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O que é amar?

O que é amar?

Vários filósofos, psicanalistas, poetas e intelectuais de todos os gêneros tentaram, ao longo dos séculos, encontrar a uma explicação perfeita para a pergunta: o que é amar? Contudo, apesar deste esforço, as respostas se mostraram inconclusivas, pois nem sempre as explicações podem ser encontradas em palavras…

Alguns cientistas veem no amor sintomas típicos de uma patologia, como face enrubescida, perda de apetite, ansiedade, mãos suadas, batimento cardíaco acelerado, dentre outras.

A psicóloga da Rutgers University, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, Helen Fischer, procurou simplificar os “sintomas” do amor em três fases: luxúria, que é alimentada pelo desejo sexual inato; atração, que é o momento no qual o nosso pensamento passa a ser dominado pela pessoa amada; e apego, fase em que as pessoas estabelecem laços definitivos e permanentes. Tal teoria baseia-se em estudo de casos e toma como ponto de partida o predomínio de certos hormônios no comportamento humano em cada uma das fases. Há um certo determinismo biológico e, como toda a classificação tipológica, é limitada pelo corte epistêmico adotado.

Particularmente, não gosto muito da conjugação na mesma frase das palavras amor e apego. O apego é uma dedicação constante, excessiva, quase um sentimento de posse, que muito prejudica as relações humanas, especialmente em um mundo onde os próprios sentimentos são coisificados.

Normalmente, eu associo o amor à leveza dos sentimentos. Amar não é dor, nem sofrimento. É óbvio que existem conflitos ao longo da vida, como em qualquer relação humana. Também não é mero determinismo. É uma relação construtiva, não necessariamente fechada e monolítica, que permite a nossa evolução como indivíduos.

Logo, o amor não é uma patologia, é um sentimento concreto, algo plenamente humano, e por mais que tenhamos os nossos limites, este é um sentimento nobre, multifacetado, que pode ir além do amor romântico. Afinal, também expressamos amor aos nossos amigos, familiares, animais de companhia, ideais. Assim, se existe outro sentimento humano associado ao amor, este é a empatia. Havendo empatia, damos o primeiro passo.

O amor, também, não pode ser explicado apenas por elementos de natureza racional. É parte do nosso ser imperfeito, incorpora as nossas origens primitivas. Desta forma, o amor, também pode ser recheado de várias ações ilógicas, condenadas nestes tempos de maquinismo moderno.

Quando amamos, por mais efêmera e superficial que seja a conversa com o ser amado, sentimos a nossa vida se transformar. Os dias tornam-se mais iluminados, as jornadas mais leves, e as próprias rotinas suportáveis.

Amar é verbo, é ação, é apoio e reflexão. Jamais “teremos amor” por algo ou alguém. Sempre amaremos, ser o completo do “ter”, pois, a força do sentir, do amar, também está no agir. Assim, não acredito no amor platônico. Aliás, amar é um verbo completo, não precisa de complementação por outros verbos.

O amor também pode ser cortado por momentos de distanciamento, por recusas, por distâncias, por silêncio…  Daí a saudade, a vontade do retorno à convivência… isto quer dizer que o amor sempre é um bom sentimento. Só sentimos saudades daquilo que nos falta. Logo, a saudade também é uma expressão de bons sentimentos, pois é preferível senti-la do que passar uma vida inteira vazia…

Desta forma, só podemos concluir que o amor é um sentimento que nos valoriza, que nos enriquece. É o oposto do ódio e, mesmo que não tenha uma explicação ou definição única, é algo que definitivamente nos torna humanos mais completos…

por Sandro Ari Andrade de Miranda, advogado, mestre em ciências sociais

O que é amar?

É o fim? Stephen Hawking define data limite para humanidade — e não é longe

Quantos filmes retratam o fim do mundo? Inúmeros. Podemos dizer o mesmo de quadrinhos, livros, séries, quadros e vários tipos de arte. A humanidade tem uma obsessão em retratar o próprio fim. Porém, Stephen Hawking, físico célebre que não exige introduções, não está fugindo desse barco e praticamente definiu um limite para existirmos no planeta Terra: 1 mil anos.

Durante um evento na Oxford Union, antes de comentar sobre o derradeiro fim, Hawking disse que “o fato de que nós, humanos, que somos partículas meramente fundamentais na natureza, pudemos chegar tão perto de compreender as leis que nos governam e o universo é certamente um triunfo”.

é-preciso

Sobre as últimas décadas, o físico de 74 anos disse este é “um tempo glorioso para estar vivo e realizar pesquisas em física teórica (…) Talvez, um dia sejamos capazes de usar as ondas gravitacionais para olhar diretamente no coração do Big Bang”.

“Mas nós precisamos continuar indo ao espaço para o futuro da humanidade. Eu não acho que sobreviveremos mais 1 mil anos sem escapar e ir além de nosso frágil planeta”, definiu Hawking.

Segundo o professor, os próximos 100 anos serão os preocupantes, porque devem definir as nossas atitudes “espaciais” — e ele ainda não acredita que teremos colônias em Marte antes disso. Ainda, atualmente, Hawking acredita que devemos ter mais medo do capitalismo do que de robôs.

Antes de ir embora, após jogar esse “pensamento bomba”, Stephen Hawking disse que ainda assim é preciso “se lembrar de olhar para as estrelas e não para baixo dos pés”. “Tente dar sentido ao que você vê, pergunte sobre o que faz o universo existir. Seja curioso. No mais difícil que a vida possa parecer, sempre há algo que você pode fazer e ter sucesso. O mais importante é que você não desista”.

Neurociências, Psicologia, Psicanálise e Medicina integradas na explicação do complexo de édipo

Neurociências, Psicologia, Psicanálise e Medicina integradas na explicação do complexo de édipo

A compreensão da porção interna de nós mesmos é fundamental para trilharmos condicionamentos que nos permitam melhor gestar nossa capacidade de incorporar o raciocínio sob um eixo estruturado de razão. Compreender como o Complexo de Édipo é capaz de moldar nossa estrutura cognitiva é fundamental para o entendimento de nós mesmos.

Os neurônios assumem múltiplas funções de acordo e forma que se estruturam para gerar o vórtice de energia que irá condicionar como resposta um deslocamento na percepção de um movimento de ordem motora ou psíquica.
Cruzeiro
Entre estas funções que podemos aproximar da física está a condensação (um “soma” de atributos qualitativos que despertam o movimento); apreensão (um vórtice biológico capaz de reter energia e canalizar para outras direções e agrupamentos neurais o estímulo emergente); fixação (a propriedade de conversão da parte biológica em um nó que permite gerar apreensão), atenção (o deslocamento de energia em grande quantidade para uma região tornando sensível a excitação sobre o local); foco (reprodução de picos de energia sobre áreas específicas do corpo, numa área de maior retenção de estímulos dentro da zona de atenção); controle (condição de navegabilidade em que a utilização de uma trilha neural torna propício a migração de quantidades em termos de energia); limites (barreiras naturais de potencial de ação onde as intensidades de energia permitem ativar ou não, partes efetoras: músculos ou psique); resistividade (barreiras naturais que surgem pela experimentação que condicionam o agir do indivíduo impedindo a passagem da experiência que não sinaliza algo benéfico em nível de organismo). Sigmund Freud desenvolveu uma teoria chamada Complexo de Édipo, no qual introduz o conceito de Superego. O Complexo, que é um agrupamento de funcionalidades sobre os neurônios, que despertam o indivíduo para a gestão de sua psique que fora batizado como sendo uma triangulação dos aspectos subjetivos que pais, na imagem do tutor masculino e, mães, como feminino, que possuindo funções distintas introduzem o indivíduo no controle de sua atividade mental. A figura do pai, segundo o conceito edipiano, fornece ao indivíduo, os aspectos relacionados a sua resistividade, controle e limites, enquanto este conceito relativo a função materna, estará envolvida aos aspectos mais básicos e substanciais: como a habilidade de se introjectar conexões que é a aquisição e requisição do estímulo a partir da atenção, do foco, fixação, apreensão, percepção. As funções herdadas pelos princípios em que a mãe é provedora são primárias e devem desde cedo incorporar no laço que ela desenvolve com a criança. O pai tem uma função secundária, e à medida que essa mãe se convence que o filho já está suficientemente treinado para corresponder as demandas ambientais, a mãe passa a introduzir cada vez mais o pai no relacionamento com a criança-bebê até que a triangulação amorosa esteja completamente estabelecida. Por fim, neste modelo de comportamento as funções do pai no final do processo de triangulação devem prevalecer como estrutura comportamental e vir a ditar as regras que esta criança passa a se subordinar como novo indivíduo inserido em uma sociedade. Essa influência por parte dos pais, molda o cérebro da criança-bebê, e faz construir um elo que fora batizado por Freud como Superego (que reforça ou inibe uma ação mapeada pelo Eu), ou elemento de base social, e por Carl Gustav Jung como sendo uma representação ambiental que a batizou como Arquétipo. É certo que Freud e Jung divergiram em suas colocações, porque Freud estava envolvido pelo processo na perspectiva de formação do fenômeno a partir de sua porção interna, e Jung por outro lado estava focado em uma perspectiva do fenômeno a partir da sua porção externa. Onde para Freud a parte interna comandava, e na perspectiva de Jung o ambiente fornecia domínio sobre o indivíduo. Partes restritas de percepções que pertencem a ângulos distintos de um elefante indiano, onde o posicionamento de olhos vendados sobre partes do animal transmite diferentes perspectivas do mesmo fenômeno. Uma vez que o indivíduo está preparado para absorver informações, controla-las e limitar o seu ponto de influência sobre o biológico, o processo de incorporação de novas unidades de conhecimento, dentro de uma lógica metadinâmica, metacognitiva e metafísica para corresponder com aquilo que se introjecta num nível de compromisso que permita o sujeito apreciar a vida sem grandes transtornos, dentro de uma qualidade de informação que é sua volição desejo de se deixar guiar. Porém o complexo de Édipo é um modelo inicial de transmissão de ligação sensorial, mas no decorrer da vida réplicas deste processo se dá estruturalmente pela incorporação de outros conceitos semânticos (arquétipos) que se estruturam e se condicionam a afetar indivíduos em lógicas e conteúdos variados. Os pais apenas deram a base do ensinamento que irá permitir ao indivíduo se conectar com a realidade, porém o arcabouço ambiental é que verdadeiramente irá conectar o indivíduo com o mundo social que estará sujeito a enfrentar, compreender e a gestar durante toda sua vida. O canalizar da pulsão foi herança da mãe, o canalizar dos limitadores herança do pai, porém a herança social será dada pelos arquétipos que irão servir de referência para o indivíduo que até o final de sua vida estará em constante desenvolvimento intelectual. Muitos preferem ver os arquétipos como guias, e passam a perseguir sua estrutura de saber e conhecimento a partir de um processo de escuta que visa imitar os passos para a solidificação de conceitos que fizeram tais pessoas da sociedade vitoriosas em sua passagem terrestre (Exemplo Jesus de Nazaré). Os guias são pessoas de referência, em que o comportamento do indivíduo que vê algo positivo sobre a ação, passa a se moldar para dar sentido por um processo de imitação, os mesmos movimentos reativos que conduzirá ao comportamento idealizado. O guia pode ser um livro, a herança de um sentimento, um indivíduo, um outro e qualquer referente ambiental que possa ser copiado como estrutura que possa ser canalizável a partir de um elo perceptivo e vir a fazer parte de insumo para se locomover dentro da triangulação edípica, onde se estabelece o vínculo do sujeito dentro de seu aspecto interativo com o habitat, consigo mesmo e com outros seres.
por Max Diniz Cruzeiro
DINO – Divulgador de Notícias
O que é amar?

Misturar bebidas energéticas com álcool é tão prejudicial como cocaína

Estudo alerta que consumir bebidas alcoólicas com muita cafeína afeta tanto o cérebro como consumir cocaína.

Misturar bebidas alcoólicas e energéticas é uma prática muito comum em espaços noturnos e agrada especialmente a adolescentes. Mas além de prejudicial para o coração, esta mistura pode mesmo provocar alterações no cérebro.

Consumir bebidas alcoólicas com muita cafeína – como o resultado de misturar bebidas energéticas com álcool – provoca alterações no cérebro de adolescentes semelhantes às da cocaína.

Esta é a conclusão de um estudo recente realizado pela Universidade Purdue que descobriu ainda que as consequências se mantêm até à idade adulta, alterando a capacidade de lidar com substâncias gratificantes.

Como reporta o site da universidade, para este estudo os investigadores realizaram testes em ratos.

Verificaram que esta mistura tinha efeitos muito semelhantes aos da cocaína na massa encefálica dos ratos e que os cérebros apresentavam uma grande quantidade de uma proteína, semelhante ao que ocorre em quem consome cocaína ou morfina.

LIFESTYLE ESTUDO

10 tecnologias possíveis que podem remodelar completamente nossa civilização até 2100

10 tecnologias possíveis que podem remodelar completamente nossa civilização até 2100

George P. Dvorsky, 46 anos, é bioético, trans-humanista e futurista; foi presidente do Conselho do Instituto de Ética e Tecnologias Emergentes; é o fundador e presidente do Programa de Direitos de Não-Pessoas do IEET; editor que contribui com o blog Sentient Developments e com o Gizmodo. E foi neste último site onde publicou uma lista com as 10 tecnologias surpreendentes que ele acredita que estarão disponíveis dentro do prazo de 100 anos, ou menos. Além de todas essas áreas envolvidas, Dvorsky é ambientalista progressista, e ativista de direitos dos animais, preocupado com os impactos éticos e sociológicos de tecnologias. Ele procura promover discussões abertas para fins de educação e de previsão, e entre a ampla gama de tópicos que aborda, inclui a tecnociência, a ética, os riscos existenciais, a inteligência artificial, a busca de inteligência extraterrestre e, claro, a futurologia. Para ele, no entanto, uma inovação não aparece nesta lista por motivos racionais: a Superinteligência artificial. Ele defende a ideia do cientista de computação I. J. Good, que apontou na década de 1960 que “a primeira máquina ultra-inteligente é a última invenção que o homem precisa fazer”. Uma vez que a “inteligência maior do que a humana emerge em uma máquina, um desenvolvimento que poderia acontecer já nos anos 2050, todas as outras apostas estão descartadas em termos do que é tecnicamente possível”, afirma Dvorsky. Ele acredita que quando as máquinas inteligentes surgirem, elas substituirão os seres humanos como designers e engenheiros, construindo as “tecnologias dos nossos sonhos”, incluindo algumas que nem sequer havíamos pensado. Ou seja, nossa lista de tecnologias pode ser completamente diferentes nesse cenário. Ele lista então 10 tecnologias que, por mais absurdas que pareçam, são muito possíveis e “poderiam mudar praticamente tudo”.

Realidade virtual ligada ao cérebro

Dispositivos VR portáveis como o Oculus Rift são apenas o início do que poderão se tornar. No futuro, os usuários terão a possibilidade de encontrar uma existência “verdadeiramente” em realidade alternativa. O que é necessário para isso é algo um pouco mais… invasivo. Quando chegarmos ao século 21, teremos encontrado uma maneira de criar uma experiência de realidade virtual que é indistinguível da real. Essas experiências serão alimentadas diretamente em nosso cérebro, ignorando nossos órgãos sensoriais normais – olhos, tato, etc – para torná-las ainda mais críveis.
De fato, o cérebro (entre outras coisas) é um dispositivo de processamento sensorial. Todas as coisas que sentimos em uma base regular, seja cheiros e brilhos, etc, são encaminhados para o seu cérebro. Então, estamos realmente falando de uma “Matrix”, uma realidade virtual em todos os sentidos, indistinguível, na qual nos conectaremos através da mente. O futurista Ray Kurzweil, autor de The Singularity is Near, explicou como isso poderia acontecer em um Q & A sobre seu livro: através de nanobots no cérebro.

Névoa útil

Concebida pelo pioneiro da nanotecnologia J. Storrs Hall, a névoa útil é um enxame de nanobots, que pode assumir a forma de praticamente qualquer objeto e mudar sua forma. Imagine uma nuvem inteligente de flocos de neve interconectados capaz de se transformar com os movimentos de qualquer coisa em torno dela, incluindo os passageiros de carros. Foi o que Hall imaginou como um sistema de segurança, um tipo de “airbag super inteligente”. Cada nanobot (ou foglets) medirá apenas 10 mícrons de diâmetro (aproximadamente o mesmo tamanho de uma célula humana), será equipado com um minúsculo computador de bordo rudimentar para controlar suas ações (que seria controlado externamente por um sistema artificialmente inteligente) e uma dúzia de braços telescópicos que se projetam para fora na forma de um dodecaedro.
Diagrama de um foglet de 100 micrômetros.
Quando dois deles se ligam, eles formariam um circuito, permitindo a distribuição de energia e comunicações em toda a rede. O foglets não seria capaz de flutuar, mas em vez disso, formar uma estrutura de rede, chamada de octeto, quando segurando as mãos em todas as 12 direções. Uma névoa útil funcionaria como matéria programável, capaz de se mover, envolver e transportar um objeto ou pessoa. Em uma imaginação fértil – ou com tecnologia realmente possível? – poderiam ser usadas para criar um mundo virtual em torno de uma pessoa, e até mesmo hospedar uma pessoa que realizou um upload de si mesmo nessa nuvem nano-infundida (semelhante ao que fãs de HQs podem ter lido em Transmetropolitan, obra pós-cyberpunk de Warren Ellis). Outra sugestão na ficção científica por feita por Jim Al-Khalili. A névoa útil é usada para criar a superfície externa “camaleônica” de um TARDIS, de acordo com sua teoria no programa “How To Make A Tardis”, parte do Doctor Who Night na BBC2. As ideias não são modestas. Hall e eutros pesquisadores acreditam que a névoa útil poderia ser fabricada em massa para ocupar toda a atmosfera de um planeta e substituir qualquer estrutura física necessária à vida humana. Edifícios virtuais poderiam ser construídos e destruídos em instantes.

Energia Solar obtida no Espaço

A humanidade precisa de energia. Essa é uma necessidade cada vez maior, mais voraz e interminável. Porém, as fontes de energia não são inesgotáveis. Mas a energia solar baseada no espaço é uma ideia que existe desde a década de 1960 e poderia resolver de uma vez por todas o problema das mudanças climáticas e as dificuldades para uma transição para adotar energia mais sustentável.
Peter Glaser propôs a ideia de satélites movidos a energia solar (SPS), que seriam células fotovoltaicas no espaço capazes de transferir energia solar sem fio para a Terra. O projeto exigia uma grande plataforma posicionada no espaço para recolher a energia e convertê-la em eletricidade. Por sua vez, essa energia seria transmitira para estações de recepção na Terra. Alguns visionários incluíram na ideia o uso de um transmissor de energia sem fio por micro-ondas. Isso tem sido discutido desde os anos 70, mas a ideia nunca foi vista como algo rentável ou tecnologicamente viável. Porém, recentemente isso tem mudado. No ano passado, a Academia Internacional de Astronáutica publicou um relatório exaustivo sobre os benefícios da energia solar obtida no espaço, pedindo para que a comunidade internacional leve o assunto a sério. Há uma série de meios para começar, e prevê que isso será tecnicamente viável dentro de 10 a 20 anos, utilizando tecnologias que já existem. O Sistema SBSP, uma exploração orbital japonesa funcionaria numa órbita estacionária a cerca de 22.400 milhas acima do equador, de onde transmitiria energia à Terra usando raios laser. Cada satélite visaria uma estação receptora de 1,8 milhas de largura que poderia gerar um gigawatt de eletricidade, o que é suficiente para alimentar meio milhão de casas.

Upload da mente

Na virada do século 22, muitos seres humanos poderão viver uma existência puramente digital, livre de todas as restrições biológicas. Chamado de upload de mente, ou emulação de cérebro inteiro, isso envolve a cópia meticulosa de um cérebro biológico existente. As varreduras capturariam todos os detalhes cognitivos até o nível molecular e incluiriam memórias, associações e até peculiaridades de personalidade de uma pessoa. Futuristas não estão inteiramente certos de como o upload da mente vai acontecer, mas um passo crítico será certificar-se de que as partes importantes de um cérebro serão copiadas, particularmente aquelas ligados ao senso de identidade de uma pessoa (ou seja, o para-hipocampo e o córtex retrosplenial).
Isso pode envolver a cópia “destrutiva”, onde um cérebro existente é “desmontado”, a fim de gravar o estado cerebral de uma pessoa e suas memórias. Alternativamente, um scanner de cérebro suficientemente poderoso poderia ser usado para “capturar” o cérebro de uma pessoa e, em seguida, levar essas informações a um computador capaz de traduzi-las em uma mente funcional. Para que uma pessoa possa funcionar “normalmente”, ela teria que receber um corpo e ambiente virtual. A questão filosófica por trás dessa hipótese é: caso sua mente seja “copiada” para um corpo digital, sua consciência será levada junto? Ou será apenas uma inteligência atuando com suas memórias e sua personalidade, mas como um “zumbi”, que não será realmente você?

Controle do clima

É improvável que a humanidade se tornará capaz de controlar completamente o clima até o final do século atual, mas há muitas possibilidades para chegar a alguns resultados. Já estamos semeando nuvens com partículas para estimular a precipitação, e a Califórnia tem feito isso por quase 50 anos. Durante os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, as autoridades chinesas dispararam 1.100 foguetes nas nuvens para provocar chuvas antes que as tempestades atingissem a capital. Há até mesmo esforços para disparar pulsos de laser em nuvens de trovão na esperança de extrair relâmpagos de forma controlada. Olhando para o futuro, os engenheiros meteorológicos poderiam construir estruturas maciças em forma de parede para evitar que tornados devastadores se forem, ou construíssem conjuntos de turbinas enormes e muito fortes para sugar a energia dos furacões. Mais radicalmente, poderíamos eventualmente construir uma máquina meteorológica para criar uma atmosfera programável. Um plano particularmente interessante descreve uma fina nuvem global de pequenos balões transparentes levantados na estratosfera, onde ela sombreia ou reflete a quantidade de luz solar que entra. Um espelho seria colocado dentro de cada balão, junto com um GSP para monitorar sua localização, um atuador para controlar sua orientação. Levado pelo hidrogênio, chegaria a cerca de 20 milhas acima da superfície da Terra. Este sistema, orientado pela IA, poderia influenciar os padrões meteorológicos em todo o mundo e transformar áreas de condições difíceis em regiões temperadas e mais habitáveis.

Montador molecular

Esqueça as impressoras 3D. Com os montadores moleculares, ou nanomontador, descrito por um inventor, pioneiro da nanotecnologia K. Eric Drexler em seu livro seminal, Engines of Creation, será possível manipular átomos individuais para construir um produto desejado. Fãs de Star Trek já devem ter visto um membro da tripulação usar um replicador para produzir uma xícara quente de chá, e isso é basicamente um montador molecular. Alguns futuristas acreditam que isso será fabricado em breve.
A máquina nanotecnológica seria de tamanho bastante reduzido capaz de organizar átomos e moléculas de acordo com instruções fornecidas. Para isso, é necessário energia, suprimento de matéria-prima (building blocks) e a programação a ser executada pelo montador. Uma das hipóteses é a construção de um montador universal, capaz de construir qualquer objeto incluindo um outro montador. Assim, ele poderia se reproduzir várias vezes, e essa capacidade de reprodução é uma das grandes vantagens de um montador molecular e também é uma das coisas que mais assustam. Afinal, ele poderia se reproduzir descontroladamente e ameaçar vidas humanas de forma semelhante a epidemias, colonizando a terra e substituindo a humanidade.

Geoengenharia

Os efeitos das alterações climáticas são provavelmente irreversíveis. Não importa o que façamos a partir de agora até o ano de 2100, os níveis de gases do efeito estufa continuarão a aquecer o planeta. Para evitar as muitas calamidades ambientais causadas pelas mudanças climáticas, teremos, “a contragosto”, destaca Dvorsky, que começar a geoengenharia do planeta. Trata-se da ciência que estuda os meios de manipulação do clima através da tecnologia e de forma controlada. Ou seja, está relacionado ao item anterior. A geoengenharia propõe resolver os problemas climáticos do planeta, mas seus efeitos colaterais poderiam ser catastróficos. Ela pode criar secas em determinada região e provocar chuvas em outros locais do globo.
Imagem conceptual de um navio desocupado projetado para gerar nuvens e refletir a luz solar longe da terra (imagem: Stephen Salter)
Algumas propostas de geohacking incluem semeadura de nuvens cirrus para reduzir a refletividade, injeção de partículas estratosféricas para gerenciamento de radiação solar, injeção de enxofre-aerossol para induzir o escurecimento global e soluções simples como o reflorestamento tropical para restaurar o balanço de carbono. Outras ideias incluem um refletor espacial gigante (embora isso possa estar além de nossas capacidades tecnológicas até 2100), a fertilização do oceano para desovar as flores de algas que sugam o carbono e o aumento da alcalinidade do oceano para tornar o oceano menos ácido.

Comunicação através da mente

Dvorsky acredita que os progressos contínuos nas tecnologias de comunicações e na neurociência transformarão a humanidade em uma espécie telepática. Na verdade, ele afirma que este futuro pode estar “mais perto do que pensamos”. Em 2014, uma equipe internacional de pesquisadores foi a primeira a demonstrar um sistema direto e completamente não-invasivo de comunicação cérebro-cérebro. Durante o experimento, dois participantes puderam trocar palavras mentalmente conjuradas, apesar de estarem separados por centenas de quilômetros.
Um ano depois, uma outra equipe de pesquisadores transmitiu sinais cerebrais pela Internet para controlar os movimentos das mãos de outra pessoa, permitindo que eles colaborassem em um jogo de computador. Estes sistemas, embora extremamente rudimentares, apontam para um futuro em que podemos simplesmente usar nossos pensamentos para conversar uns com os outros, e até mesmo controlar dispositivos inteligentes “telecineticamente”.

Fusão nuclear

No início deste ano, físicos na Alemanha usaram um pulso de microondas de 2 megawatts para aquecer o plasma de hidrogênio de baixa densidade a 80 milhões de graus. O experimento não produziu energia e durou apenas um quarto de segundo, mas foi um passo importante no esforço para aproveitar uma forma extremamente promissora de produção de energia conhecida como fusão nuclear. Ao contrário da fissão nuclear, onde o núcleo de um átomo é dividido em partes menores, a fusão nuclear cria um único núcleo pesado a partir de dois núcleos mais leves. A mudança resultante na massa gera uma tremenda quantidade de energia que os cientistas acreditam que pode ser aproveitada em uma fonte viável de energia limpa.

Formas de vida artificiais

Não contentes em parar na engenharia genética, os cientistas do futuro poderão ser capazes de projetar e criar novos organismos a partir do zero. Desde bactérias microscópicassintéticas até design de seres humanos, algo como os Replicantes em Blade Runner. Esta área de estudo é crescente, e conhecida como vida artificial. Ou seja, a busca pela criação de formas sintéticas de vida já está em andamento. No início deste ano, pesquisadores da Synthetic Genomics e do Instituto J. Craig Venter criaram com sucesso um genoma bacteriano artificial que, com 473 genes, é menor do que qualquer coisa encontrada na natureza.
Avanços adicionais neste domínio ajudarão os biólogos a explorar as funções centrais da vida e a categorizar genes essenciais dentro das células. Os pesquisadores podem usar células como estas para construir organismos com capacidades não encontradas na natureza, como por exemplo bactérias que podem consumir resíduos plásticos e tóxicos e microorganismos que podem funcionar como medicamentos dentro do corpo. Qualquer uma dessas tem o potencial para remodelar nossa civilização. O que não fica muito claro é como essas maravilhas funcionarão em conjunto umas com as outras. Obvio que muitas delas têm grande ligação e podem se influenciar, ou talvez uma não faça tanto sentido com a existência de outra. Por exemplo, como destaca Dvorsky, a convergência da VR ligada ao cérebro, do upload da mente e da IA pode resultar em uma civilização híbrida baseada em computador, constituída por seres humanos do mundo real, cérebros emulados e intelectos artificiais. Imagine tudo isso com o surgimento de formas de vida humanas artificiais? E você, o que acha dessas tecnologias? Quais outras invenções futuristas acredita que tem potencial de se concretizar no próximo século?
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