremas quando a criança imagina, ou se vê em uma situação na qual possa haver a sua separação da pessoa que a cuida (geralmente a mãe, ou quem faça o papel de mãe), ou de pessoas muito queridas. Há preocupações excessivas de que um evento possa ocorrer e levar à separação. A criança fica imaginando situações, nas quais a mãe possa morrer, ir embora, fugir, ser roubada, etc.  Uma consequência pode ser a relutância em ir à escola. Interessante é que este medo pode se manifestar através de queixas somáticas, como dor de cabeça, dor de barriga, pesadelos, entre outros.

 

Transtorno de Ansiedade Generalizada: a criança mostra uma preocupação excessiva em relação ao futuro, ao desempenho, à competência, à aprovação e opinião de outros. São crianças tensas, incapazes de relaxar e, frequentemente têm queixas somáticas.

 

Mesmo fora de fins de pesquisa – para os quais , de fato, foi desenvolvida -, a escala abaixo apresenta questões que podem guiar o profissional na suspeita de ansiedade na criança e na indicação de  um aprofundamento diagnóstico

 

ESCALA TRAÇO-ANSIEDADE INFANTIL (mais que 41 pontos indica ansiedade)

Nome:________________________Sexo:______________Idade:_____Data:________

Vocês encontrarão aqui indicações, descrevendo os comportamentos infantis ou seus problemas. Leiam atentamente as indicações e escolham o grau de sofrimento da criança em relação ao problema apresentado. Indique:

0: ausente; 1: raramente; 2: frequentemente; 3: sempre.

  1. Tem tendência a se mostrar inquieto ou a ficar preocupado a propósito de qualquer coisa (exames, competições,doenças de pessoas próximas, brigas entre os pais…).
  2. Tem tendência a preocupar-se, evitar ou recusar situações novas.
  3. Tem tendência a ter dores de barriga.
  4. Tem tendência a preocupar-se ou evitar pessoas que não lhe são familiares.
  5. Tem tendência a perguntar muito a respeito de fatos cotidianos.
  6. Tem tendência a preocupar-se com a volta às aulas, as idas ao quadro negro, os exames.
  7. Queixa-se de dores de cabeça.
  8. Queixa-se de vários tipos de dores.
  9. Tende a ser irritável, nervoso, reclamando de tudo.
  10. Tem a tendência de perguntar muito no que se refere a temas insólitos ou surpreendentes.
  11. Queixa-se, espontaneamente, de esquecimento ou lacunas de memória.
  12. Preocupa-se com o que os outros pensam a seu respeito (colegas, professores, instrutores etc.).
  13. Recusa-se a ficar sozinho ou tem medo da solidão.
  14. Abandona rapidamente as tarefas iniciadas.
  15. Chora facilmente
  16. Procura situações de segurança (por contato físico, pela presença e pessoa familiar, por encorajamento).
  17. Tem medo de escuro.
  18. É sensível às críticas.
  19. Apresenta recusas sistemáticas e apresenta “caprichos” (para levantar-se pela manhã, para se vestir, para lavar-se, para fazer as lições da escola, etc.).
  20. Duvida de seu valor e de seu sucesso (escolar, esportivo etc.).
  21. Justifica os maus resultados escolares por esquecimento ou falhas de memória.
  22. É instável, agitado, superexcitado.
  23. Tem tendência a apresentar problemas digestivos (náuseas, vômitos, diarreias).
  24. Tem dificuldades para se alimentar (apetite caprichoso, recusas alimentares).
  25. Preocupa-se em ter mau desempenho ou fazer mau aos outros exames, competições, relacionamento com os colegas ou professores).
  26. Tende a se distrair ou apresenta dificuldades em se concentrar.
  27. Rói unhas.
  28. Queixa-se de opressão no peito, ou dificuldades em respirar (independentemente de esforço físico).
  29. Tem dificuldades de sono (recusa-se a deitar, tem rituais de adormecimento, exige companhia).
  30. Dificuldades em engolir (queixa-se de uma bola na garganta).
  31. Sobressalta-se com ruídos.
  32. Apresenta pesadelos frequentes.
  33. Queixa-se de que o coração bate muito forte (independentemente de esforço físico).
  34. Tem tendência a apresentar movimentos nervosos (tremores, tiques).

FONTE: Francisco B. Assumpção Jr. Cristiane Renate Resch Arquivos Brasileiros de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal – Vol 1 0 0 Nº 0 1 ; Jan/Fev/Mar 2 0 0 6

Fobia Social: a criança apresenta uma timidez excessiva, uma grande inibição, em diferentes situações sociais: falar ou comer em público. Ela teme ser tida como estúpida ou ridícula. Também aqui podem ocorrer sintomas físicos extremamente desagradáveis, como, tremor, dor de barriga, náusea, vômitos, falta de ar, aperto na garganta, calor ascendente, palpitação, etc.

Transtorno de pânico: caracteriza-se por ataques imprevisíveis e inesperados de grande medo, sufocação, sensação de perigo morte, palpitação, dentre outros sintomas, com duração média de 15 minutos a meia hora.

 

Fobias Específicas: neste caso a sensação de medo e ansiedade é desencadeada pelo contato com um fator específico, como exposição à altura, lugares fechados,  animais, etc.

 

Fobia Social: Uma criança com fobia social sente um excesso de ansiedade quando está numa situação em que se vê exposta à observação de outras pessoas. Exemplos são  falar, ou ler em voz alta em sala de aula, comer na presença de outras crianças, ir a festas, escrever no quadro negro, usar banheiros públicos, falar com professores ou orientadores e mesmo brincar com outras crianças. Nessas situações relatam sentir calafrios, palpitações e enjôos, sentir o rosto ficar “vermelho”, suar frio, etc. Seu sofrimento é tão intenso a ponto de impedir a realização de tais atividades, pois existe o medo de que os outros percebam sua ansiedade, o que tornaria a situação ainda mais humilhante ou embaraçosa para si.

Pelas próprias características deste transtorno, os pequenos não se queixam do problema e preferem se esconder e se isolar do convívio social. Assim, a criança não tem coragem de tirar dúvidas com a professora, ler em voz alta, ou mesmo conversar e  brincar com os seus colegas.

Sinais sutis e indiretos podem indicar grande sofrimento. Fique sempre atento aos desenhos, encenações e variados comportamentos e formas de expressão. A criança muitas vezes não verbaliza os seus problemas, mas sempre os revela.

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A dopamina do tempo

O cérebro não processa o tempo como um relógio o faz

ILUSTRAÇÃO DE GIL COSTA / FUNDAÇÃO CHAMPALIMAUD

Às vezes o tempo parece infinito, outras vezes que não passa. Uma equipa de neurocientistas investigadores do Fundação Champalimaud passou quatro anos a estudar a forma como processamos o tempo, e descobriu os neurónios que processam a nossa percepção sobre a passagem do tempo

O que é o tempo? Qual a percepção que cada um nós tem sobre a passagem das horas? Porque é que há momentos que parecem infinitos e outros que nunca mais passam?

Qualquer interrogação relacionada com o tempo é de tal maneira subjetiva que só mesmo um cientista poderá explicar. Foi exatamente isso que uma das equipas de neurocientistas do Centro Champalimaud procurou saber, quando partiu para um trabalho sobre a forma como o nosso cérebro constrói a percepção da passagem do tempo para, finalmente, conseguir identificar os circuitos neuronais que modulam essa medida.

ESTREIA NA REVISTA “SCIENCE”

Esta descoberta – até agora só tinha havido experiências no cérebro de ratinhos – é de tal modo importante para a comunidade científica que, pela primeira vez, um trabalho realizado nos laboratórios da Fundação Champalimaud, foi publicado na revista “Science”.

Durante quatro anos, a equipa liderada por Joe Paton, investigador principal do Learning Lab – um laboratório do centro que se dedica a estudar a questões relacionadas com a aprendizagem [onde se incluem investigadores Sofia Soares e Bassam Atallah], tentou perceber como é que os neurônios dopaminérgicos, responsáveis por libertar dopamina, poderiam ser determinantes no processo do processamento do tempo no nosso cérebro. “Estes neurônios são centrais para vários aspectos do comportamento existem muito estudos sobre a atividade da dopamina, que muitas vezes está envolvida na nossa sensação de recompensa e de bem estar ” explica Joe Paton.

“O nosso objetivo quando montámos o trabalho foi precisamente perceber o envolvimento dos dopaminérgicos na relação com o tempo”, revela o cientista.

Seguindo a pista destes neurônios através de várias experiências de observação e manipulação, aumentado ou diminuindo a libertação de dopaminas no cérebro de ratinhos, os cientistas conseguiam prever as decisões ou hesitações dos animais, indicando que o efeito da passagem do tempo estava fortemente relacionada com a atividade elétrica desta células. “Esta descoberta começa por ser importante para questões que estejam ligadas a comportamentos impulsivos ou relacionados com o déficit de atenção, por exemplo”, diz Paton.

A questões que agora se põe é esta: “Será o resultado desta experiência suficiente para percebemos se funcionam do mesmo modo no comportamento humano? Será que a manipulação desses neurônios pode alterar a nossa experiência subjetiva do tempo?” Os autores gostam de acreditam que sim, apesar de salvaguarda que “quando estudamos animais a única coisa que podemos medir é o seu comportamento e interpretar o que vemos como sendo uma experiência subjetiva.”

Em última análise, e como explica o neurocientista, o tempo tem uma dimensão tão básica e simultaneamente tão complexa na nossa experiência de vida, e é tão importante para tanta coisa, que qualquer passo que se dê no sentido de perceber como é que se processam no nosso cérebro os mecanismos relacionados com esta questão, é mais um salto que se dá em direção ao Conhecimento.

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Noções de neuroanatomia e neurofisiologia

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O encéfalo humano é uma rede de mais de 100 bilhões de neurônios interconectados em sistemas que constroem nossa percepção sobre o mundo externo, fixam nossa atenção e controlam o mecanismo de nossas ações. A primeira etapa para se compreender a mente consiste portanto em aprender como os neurônios estão localizados em vias de sinalização e como eles se comunicam através da transmissão sináptica.

A especificidade das conexões sinápticas estabelecida durante o desenvolvimento é a base da percepção, ação, emoção e aprendizagem

Como os genes contribuem para o comportamento? O comportamento não é herdado, o que é herdado é o DNA. Os genes codificam as proteínas que são importantes para o desenvolvimento e para a regulação dos circuitos neurais, que são a base do comportamento.

 

O princípio de localização: cada área do SNC tem uma função específica. Mas, atenção! Não existe uma área da linguagem, outra do amor, outra da memória. Os processos complexos são divididos em partes. Por exemplo a linguagem é composta pela compreensão, expressão, melodia, etc. Com isto cada área estará relacionada a um aspecto da linguagem e é preciso que elas trabalhem simultaneamente e estejam interligadas (conectividade).

 

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Wernicke descobriu que existe uma organização modular da linguagem no cérebro, constituída de centros de processamento em série e em paralelo com funções mais ou menos independentes, agora reconhecemos que todas as habilidades cognitivas resultam da interação de muitos mecanismos de processamento simples distribuídos em diversas regiões do cérebro. Assim as regiões do cérebro não estão relacionadas com faculdades mentais, mas com operações de processamento elementares.

 

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A lesão de uma única área pode não resultar na perda total de uma faculdade. Mesmo que um comportamento desapareça no início, ele pode retornar parcialmente assim que as partes ilesas do cérebro reorganizem as suas conexões (neuroplasticidade).

Assim não é conveniente representar processos mentais como uma série de ligações em cadeia, porque em tais arranjos o processo entra em colapso quando uma única ligação é quebrada. A comparação melhor e mais realista é pensar nos processos mentais como várias linhas de trem que desembocam num mesmo terminal. Se houver um bloqueio na estação São Joaquim, a sua comunicação com a praça da Sé ficará interrompida, mas seria então possível criar uma nova linha que unisse diretamente a Praça da Sé à Estação Vergueiro. Deste modo, um problema em uma única ligação na via afeta as informações levadas por ela mas não necessariamente interfere de forma permanente no sistema. As partes restantes do sistema podem sofrer modificações para acomodar o tráfego extra depois do colapso de uma linha.

Todas as funções mentais são divididas em subfunções. Mesmo a tarefa mais simples (piscar voluntariamente) requer a ativação de áreas distintas (conectividade).

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redes neurais: áreas que trabalham juntas-com depolarização simultânea.

 

Hoje é possível relacionar a dinâmica molecular de células nervosas individuais às representações de atos motores e perceptuais no encéfalo e então, relacionar tais mecanismos internos a um comportamento observável. As novas técnicas de imagem permitem-nos ver o cérebro humano em ação- identificar regiões específicas do encéfalo associadas a modos particulares de pensamentos e sentimentos.

Princípios de divisão do sistema nervoso:

 

  1. Divisão anatômica:
  1. Sistema nervoso central- estruturas contidas no neuroeixo dentro da coluna vertebral e do crânio
  2. Sistema nervoso periférico- nervos espinhais, gânglios e receptores/terminações nervosas
  •  Encéfalo
  • medula espinhal

 

O encéfalo por sua vez  se divide em:

    • Tronco encefálico (bulbo, ponte e mesencéfalo)
    • Cerebelo
    • Cérebro (telencéfalo e diencéfalo)

 

O diencéfalo fica ao redor do terceiro ventrículo e é  todo encoberto pelo telencéfalo, sendo apenas visível em cortes sagital, coronal ou transversal. É formado pelo

  • Tálamo
  • Hipotálamo
  • Subtálamo
  • Epitálamo

 

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  1. Divisão funcional:
  1. Sistema nervoso de vida de relação: associado a interações do organismo com o meio (motricidade, percepção, integração, cognição). É composto por fibras aferentes ( que levam informações do meio) e fibras eferentes, que inervam os músculos estriados.
  2. Sistema nervoso autônomo: relacionado à manutenção da homeostase, ou seja do equilíbrio interno físico-químico do organismo para a sua sobrevivência, regulando então a manutenção da temperatura, da sede, do apetite, do funcionamento das vísceras (digestão, freqüência cardíaca e respiratória, etc). Divide-se em
    • vias aferentes : que trazem a informação para o SNC (Ex: receptores da parede da artéria carótida que detectam variações da pressão arterial e da concentração de CO2

e que enviam através de fibras nervosas aferentes esta informação para o SNC, desencadeando então mecanismos de compensação para manutenção da homeostase)

 

  • vias eferentes: SNA simpático e parassimpático, que compõem dois sistemas de fibras que inervam as vísceras, tendo ações antagônicas.

 

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III. Divisão metamérica:

  1. SN segmentar:  são as estruturas do SN, em que há uma correspondência anatômica entre os seus segmentos e os segmentos do corpo. São  todo o sistema nervoso periférico, a medula espinhal e o tronco encefálico.
  2. SN supra-segmentar, composto pelo cérebro e o cerebelo. Estas estruturas não podem ser divididas em segmentos, cada qual para uma região do corpo.

 

Princípio de hierarquia: as áreas “de cima” (cérebro) mandam, controlam, inibem/ ativam, modulam as áreas “de baixo” (tronco encefálico e medula). Só que não é tão simples assim, pois trata-se de circuitos paralelos e concomitantes que se interconectam, mas onde cada um faz uma parte do todo.

 

Percepção: Existem diferentes receptores para diferentes modalidades de sensação: quimio-, mecano, termo-, nociceptores, além dos receptores eletromagnéticos da visão.

O mecanismo de transmissão da percepção se dá através da despolarização da célula do receptor. Então estas células são, assim como os neurônios, polarizadas, podendo mudar a sua polaridade com o estímulo.

O estímulo causa uma mudança na membrana da célula, que muda a sua permeabilidade para determinados íons, o que eleva a sua voltagem (fica mais positiva no seu interior) até um limiar mínimo que desencadeia o potencial de ação, levando a mensagem pelas fibras nervosas até o SNC.

O potencial de ação ou é desencadeado, ou não (tudo ou nada). Ele só será desencadeado se o estímulo for forte suficiente para mudar tanto a permeabilidade da membrana a ponto de levar a um valor de positividade que ultrapasse o limiar para o potencial de ação.

Mas então como posso sentir um estímulo (por exemplo, pressão) mais fraco ou mais forte, se o potencial de ação é tudo ou nada?

Isto acontece porque quanto mais forte o estímulo, maior o número de receptores que ele irá despolarizar (somação espacial). Também existe a somação temporal, de forma que se o receptor recebe estímulos repetidas vezes, quanto maior a frequência, maior a intensidade percebida, porque o receptor então se despolariza repetitivamente e vai mandando potenciais de ação um atrás do outro.

 

É importante saber que existem:

  • fibras de transmissão rápida- ricas em mielina, que é uma substância gordurosa que encapa as fibras nervosas. Quanto mais mielina, mais grossa a fibra e mais rápida a sua transmissão. Conduzem informações mais precisas, melhor localizadas, como o tato discriminativo (se é agulha ou ponta cega; se são um ou dois pontos na pele), vibração, informações dos fusos neuromusculares e dos receptores neurotendíneos.
  • Fibras de transmissão lenta. São finas, sendo pouco mielinizadas ou amielínicas. Transmitem a dor, a sensação de cócegas, a pressão e o tato grosseiro.

 

Como o cérebro consegue saber se é dor, ou tato, ou vibração se tudo vem em forma de potencial de ação?

 

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A razão é que cada receptor, que só se despolariza com um estímulo específico está conectado com uma fibra nervosa que segue um caminho próprio, indo parar na área do cérebro feita para interpretar só este tipo de mensagem. Assim a sensação de vibração, por exemplo, é levada por fibras que sobem pela parte de trás da medula (funículo posterior), fazem sinapse com núcleos no bulbo, cruzam para o lado oposto e chegam a um núcleo específico no tálamo contralateral, lá fazem nova sinapse e vão para o córtex cerebral no giro pós-central. Este giro, por sua vez, está todo dividido. Cada pilar seu (coluna) responde a uma modalidade de sensação em uma determinada região do corpo. Então sempre que esta determinada coluna for estimulada, a pessoa irá interpretar com derivando de um estímulo específico para esta região.

Penfield foi um neurocirurgião que estimulou com eletrodos diferentes áreas do córtex de pacientes. Percebeu então que cada área provocava uma sensação em uma região diferente. Então havia uma representação de diferentes áreas do corpo no córtex. Isto é chamado de somatotopia.

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Diferentes áreas do SNC tem uma reprensentação somatotópica própria, não só áreas do córtex. Assim, por exemplo, no corno anterior da substãncia cinzenta da medula os motoneurônios da porção mais medial inervam a musculatura axial (tronco, paravertebral) e os da porção mais lateral a musculatura dos membros.

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Motricidade:

 

O movimento:

Nossos sistemas sensórios formam representações internas de nossos corpos e do mundo exterior. Uma das principais funções destas representações internas é orientar o movimento. Mesmo uma informação simples como alcançar um copo de água exige informação visual para estabelecer uma representação interna da localização espacial do copo. Ela requer também informação proprioceptiva para formar uma representação interna do corpo de modo que comandos motores adequados possam ser enviados ao membro superior. A ação voluntária somente é possível porque as partes que controlam o movimento têm acesso à corrente contínua de informação sensorial do cérebro. A ação integrativa do sistema nervoso- a decisão de executar um movimento e não um outro depende da interação entre os sistemas motoes e sensoriais.

Os sistemas motores são organizados numa hierarquia funcional, com cada um dos níveis envolvidos em diferentes decisões.

 

Reflexos são padrões involuntários, coordenados, de contração e relaxamento musculares desencadeados por estímulos periféricos.

Reflexo miotático: é a resposta de contração do músculo, quando este é estirado bruscamente. Trata-se de um circuito monosinaptico, ou seja, há uma via aferente de entrada de informação no SNC (medula), uma sinapse e a via eferente que executa a contração. Por isso é chamado de reflexo monossináptico. É a forma mais simples de circuito neural, pois envolve apenas dois neurônios.

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reflexo miotático

É também um reflexo intrasegmentar, ou seja, envolve um segmento da medula (um andar).

O estiramento rápido do músculo produzido através da percussão do tendão com o martelo de reflexos estimula receptores intramusculares (fusos neuromusculares). São gerados impulsos que trafegam com grande velocidade por fibras nervosas grossas e bastante mielinizadas. Estas entram pela raiz dorsal do respectivo nervo espinhal e já se conectam (fazem sinapse) com o motoneurônio anterior do mesmo segmento medular. A estimulação dos motoneurõnios provoca contração do músculo estirado. Ao mesmo tempo são estimulados interneurônios (células de Renshaw) que inibem motoneurônios destinados a músculos antagonistas (aqueles que realizam o movimento oposto) e interneurônios que excitam os motoneurônios destinados aos músculos agonistas.

O reflexo de estiramento é parte do exame neurológico e mostra o grau de facilitação deste circuito medular, quer dizer, a medula é capaz de realizar sozinha o reflexo, mas a intensidade da resposta de contração muscular é modulada por vias do tronco encefálico (hierarquia). No entanto este mecanismo de resposta muscular a partir de uma informação sobre o grau e a velocidade de encurtamento do músculo acontece continuamente. A medula está sendo em todos os seus segmentos o tempo todo informada e reagindo com uma resposta de mais ou de menos contração muscular com a intenção de manter o comprimento do músculo.

 

O próximo nível de hierarquia motora é o tronco encefálico. Os neurônios do tronco encefálico recebem aferências do córtex cerebral e de núcleos subcorticais e projetam-se para a medula espinal. Eles contribuem para o controle postural pela integração das informações visual, vestibular e somatosensória. Também controlam os  motoneurônios alfa que inervam os músculos mais distais, sendo então importantes para os movimentos dirigidos a um objeto, especialmente os do braço e mão.

 

Ao contrário dos reflexos, os movimentos voluntários são iniciados para atingir um objetivo específico. Movimentos voluntários melhoram com a pratica à medida que se aprende a prevê-los e corrigi-los frente aos obstáculos do ambiente que perturbam o corpo.

O córtex é o nível mais elevado do controle motor. O córtex motor primário e áreas pré-motoras projetam-se diretamente para a medula espinal através do trato corticoespinal e também modulam tratos motores que se originam no tronco encefálico. As áreas pré-motoras são importantes para coordenar e planejar seqüências complexas de movimento. Elas recebem informações dos córtices de associação parietal posterior e pré-frontal e projetam-se para o córtex motor primário, bem como para a medula espinal.

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vias motoras-trato córtico-espinhal

Além da medula, do tronco encefálico e do córtex cerebral duas outras partes do encéfalo também atuam, regulando o planejamento e a execução dos movimentos: o cerebelo e os núcleos da base (putamen, globo pálido, núcleo caudado, claustrum,  núcleo subtalâmico e substância negra).

O cerebelo e os núcleos da base fornecem circuitos de retroalimentação (feedback) que regulam áreas motoras corticais e do tronco encefálico. São necessários para que os movimentos sejam suaves e para a postura. Circuitos cerebelares estão envolvidos com a temporização e coordenação dos movimentos em execução e com a aprendizagem de habilidades motoras.

Memória

A memória está intimamente relacionada ao aprendizado, sendo o armazenamento também resultante da facilitação de vias sinápticas. Mas, isto não é tudo. Primeiramente, existem diferente tipos de memória:

Em relação ao tempo de armazenamento, a memória pode ser:

  1. imediata, ou ecóica : a retenção por alguns segundos de um número, ou uma frase que acabamos de ouvir, mesmo que não estivéssemos atentando para a informação.
  2. de curto prazo: retenção por até poucos minutos, aqui introduzo o conceito de memória de trabalho, ou “working memory”, que designa a capacidade de retenção de informação por alguns minutos ou mais para a execução de uma determinada tarefa. Por exemplo, quando em uma cidade estranha alguém me explica o caminho, dizendo quais curvas devo fazer depois de quais sinaleiros. Esta informação ficará retida pelo tempo necessário ao seu uso.
  3. de médio e longo prazo: retenção por horas,  anos, ou até toda a vida.

 

Em relação a um determinado episódio (por exemplo, um acidente vascular, ou um trauma) a memória pode ser retrógrada, que se refere ao armazenamento de conteúdos anteriores ao evento e anterógrada, ou seja, referente à capacidade de armazenamento de novos conteúdos apresentados. Assim, uma pessoa pode ter ainda armazenados dados sobre si mesma, como seu nome, sua biografia, mas ser incapaz de armazenar novas informações, como, por exemplo, a imagem de alguém que conheceu após a lesão cerebral.

A memória retrógrada divide-se de acordo com seu conteúdo em:

 Semântica: refere-se aos nossos conhecimentos gerais, como o conhecimento da nossa língua, ou de que o leão é um animal perigoso, ou de quem descobriu o Brasil.

Episódica ou biográfica: refere-se à nossa biografia, ao nosso conhecimento sobre o nosso nome, lugar de nascimento e fatos da nossa vida.

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Na literatura médica existe o caso de um paciente que durante anos visitou o mesmo médico, apresentando-se a ele todas as vezes, como se nunca o houvesse visto antes. Este paciente começou a aprender um determinado jogo, que lhe exigia habilidades manuais e, embora ele sempre começasse o jogo como se fosse esta a primeira vez, seu desempenho foi se tornando cada vez melhor. Isto mostrava que, se, por um lado ele não era capaz de armazenar informações que poderiam ser evocadas e expressas verbalmente (memória declarativa), por outro lado ele, de fato, aprendia o jogo! Ora, isto indicava a existência de formas diferentes de memória, que usavam circuitos cerebrais independentes um do outro. Realmente, a memória de habilidades associa-se às habilidades motoras e envolve o cerebelo.

 

Percepção e Memória

“Recordar é viver. Eu hoje sonhei com você… “

Recordar não é assistir novamente ao mesmo filme em vídeo-cassete. Nosso cérebro não armazena informações como um computador, o qual mantém os dados armazenados inalterados. Pelo contrário, recordar é reconstruir, é criar novamente a imagem um dia armazenada.

Hoje sabemos que não existe um centro da memória, não existe um local no cérebro, onde nossas impressões e experiências estejam armazenadas. Longe disso! Uma imagem leva a um certo padrão de disparo neuronal simultâneo em diferentes áreas e sua recordação se dá quando o cérebro consegue fazer com que os mesmos neurônios disparem da mesma forma, repetindo o padrão ocorrido durante a percepção. Acontece que esta repetição nunca é “perfeita”. Muitos neurônios não disparam como da primeira vez e assim a imagem recordada é uma recriação extremamente pessoal da imagem percebida. Além do mais este padrão de recriação também se modifica com o tempo. Alguns neurônios, cujo disparo correspondeu à apreensão de um determinado aspecto da imagem deixa de disparar quando esta é internamente evocada, outros mantém o disparo e talvez de forma até mais intensa que quando da percepção inicial.

As nossas impressões do mundo não são simplesmente espelhadas no nosso cérebro. Percepções visuais, auditivas, táteis são armazenadas numa forma desconstruída, em cada região uma característica da imagem (sua cor, seu cheiro, o som da voz, etc). Relembrar é remontar o quebra-cabeça, todas as peças se juntando ao mesmo tempo, disparando ao mesmo tempo. Esta é a base na nossa representação interna do mundo. Então a SUBJETIVIDADE é inerente à memória, posto que esta se dá por processos de agregação do novo (impressões, conceitos), com reorganização do já existente, sempre implicando a contrução e reconstrução, elaboração e reelaboração.

Histórias lembradas são mais curtas e mais coerentes que as histórias originais, refletindo uma reconstrução e condensação da história original. Os indivíduos reinterpretam o material original de modo que isso faça sentido em suas lembranças. Assim a memória (pelo menos a memória biográfica) é um processo construtivo, assim como a percepção sensória. A informação retida é o produto do processamento feito por nosso aparato perceptual.

A percepção sensória não é um registro fiel do mundo externo, mas um processo construtivo, no qual as percepções são acopladas, de acordo com regras inerentes de vias aferentes do encéfalo. Isso é também construtivo no sentido de que os indivíduos interpretam o ambiente externo a partir de um ponto de vista de um ponto específico no espaço, bem como de um ponto específico de sua própria história.

As ilusões ópticas dão uma prova de que o mundo percebido não é o mundo como ele é.

Além disso, uma vez que a informação está retida, a lembrança posterior não é uma cópia exata da informação originalmente guardada. Experiências prévias são usadas no presente como guias que auxiliam o encéfalo a reconstruir um evento do passado.

Durante a lembrança nós usamos uma série de estratégias cognitivas, incluindo comparações, inferências, adIvinhações e suposições para gerar uma memória consistente e coerente.

Ou como diz o poeta:

“ O Universo não é uma idéia minha.

A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha.

A noite não anoitece pelos meus olhos,

A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos.

Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos

A noite anoitece concretamente.

E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso”.

                                         Alberto Caeiro

Emoção e memória

“Um dia, há bastantes anos, lembrou-me reproduzir no engenho Novo a casa em que me criei na antiga rua de Matacavalos, dando-lhe o mesmo aspecto e economia daquela outra, que desapareceu….O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consigui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente.”                

Machado de Assis em “Dom Casmurro”

 

Se mantivermos a mesma emoção em relação a um fato, nossa recordação deste mantém o mesmo colorido. Caso, porém, nossos sentimentos tenham se modificado, a recordação também se modifica. Alguns detalhes tomarão uma outra dimensão. Por exemplo, uma pessoa deprimida tende a se ocupar muito com fatos passados, nos quais os aspectos mais negativos adquirem maior dimensão. Não existe, portanto, uma recordação objetiva. A natureza da memória é subjetividade e transformação.

Existe uma memória inconsciente dos fatos, uma memória implícita, que influencia a nossa recordação consciente. Imaginemos que um rapaz tenha tomado um ônibus e iniciado uma conversa com o passageiro ao lado. Minutos depois ocorre um terrível acidente, o ônibus capota na estrada e algumas pessoas morrem.

O nosso rapaz sofre apenas ferimentos leves e sobrevive. Passados alguns anos, ele é convidado para uma festa e lá se depara com alguém desconhecido. A visão desta pessoa, porém lhe causa medo e angústia, sem ele entenda porquê. Somente horas depois, já no fim da festa é que ele, após ter se informado com vários outros convidados sobre o desconhecido, é que lhe vem como num raio a recordação. O desconhecido era o passageiro do ônibus do terrível acidente !

Na história acima, a imagem estava armazenada em algum lugar no cérebro, mas não podia ser acessada pela consciência. Foi, no entanto capaz de evocar várias emoções.

Embora ainda haja muitas perguntas não respondidas, sabe-se hoje que existem estruturas particularmente envolvidas com este tipo de memória: o sistema límbico, composto pelo giro do cíngulo, córtex orbitofrontal, amígdalas, hipocampo, parte do hipotálamo e outras estruturas.  Estas interagem direta e indiretamente com várias, se não todas as demais áreas do córtex cerebral, influenciando nossa memória, atenção, raciocínio, etc. De fato, nenhuma parte do sistema nervoso funciona isoladamente. Começamos assim a ter uma compreensão melhor de como a emoção influencia a nossa capacidade de retenção, confirmando neurocientificamente o que já sabíamos por experiência:

O uso no processo pedagógico de meios que nos atinjam, nos toquem emocionalmente, como a música, as cores, ou  os cheiros, podem melhorar, e muito, a motivação e o aprendizado.

  

Linguagem : 

A linguagem é exclusiva dos seres humanos, isto é fato. Seria ela uma habilidade inata, algo que já vem inscrito em nós, moldado no nosso cérebro? Ou seria uma habilidade adquirida como o cultivo, a produção de ferramentas, etc?

Seria de se esperar de uma habilidade inata que esta se manifestasse em todas as culturas, independentemente do seu ambiente, ou grau de desenvolvimento. Seria também de se esperar que pudesse ser adquirida sem esforço por todos os indivíduos normais, posto que é inata, não necessitando de um aprendizado ou treinamento formais. Além disso, o processo de aquisição deveria seguir os mesmos passos em diferentes meios, pois as etapas já estariam pré-determinadas biologicamente.

Se pensarmos no andar sobre duas pernas como uma habilidade humana, este preencheria todos os critérios acima: em todas as culturas a capacidade de andar está presente; nenhuma criança necessita freqüentar uma escola para assimila-la. Os esforços que empreende são espontâneos e surgem em um determinado momento do desenvolvimento neuro-psico-motor, tendo com pré-requisitos a aquisição do equilíbrio da cabeça e do tronco, a capacidade de se colocar em diferentes posições (virar-se, elevar-se, etc).

áreas responsáveis pelo processamento da linguagem

áreas responsáveis pelo processamento da linguagem

Agora, retornando à linguagem, aqui também temos um comportamento presente em todas as culturas. Desde os aborígenes da Austrália aos esquimós do Alasca, não há cultura humana sem linguagem. As crianças adquirem a língua de seu meio por simples exposição, sendo que o processo de aprendizagem segue aqui uma sequência universal. Os passos são os mesmos, independentemente da língua a ser aprendida.  Por volta do primeiro aniversário, as crianças falam suas primeiras palavras. Por volta do segundo aniversário a velocidade de aquisição de novas palavras aumenta tremendamente, chegando a uma média de 7 a 9 ao dia !

As crianças começam a combinar palavras, sendo que aos 3- 4 anos de idade começam a falar sentenças completas. ( OBS: É claro que as idades aqui citadas são apenas valores estatísticos, sendo que o espectro das idades  dentro da faixa de normalidade é muito amplo).

A linguagem não são apenas listas de palavras e assim as crianças aprendem não apenas os nomes e os verbos, mas também como combina-los.

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O ser humano tem então uma capacidade inata não apenas para aprender o significado das palavras, mas de reconhecer suas diferentes categorias, agrupando-as de acordo. Ele já traz no berço um cérebro previsto para esta função, um cérebro unicamente humano, posto que todas as outras espécies são incapazes de tamanho desempenho.

por Elisabete Castelon Konkiewitz

in Neurociências em Debate

Neurociências, Psicologia, Psicanálise e Medicina integradas na explicação do complexo de édipo

Neurociências, Psicologia, Psicanálise e Medicina integradas na explicação do complexo de édipo

A compreensão da porção interna de nós mesmos é fundamental para trilharmos condicionamentos que nos permitam melhor gestar nossa capacidade de incorporar o raciocínio sob um eixo estruturado de razão. Compreender como o Complexo de Édipo é capaz de moldar nossa estrutura cognitiva é fundamental para o entendimento de nós mesmos.

Os neurônios assumem múltiplas funções de acordo e forma que se estruturam para gerar o vórtice de energia que irá condicionar como resposta um deslocamento na percepção de um movimento de ordem motora ou psíquica.
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Entre estas funções que podemos aproximar da física está a condensação (um “soma” de atributos qualitativos que despertam o movimento); apreensão (um vórtice biológico capaz de reter energia e canalizar para outras direções e agrupamentos neurais o estímulo emergente); fixação (a propriedade de conversão da parte biológica em um nó que permite gerar apreensão), atenção (o deslocamento de energia em grande quantidade para uma região tornando sensível a excitação sobre o local); foco (reprodução de picos de energia sobre áreas específicas do corpo, numa área de maior retenção de estímulos dentro da zona de atenção); controle (condição de navegabilidade em que a utilização de uma trilha neural torna propício a migração de quantidades em termos de energia); limites (barreiras naturais de potencial de ação onde as intensidades de energia permitem ativar ou não, partes efetoras: músculos ou psique); resistividade (barreiras naturais que surgem pela experimentação que condicionam o agir do indivíduo impedindo a passagem da experiência que não sinaliza algo benéfico em nível de organismo).Sigmund Freud desenvolveu uma teoria chamada Complexo de Édipo, no qual introduz o conceito de Superego. O Complexo, que é um agrupamento de funcionalidades sobre os neurônios, que despertam o indivíduo para a gestão de sua psique que fora batizado como sendo uma triangulação dos aspectos subjetivos que pais, na imagem do tutor masculino e, mães, como feminino, que possuindo funções distintas introduzem o indivíduo no controle de sua atividade mental.A figura do pai, segundo o conceito edipiano, fornece ao indivíduo, os aspectos relacionados a sua resistividade, controle e limites, enquanto este conceito relativo a função materna, estará envolvida aos aspectos mais básicos e substanciais: como a habilidade de se introjectar conexões que é a aquisição e requisição do estímulo a partir da atenção, do foco, fixação, apreensão, percepção. As funções herdadas pelos princípios em que a mãe é provedora são primárias e devem desde cedo incorporar no laço que ela desenvolve com a criança. O pai tem uma função secundária, e à medida que essa mãe se convence que o filho já está suficientemente treinado para corresponder as demandas ambientais, a mãe passa a introduzir cada vez mais o pai no relacionamento com a criança-bebê até que a triangulação amorosa esteja completamente estabelecida.Por fim, neste modelo de comportamento as funções do pai no final do processo de triangulação devem prevalecer como estrutura comportamental e vir a ditar as regras que esta criança passa a se subordinar como novo indivíduo inserido em uma sociedade.Essa influência por parte dos pais, molda o cérebro da criança-bebê, e faz construir um elo que fora batizado por Freud como Superego (que reforça ou inibe uma ação mapeada pelo Eu), ou elemento de base social, e por Carl Gustav Jung como sendo uma representação ambiental que a batizou como Arquétipo.É certo que Freud e Jung divergiram em suas colocações, porque Freud estava envolvido pelo processo na perspectiva de formação do fenômeno a partir de sua porção interna, e Jung por outro lado estava focado em uma perspectiva do fenômeno a partir da sua porção externa.Onde para Freud a parte interna comandava, e na perspectiva de Jung o ambiente fornecia domínio sobre o indivíduo. Partes restritas de percepções que pertencem a ângulos distintos de um elefante indiano, onde o posicionamento de olhos vendados sobre partes do animal transmite diferentes perspectivas do mesmo fenômeno.Uma vez que o indivíduo está preparado para absorver informações, controla-las e limitar o seu ponto de influência sobre o biológico, o processo de incorporação de novas unidades de conhecimento, dentro de uma lógica metadinâmica, metacognitiva e metafísica para corresponder com aquilo que se introjecta num nível de compromisso que permita o sujeito apreciar a vida sem grandes transtornos, dentro de uma qualidade de informação que é sua volição desejo de se deixar guiar. Porém o complexo de Édipo é um modelo inicial de transmissão de ligação sensorial, mas no decorrer da vida réplicas deste processo se dá estruturalmente pela incorporação de outros conceitos semânticos (arquétipos) que se estruturam e se condicionam a afetar indivíduos em lógicas e conteúdos variados.Os pais apenas deram a base do ensinamento que irá permitir ao indivíduo se conectar com a realidade, porém o arcabouço ambiental é que verdadeiramente irá conectar o indivíduo com o mundo social que estará sujeito a enfrentar, compreender e a gestar durante toda sua vida.O canalizar da pulsão foi herança da mãe, o canalizar dos limitadores herança do pai, porém a herança social será dada pelos arquétipos que irão servir de referência para o indivíduo que até o final de sua vida estará em constante desenvolvimento intelectual.Muitos preferem ver os arquétipos como guias, e passam a perseguir sua estrutura de saber e conhecimento a partir de um processo de escuta que visa imitar os passos para a solidificação de conceitos que fizeram tais pessoas da sociedade vitoriosas em sua passagem terrestre (Exemplo Jesus de Nazaré).Os guias são pessoas de referência, em que o comportamento do indivíduo que vê algo positivo sobre a ação, passa a se moldar para dar sentido por um processo de imitação, os mesmos movimentos reativos que conduzirá ao comportamento idealizado. O guia pode ser um livro, a herança de um sentimento, um indivíduo, um outro e qualquer referente ambiental que possa ser copiado como estrutura que possa ser canalizável a partir de um elo perceptivo e vir a fazer parte de insumo para se locomover dentro da triangulação edípica, onde se estabelece o vínculo do sujeito dentro de seu aspecto interativo com o habitat, consigo mesmo e com outros seres.
por Max Diniz Cruzeiro
DINO – Divulgador de Notícias
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